Dedicar uma música do Michael Bolton à pessoa amada.
A sério que ninguém merece.
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
Isto há de ter uma explicação coentífica qualquer...
O quê?
A atração irresistível e incontrolável e irracional dos bebés por comandos de televisão...
Nunca conheci nenhum que não tivesse esta paranoia e lá em casa estão sempre todos que metem nojo... Todos sempre babados e lambidos e mordidos e o caraças... Deusmalibre... Com carradas de brinquedos com carradas de ISOs, para o tamanho das peças, para a toxicidade das tintas... Mas não... Diz que o que é mesmo fixe são os comandos. Enfim...
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
Amanhã vão comemorar o Halloween no colégio...
Vai ser linda a festa pah... Vai haver um lanche com carradas de doces e aos meninos foi-lhes pedido para levarem os acessórios que quisessem... Já estou mesmo a ver: abóboras e aranhas por todo o lado, bruxas, fantasmas, esqueletos e vampiros a correr histéricos com o excesso de açucar... Tenho imensa pena (not!) de ser só para as crianças, de os pais não terem sido convidados.
E os cá de casa, o que vão levar?
O Baby... Bom... O Baby vai levar os seus próprios dentes. Ponto.
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
Fez hoje um ano que me vi reduzida a metade...
E uma metade é uma metade. Uma metade é uma unidade amputada. E dói como se tivesse sido ontem. E pronto. É isso!
terça-feira, 28 de outubro de 2014
Os meus comentadores põe-me a pensar em coisas muito estranhas...
Cenário (Vamos esquecer miudezas, ok?):
Quereis muito adoptar uma criança. Iniciais o processo em duas instituições distintas ao mesmo tempo (sim, sei que é impossível, pelo menos aqui em Portugal, mas isto sou só eu aqui a inventar).
No mesmo dia cada uma das instituições diz-vos que tem uma criança para vos apresentar. Ides conhecer as duas. Gostais igualmente das duas. Uma tem três meses e sabeis que é filha do Dexter e da Hannah Mackay. A outra tem dois anos recém feitos e genética sem nada a salientar, mas viveu toda a sua (curta) vida num ambiente disfuncional (pai batia à mãe, mãe berrava ao pai, panelas a voar, a criança a assitir a tudo... bom... estais a ver, não é?). Nenhuma das crianças foi fisicamente mal tratada e qualquer uma das duas será rapidamente adoptada por pessoas tão capazes como vós.
Qual "escolhieis"? (Desculpai a crueza da semântica mas é mesmo disto que se trata.)
Mais uma vez isto sou eu aqui a inventar sem ter opinião formada sobre o assunto...
Teria muita piada se não fosse comigo... #10
Farmácia completamente apinhada, 18 horas. Tirei senha, fui à frutaria e quando regressei ainda tive que esperar um bocado.
O farmacêutico que nos atendeu tremia como varas verdes do nervoso que estava. Nunca o tinha visto, deve ter sido o primeiro dia de trabalho ou coisa que o valha. Pediu ajuda aos colegas, enganou-se no que pedi, teve dificuldades com o número de cliente, teve de recomeçar, voltou a enganar-se... Rapaz novo, muito novo, pequeno... Sei lá, 60 kg de gente, digo eu. E ele tremia todo atrapalhado e pedia desculpa e tremia... Eu sorria-lhe e dizia-lhe que não havia problema nenhum - é que aquilo do "Não faças aos outros o que não gostavas que te fizessem a ti" é uma cena que me assiste, como dizia o outro. O Jr. começa a ficar impaciente. Diz-me que quer ver... Sento-o no balcão e passo-lhe o cartão MB para a mão. Mais um bocado que o número de cliente outra vez não sei o quê e o sistema não sei que mais... O farmacêutico pede, finalmente, o cartão para fazer o pagamento mas o miúdo não se dá conta.
[NM, que raramente usa títulos, mas bom... O rapaz estava tão nervoso...] Dá o cartão ao senhor doutor filho...
[Jr., alto e bom som e muito admirado] Mas... ISTO é doutor???
(...)
"Isto"??? "Isto"??? (Obviamente que não teve nada de pejorativo... Obviamente! Ele é que ainda tem dificuldades com o português e para ele "doutor" é um médico.) Mas porra pah... "Isto"?? E o rapaz tão novo e tão nervoso... "Isto"... Oh God... Terra engole-me!
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Agora que me ponho a pensar (e sem nada na manga, só mesmo para saber a vossa opinião)...
Ser-se mãe tem de ser vivido e sentido como uma "benção", ou há espaço na nossa moralidade para aceitar que uma mulher se possa arrepender da "escolha" (?) que fez e não ver os seus filhos como "dávidas"?
Em que penso? Nas mães que criam os seus filhos o melhor que sabem e podem e estes que, por um qualquer desígnio (na falta de presença e atenção parental, por exemplo), maltratam, roubam, matam... No que penso mesmo? No dedo que as pessoas com filhos teimam em apontar àqueles que decidem não os ter por, segundo elas, egoísmo...
domingo, 26 de outubro de 2014
Pessoas com filhos vs. Pessoas sem filhos - O disparate, o embuste, o horror...
Diz que andou aí uma polémica a propósito de uma crónica do Público que levou a que as pessoas com filhos se indignassem porque ah e tal e a vida delas não é nada daquilo mas antes o arquétipo da felicidade e, ainda por cima, diz que aquilo pode ter um efeito contraceptivo e logo agora, que horror, que o que o país precisa é de crianças. Por sua vez, e como é óbvio, as pessoas sem filhos também acharam que se deviam indignar porque ah e tal e o coiso e quem são as pessoas com filhos para as julgarem e rebéubéubéu pardais ao ninho... Um drama pegado, nem queirais saber...
E depois eu fiquei para aqui a pensar que esta "polémica" deve ter roubado o primeiro lugar às indignações modernas (e diárias) no que à estupidez diz respeito... Até agora tinha esse lugar guardadinho no coração para as alminhas que se indignaram com o desperdício de água potável que o Ice Bucket Challenge representou, porque ah e tal há povos em África que têm de andar km para ter água para beber... O que vindo das teclas de habitantes de um país onde se usa água potável para descarregar os autoclismos (a água de cada balde corresponderá, mais ou menos, a uma descarga), carrega uma tamanha leveza e leviandade que não sei se me dá mais vontade de rir ou de chorar...
Mas bom, vamos ao que aqui me trouxe... Lá fui eu à procura do texto (1188 comentários!) e aquilo é tão 1999 que até mete impressão. Lembrais-vos daquelas correntes que alguma malta achava por bem reencaminhar para a mailing list toda? Pronto. É disso que se trata... Uma graçola inócua, portanto.
Mas depois li aquilo segunda vez e, de facto, tenho de concordar que aquilo é um disparate pegado... E eu, mãe de dois, sinto-me no direito de expressar a minha indignação. Ora vamos lá ver... Ponto por ponto.
Que disparate... Eu de um modo geral anseio por Segunda e temo o Sábado (e todos os finais de dia em que o meu marido não está em casa).
Que disparate.... "cartões de cinema ilimitadao"???? Ahahahahahahahahhahahah... Há disso, é? Mas isso deve ser MA-RA-VI-LHO-SO!!
Que disparate... Hum... Não... Este não é disparate nenhum... Este confere... Na plenitude!
Que disparate... Eu escolho os restaurantes em função do tempo que demoram a servir e da quantidade de clientes. Um buffet de qualidade sem muita gente é o paraíso.
Que disparate... Sitcom?? Nada disso.... Meio Dexter - já vamos na T8, imaginai! (Que saiu já há ~2 anos, não foi?)
Que disparate... Nós não sujamos nada... Eu como um pão com uma mão enquanto enfio colheradas de uma tachada de Cerelac com a outra... Cá torradinhas e sumo... Ahahahahahahah.... Que engraçadinha, ainda a provocar...
Que disparate.... Relax?? Relax?? É só o meu filho que precisa sempre de ir ele próprio à casa de banho naquele preciso momento e àquela casa de banho em particular??.... (Quando temos sorte com os tais 5 minutos eu arranjo as sobrancelhas e o meu homem joga PSP.)
Que disparate... Eu prendo o miúdo dentro do carrinho. Não sai de lá até chegarmos outra vez ao carro. Compro-lhe algo que ele queira (de comer). Uma coisa. Escolhe antes de entrarmos. Deixo-o escolher o sabor dos iogurtes. Não pedincha nada. Não costuma correr mal.
Que disparate... A sério, que disparate... Isto roça aquilo do vergonha e confrangimento alheios. (Uma vez disse ao meu marido que o chão estava molhado, para ele ter cuidado que podia dar um "Pumba"... A nossa relação nunca mais foi a mesma e, às vezes, ainda acordo com suores frios a pensar nesse momento.)
Que disparate... Nós dispensamos o despertador porque o nosso filho mais velho cumpre perfeitamente a função. O mais pequenino faz, por sua vez, as "vezes" do snooze... Ainda esta noite, ele com o nariz entupido e a deixar cair a chupeta, foi de 15 em 15 minutos... (E eu disse tanto palavrão mas tanto palavrão... Acho que cheguei a chorar... Acho, não tenho a certeza...)
Que disparate... Nós às vezes também vamos a casa de amigos... Às dos que têm filhos! Outro dia fomos a casa de uns sem filhos... Têm gatos, pelo que achei que fosse mais ou menos a mesma coisa. Um dos gatos atirou-se da janela... Diz que desenvolveu o síndrome do gato paraquedista... Coincidência certamente!
Que disparate... Eu até queria saber onde mora a Xana Toc-Toc... E fazer-lhe uma espera... (Agora de repente lembrei-me que tenho de voltar a perguntar à Mirone como é que se eliminam as nódoas de sangue da roupa...)
Que disparate... Dois quadradinhos?? Ahahahahahahahahahahahahahahah... Mas isso é o pior dos dois mundos... Aumenta às ancas e é inócuo para a alma...
Que disparate... Eu tenho esgotamentos nervosos EM cima das malas enquanto as tento fechar... Ficar diante das malas é só estúpido...
Que disparate... Esta é mesmo um disparate... A mim sai-me tudo comme il faut... Eu explico. É que eu guardo muito palavrão dentro de mim - e por acaso até acho que é isso que me faz engordar. Eu no trabalho não posso (quer dizer, não devo) dizer palavrões e em casa, por causa dos miúdos, também não... Restam-me as idas ao supermercado e assim, e aí também não ficaria muito bem... Posto isto, trago tudo guardadinho dentro de mim... Tuuuudinho! Pelo que quando algo de inesperado acontece tipo bater com o dedo mindinho na esquina do móvel ou quando quase bato com o carro, sai-me tudo de rajada... Tudo, porque naquele momento percebe-se e eu permito-me porque não tive tempo de reação e foi inesperado e tal... (...) Só uma nota a este respeito... Acho que desde que tenho filhos nunca mais disse um "Foda-se". Agora quando me sai sai-me um "Arre foda-se!", que se é para sair palavrão... Sai como deve ser...
Que disparate... Eu vejo o Homem Aranha e os X-Men e os Incríveis... (Mas o Pocoyo a dançar a Gangnam Style... Aaaaaiiii... Tonto!)
Que disparate... Se o vómito for pouquinho dá para tirar... (Eu era menina para dar o nobel da paz aos tipos que inventaram as toalhitas...)
(...)
E então? Tenho motivos mais que sobra para estar indignada ou quê?
sábado, 25 de outubro de 2014
Mas quem me manda a mim sair do blogo-bairro?
Em boa verdade vos digo que se um qualquer tipo me dissesse: "Gosto do número 33 mas gosto mais de ti." eu corria a sete pés para me pôr a salvo o mais rapidamente possível... Livra...
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Haja mais alguém com bom gosto e bom senso neste blogo-bairro...
Daqui.
Lion of Porches. Made in PT. De nada.
Obrigada Placa Central! Obrigada. Obrigada. Obrigada. Obrigada. Obrigada. Obrigada. Obrigada. Obrigada. Obrigada. Obrigada. Obrigada. Obrigada. Obrigada. Obrigada. Obrigada. Beijinho. Beijinho. Beijinho. Beijinho. Beijinho. Beijinho. Beijinho. Beijinho. Beijinho. Beijinho. Beijinho. Beijinho. Beijinho. Beijinho. Beijinho. Beijinho. Pois claro que são uma cambada de invejosas...
*Sim, porque movera-me eu num blogo-bairro fashion a ver se as minhas lindas botas não eram aclamadas... Sim, sim, caríssimas, a-cla-ma-das... Estou aqui estou que escrevo um mail à Pipoca a perguntar... Só assim naquela, para depois vos esfregar a resposta Dela nas fuças...
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Hoje o meu melhor amigo faz anos...
Há 14 anos no Restelo, entre beijos e palmas ritmadas, já o sabíamos... Parabéns! :)
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Note to self
Nunca improvisar nomes fofinhos para o mais novo, principalmente em frente ao mais velho...
É que "fedelhote"* - sim, sim, diminutivo de um "fedelho" carinhoso, soa terrivelmente mal na boca de uma criança de quatro anos.
* Que quereis?? Saiu-se-me!!
Parecem pipocas...
Quinta feira da semana passada nasceu o primeiro dentinho do Baby.
Estamos a Terça, não é? Passaram-se quatro dias, não foi?
Pronto... Já tem mais dois! Três dentes em quatro dias e pelo que lhe vejo nas gengivas parece-me que lhe vão sair mais dois até ao final da semana.
Anda chatinho sim. Temos tido carradas de paciência sim. Faz parte sim.
Tuuuuudo bem... Não há de ser nada!...
Estamos a Terça, não é? Passaram-se quatro dias, não foi?
Pronto... Já tem mais dois! Três dentes em quatro dias e pelo que lhe vejo nas gengivas parece-me que lhe vão sair mais dois até ao final da semana.
Anda chatinho sim. Temos tido carradas de paciência sim. Faz parte sim.
(...)
Tuuuuudo bem... Não há de ser nada!...
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Mesmo do ponto de vista económico...
Arrancar as pessoas da ruralidade é, na maior parte dos casos, entregá-las às caixas e às reposições dos Belmiros desta vida.
Porquê? Porque para dar uma escola aos filhos as pessoas geralmente abalam para as (pequenas) cidades mais próximas. E lá, o que é que têm à espera? O salário mínimo, zero expectativas e toneladas de maçãs do Chile para vender... Porque é que tem de ser assim? Porque sim... Porque os supermercados das grandes cadeias nascem como cogumelos e não há vila nem vilória que não tenha um. Destroem o comércio local em três penadas e em menos de seis meses são único empregador da zona.
Se não fossemos um país de mentalidades pequeninas, as "pessoas rurais" jovens eram incentivadas a ficar nos sítios onde nasceram, a fazer aquilo que viram fazer desde que nasceram. Eram incentivadas a produzir boas maçãs, boas peras, boas cerejas, boas castanhas, bom azeite... Plano: Produzir cá para vender, essencialmente, cá... Nem que fosse em micro escala. Revitalizar a micro-agricultura, previligiando sempre, mas sempre, a produção nacional e o comércio local. Temos recursos naturais de sobra...
Mas não... Às "pessoas rurais" é-lhes tirado tudo e as "pessoas rurais" jovens, que ainda podem bem com as pernas, seguem caminho para a cidade(zinha) mais próxima, que é como quem diz para o salário minímo e para as maçãs do Chile.
E isto é tão triste e confrangedor... É pequeno e tacanho, tanto quanto pode ser!
* Já agora só um aparte... Ide ao site do Continente... Ide lá às maçãs, por exemplo. Algumas têm lá uma bandeirinha nacional toda catita... Gosto! Outras não têm nada, rigorosamente nada. E eu fico a pensar de mim para comigo se eles não deveriam ser obrigados a indicar o país de origem daquilo que vendem e não só quando dá jeito.... Já falei disso anteriormente, a mania que a Sonae tem de se aproveitar do poder daquilo do "Compre o que é nosso" exaspera-me...
Era pôr uma vedação e começar a cobrar entrada para visitas aos indígenas...
Vi a reportagem da RTP do Sexta às Nove sobre a TDT não ter cobertura suficiente (ver sinopse aqui), sendo que há gente que, dois anos volvidos após o apagão analógico e em 2014 - dois-mil-e-catorze, tem como única fonte de informação a rádio... A rádio, senhores... A rádio!...
E eu fico fodida com isto. Fico. Fico porque são sempre os mesmos cristos a ficar esquecidos. É sempre a mesma "meia dúzia" de desgraçados do interior, que vive pior agora que há três décadas.
Fico fodida porque isto é o Estado a abandonar as suas gentes. Gente que, por acaso, eu conheço. Gente que, por acaso, eu estimo. E por isso fico furibunda... Porque sei que aquilo é mesmo assim... Aquelas pessoas passam mal. Tiraram-lhes tudo. Empurram-nos (e ao biqueiro) para fora das suas teras.
Há gente que se precisa de ir ao estupor de uma estação de correios tem de percorrer largas dezenas de km. Gente que não tem transportes públicos para as deslocações. Quer dizer... Ter têm! Têm uma carreira de ida de manhã e outra de volta ao fim da tarde e que demora 2h a fazer 70 km.
Gente que mora em vilas, não falo de aldeias com meia dúzia de habitantes, a quem fecharam Centros de saúde, dependências das Finanças e da Segurança Social... Há gente, que paga impostos como qualquer outro cidadão, que não tem porra nehuma. Mas mesmo nenhuma... Gente que dá prejuízo e a quem lhes foi tirado tudo... Qualquer dia sai um despacho, metem-nos nas "carreiras" e despejam-nos no Parque da Nações com a directiva: "Desenmerdai-vos por aqui, que lá perdidos no meio do monte saís muito caros".
Há crianças que vão para lares de acolhimento para as capitais de distrito para ir fazer o 5.º ano. Crianças sozinhas. Desde os 10 anos... Há crianças que saem de casa às 6h da manhã para chegarem à escola primária às 8h...
E depois os governantes (ou aspirantes a) queixam-se da desertificação, mas é só para ficar bem no figurino aquando do périplo pelas terrinhas por altura da campanha eleitoral...
E depois os governantes (ou aspirantes a) queixam-se da desertificação, mas é só para ficar bem no figurino aquando do périplo pelas terrinhas por altura da campanha eleitoral...
Há distritos inteiros cujas mulheres vão todas parir à mesma maternidade e que nem a epidural têm direito se a coisa se der depois das 17h, olha agora ter ali um anestesista à disposição das madamas...
Fizeram o estupor da autoestrada até Bragança. Escavacaram a IP4 toda... Tudo muito lindo... Uma ponte ali em Vila Real que só vos digo, que aquilo é uma obra de engenharia que faz favor. Daqui a dois anos está tudo a arrotar 15€ de portagem para cada lado... "E é se quereis. Alternativa? Lamento mas escavacámo-la para fazer a autoestrada... Não era a autoestrada que querieis? Pronto... Aí a tendes..."
E com isto de ver que há gente que nem televisão tem... Fiquei doente! Fiquei doente porque se a PT providenciasse aos
habitantes do lado esquerdo de uma rua de 50 metros em Lisboa uma ligação à web de 15MB/s quando propagandeia uma de 30 MB/s caía o carmo o trindade... Vinha logo o Estado de bem em defesa dos seus vidadãos a perguntar como é que era e vejam lá isso e para ontem.
Mas com os outros desgraçados que nem o Preço Certo podem ver ao fim do dia... Está-se toda a gente a cagar, não é? Moram lá muito longe, não é? Nem sequer nunca viram nenhum ao vivo e no seu ambiente natural, não é?
Mas com os outros desgraçados que nem o Preço Certo podem ver ao fim do dia... Está-se toda a gente a cagar, não é? Moram lá muito longe, não é? Nem sequer nunca viram nenhum ao vivo e no seu ambiente natural, não é?
Era juntar toda a população do interior ali no Alentejo - que é mais perto de Lisboa, e fechar o resto do País fora dos centros urbanos... Isso é que era! É que, parecendo que não, poupava-se um dinheirão!
domingo, 19 de outubro de 2014
O cúmulo da ironia...
É o Pudim Abade Priscos ser receita de um membro do clero.
É que aquilo é A gula e eu cá acho que o Reverendíssimo pároco havia de ter tido piedade de nós!
É que aquilo é A gula e eu cá acho que o Reverendíssimo pároco havia de ter tido piedade de nós!
E eu por onde andei neste Domingo de Verão?
Fui a Braga àquilo dos Legos e gostei muito.
Éramos 8 adultos e 7 crianças - dos 5 meses aos 7 anos.
E depois? Bom... Depois fomos almoçar a um restaurante. Todos juntos. Sim, sim, crianças (e pior, bebés) incluídas. E não, não foi ao McDonalds.
(...)
Eu sei, eu sei... No mínimo devia ter algum decoro e não vir dizer estas merdas para a internet. Mas bom... Perdoai-me que já sabeis que o bom senso não é o meu forte.
sábado, 18 de outubro de 2014
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
Olha ali o dentólio mais fofo...
Estais a vê-lo?
Ali um incisivo do lado esquerdo?
Ah pois... Está aqui está a trincar posta à mirandesa...
É com cada tradução...
Gostava muito de dar os parabéns ao departamento de marketing da Imaginarium, principalmente no que concerne à publicidade para o estrangeiro... É sempre muito divertido.
Suponho que aquilo seja a tradução de "trick-or-treat". Suponho, não tenho a certeza.
Depois também queria dizer que gosto muito de pagar couro e cabelo por brinquedos e em metade dos casos faltarem peças (em caixas supostamente lacradas) ou estas virem com defeito. Pah... Gosto! E isto cada um é como é. Gosto muito dar um presente de aniversário, a criança abrir a caixa e faltarem metade dos utensílios da mala de médico. E pagar 100€ por um piano e estar 1 mês à espera que chegue a porcaria do livro que devia vir dentro. E ter de abrir sete caixas com uma guitarra eléctrica, a custar também perto dos 100€, até encontrar uma sem mazelas e com os utensílios todos. E... Pah, gosto!
Se calhar é só comigo que, já se sabe, sou dada a azares.
Porque é que continuo a comprar lá? Porque não há brinquedos de jeito em lado nenhum... Porque tirando os clássicos Lego, Playmobil ou Schleich só há porcaria à venda e dentro do mal a Imaginarium ainda é a que se vai safando com algumas coisitas mais ou menos, ainda que ache que aquilo é mais show-off que outra coisa...
Mas bom...
E no Haloween já sabeis... "Truque ou susto"?
Suponho que aquilo seja a tradução de "trick-or-treat". Suponho, não tenho a certeza.
Depois também queria dizer que gosto muito de pagar couro e cabelo por brinquedos e em metade dos casos faltarem peças (em caixas supostamente lacradas) ou estas virem com defeito. Pah... Gosto! E isto cada um é como é. Gosto muito dar um presente de aniversário, a criança abrir a caixa e faltarem metade dos utensílios da mala de médico. E pagar 100€ por um piano e estar 1 mês à espera que chegue a porcaria do livro que devia vir dentro. E ter de abrir sete caixas com uma guitarra eléctrica, a custar também perto dos 100€, até encontrar uma sem mazelas e com os utensílios todos. E... Pah, gosto!
Se calhar é só comigo que, já se sabe, sou dada a azares.
Porque é que continuo a comprar lá? Porque não há brinquedos de jeito em lado nenhum... Porque tirando os clássicos Lego, Playmobil ou Schleich só há porcaria à venda e dentro do mal a Imaginarium ainda é a que se vai safando com algumas coisitas mais ou menos, ainda que ache que aquilo é mais show-off que outra coisa...
Mas bom...
E no Haloween já sabeis... "Truque ou susto"?
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
É a minha sorte...
A propósito de ter tido o bebé, este ano só tenho uma viagem ao estrangeiro agendada. Três dias. Dinamarca.
Durante todo este ano só havia um dia em que fazia mesmo mesmo questão de estar cá para assistir a uma cena que só hoje foi agendada.
Pois... Na mouche! :(
Durante todo este ano só havia um dia em que fazia mesmo mesmo questão de estar cá para assistir a uma cena que só hoje foi agendada.
Pois... Na mouche! :(
Deixa ver se percebi...
Aquele arraial todo a propósito da outra miúda - sim, aquela que nós sabemos e cujo nome não posso pronunciar por questões de saúde, foi derivado de um comentário no facebook de um blogue com menos de uma centena seguidores? É isso?
Hum... Estou a ver...
Que golpe de sorte, hein J.?
Hum... Estou a ver...
Que golpe de sorte, hein J.?
Ah pronto... Assim, tudo bem!
Na sala do Baby do infantário só há mais outro bebé (os restantes vou entrando à medida que fazem os cinco meses)... Ontem fui buscá-lo e estavam lá os dois.
[NM] Ui... Mas ele [o outro bebé] já gatinha...
[Educadora] Já...
[NM] Mas eles são da mesma idade, não são?
[Educadora] São... Mas o seu senta-se mais direitinho!
(...)
Ah bom... Estava a ver que tinha de me chatear.
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Por favor parai lá de escrever sobre isso...
As pessoas que sofrem de misofonia têm uma hipersensibilidade a sons específicos do cotidiano, os quais provocam reações extremas como irritabilidade, raiva e até pânico.
Pronto... É isto! E eu acho que sou misofónica (?).
E o que tendes a ver com isso, perguntais vós. O que tendes a ver?? Ora, tudo...
É que eu... A sério, eu não posso com o nome "Jessica"... Não posso! Que me perdoem as "Jessicas" desta vida mas eu não tenho culpa. Não, nunca conheci nenhuma "Jessica"... É uma cena irracional, não vos sei explicar... Só sei que o "Jessica" anda ali lado a lado com o "Débora", com o morder do garfo e com os talheres de metal a raspar no fundo da panela... Tende dó de mim... Chamai-lhe Jessy, J., boazuda ou assim...
É que, ainda por cima, eu leio "Jessica" e dou por mim, qual exercício masoquista, a repetir baixinho de mim para comigo "JE-SI-CA"!!... Brrrr.... Até se me arrepia o jaleco.
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Dormindo com o desconhecido...
O meu homem compra bonecos no Ebay. Juro.
Compra coisas tipo isto.
Eles diz que são para os miúdos. Mas não são. São para ele.
É do caralho caraças, não é? (Desculpai, desculpai... É carência de hidratos... Eu avisei, eu avisei... Ai que isto vai ser tão duro Dio mio...)
Comecei hoje a fazer dieta...
Pelo que é bem provável que o nível de jargão neste blogue aumente exponencialmente nos próximos dias. Em quantidade e em qualidade!
Depois não digais que eu não avisei!
Depois não digais que eu não avisei!
domingo, 12 de outubro de 2014
Por falar em polvos...
Há aqueles bebés que vão direitinhos, quais Nenucos, ao colo das mães, não é?
Pois há... E depois há aqueles, como o meu, que tentam agarrar tudo o que mexe, viram-se para todo o lado para ver tudo o que mexe e dá a sensação que se nos escapam por todo o lado porque se mexem como tudo...
É que é mesmo essa a sensação que tenho... A de que trago um polvo ao colo!
Teria muita piada se não fosse comigo... #9
Sexta estava eu a deitar o Jr., que de repente me pareceu enooorme... Um rapazolas todo despachado e independente. Veio-me a nostalgia... Lembrei-me dele bebé. Caramba que ele está tão grande. Comecei a puxar conversa lamechas, só assim naquela, para o contextualizar e preparar para o ataque de beijos que ia haver a seguir...
[NM] Hoje tive tantas saudades tuas... Fartei-me de pensar em ti...
[Jr., entretido lá com os bonecos dele] Eu também...
[NM] A sério? Pensaste muito na mamã enquanto estavas na escola?
[Jr.] Muito...
[NM] Muito, muito?
[Jr.] Puf!... Nem imaginas... Não brinquei, não comi, não dormi, não fiz nada nada nada, sempre sempre sempre a pensar em ti... Sentei-me lá num banquinho e pensei tanto tanto tanto tanto em ti que até me ficou a doer a cabeça!! A sério, nem imaginas!...
(...)
Desata à gargalhada!
(...)
A sério, digo eu... Mas ele não será ainda novo demais para já ser tão parvo???
sábado, 11 de outubro de 2014
Teria muita piada se não fosse comigo... #8
Hoje em casa de uns amigos o meu homem resolveu gozar comigo a propósito de uma coisa que eu não fiz. Eu bem disse que aquilo que ele estava a dizer não tinha acontecido e que ao chegar a casa lho podia provar facilmente. Mas pronto, ele não quis saber - olha agora estragar uma boa história com a verdade - e lá foi um fartote de riso do bom e do bonito, tudo a gozar com a minha pessoa.
Tuuuuudo bem! Por quem sois, ao chegar a casa logo vemos.
Chegados a casa esfreguei-lhe com a prova nas fuças confrontei-o com a prova... Obviamente que eu não tinha feito o disparate que ele achou por bem parodiar a tarde toda...
[Estimado homem] Pronto... E agora? Que queres que faça? Também foi só uma brincadeira...
[NM] Que quero que faças? O mínimo era retratares-te...
(...)
Sabeis o que ele fez?? A sério, sabeis o que é que aquela alma fez?
(...)
Pegou no telemóvel e tirou uma selfie!...
(...)
Eu tinha conseguido arranjar melhor. Juro-vos que tinha!
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
A propósito disso das respostas da ciência...
E das verdades inquestionáveis e alienáveis que nos dá...
E também, já agora, a propósito do branco e do preto, dos 0s e dos 1s, do certo e do errado...
Haveis de reparar que no fim de todos os episódios do CSI - todos - o suspeito se declara como culpado face às "provas" inquestionáveis apresentadas lá pelos cientistas jeitosos. Sim. É o próprio do suspeito que se entrega. Sempre. Pois, se calhar aquelas verdades lá daquelas máquinas do demo não têm assim tanta força de prova como querem fazer crer...
Só há um tipo de pessoas que detêm certezas. A prova. A verdade. O poder.
(...)
São os matemáticos!
(...)
Medo... Eu se fosse a vós tinha muito medo...
É dos matemáticos e dos polvos... E dos cartões do Belmiro, já agora. :D
E também, já agora, a propósito do branco e do preto, dos 0s e dos 1s, do certo e do errado...
Haveis de reparar que no fim de todos os episódios do CSI - todos - o suspeito se declara como culpado face às "provas" inquestionáveis apresentadas lá pelos cientistas jeitosos. Sim. É o próprio do suspeito que se entrega. Sempre. Pois, se calhar aquelas verdades lá daquelas máquinas do demo não têm assim tanta força de prova como querem fazer crer...
Só há um tipo de pessoas que detêm certezas. A prova. A verdade. O poder.
(...)
São os matemáticos!
(...)
Medo... Eu se fosse a vós tinha muito medo...
É dos matemáticos e dos polvos... E dos cartões do Belmiro, já agora. :D
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
Mas é claro que há animais de 1ª e animais de 2ª...
Não vamos comparar o sistema cognitivo de um golfinho com o de um carapau, pois não? Ou o de um gato com o de uma tartaruga, ora não? Ou o do cão com o da galinha, não é?
Seria muito estúpido... Uns têm sentimentos, aprendem, estabalecem relações e demonstram inteligência, os outros enfim...
Claro que depois há o caso do polvo...
Os polvos são uns bichos do caraças... São incrivelmente inteligentes, têm uma capacidade de aprendizagem verdadeiramente extraordinária, reconhecem pessoas depois de as verem quatro ou cinco vezes, resolvem enigmas, brincam como crianças... Os polvos adpatavam-se à vida terrestre e estávamos bem tramadinhos, que os tipos até têm oito tentáculos e tudo e eram criaturas capazes de nos dominar em três penadas...
Contra eles os polvos têm é aquele problema... São deliciosos, não são?
Do cão e dos profs: tanta opinião e tão pouco tempo...
Lá está... O que eu queria mesmo era ser dondoca... E blogger. Uma blogger dondoca é que era.
É que estou aqui que nem me aguento.
Queria muito escrever sobre aquilo do "mantêm-se" e do "manter-se-ão" do Crato e de como acho que mais baixo não se pode descer. De como alguém com responsabilidades e coluna vertebral não pode - não PODE - refugiar-se em e/ou justificar-se com questiúnculas de semântica. De como eu não percebo como é que as pessoas mal entram no sistema apodrecem e mingam e mesquinham (?). De como parece que naquela Assembleia anda tudo a brincar ou o caralho, que até me fazem falar mal.... Também gostava de escrever que, apesar de tudo, não acho que o ministério deva cair. Não acho. Deve assumir as suas responsabilidades e corrigir tanto quanto possível e o mais rápido que for possível o que falhou, mas acho que não deve cair. Este executivo introduziu mudanças de fundo no sistema, nos conteúdos programáticos. Foi uma jogada arriscada (má na minha opinião, mas isso são outros cinco tostões) mas já agora deixava-se assentar a poeira, ver se alunos e professores conseguem assimilar aquilo. Ver se resulta ou não. Não podemos estar sempre a começar do zero, as escolas não podem estar em estado de motim e sobressalto permanente. Sobre isto dos concursos e dos professores também queria dizer que não vejo o motivo para o processo não ser inverso, no sentido de primeiro se conhecerem os horários disponíveis e só depois os professores se oporem ao concurso. Se calhar isto evitava que um professor de Bragança fosse colocado com 21 horas semanais em Portalegre, quando há um horário de 19 horas numa escola à porta de casa.
E depois também gostava muito de escrever sobre aquilo do cão e do ébola. Sobre como me impressiona que gente adulta ache que fazer análises a qualquer espécie relativamente a qualquer vírus é ir ali à clínica da esquina, pagar 50€, esperar três dias úteis e o resultado vir positivo/negativo, é transmissível/não é transmissível. Não. Uma coisa é fazer análises para ver se um cão tem laishmaniose, outra substancialmente diferente é fazer análises para ver se uma chinchila tem paludismo. É que aquilo de dizer que se podia usar o cão para investigação científica não significa propriamente que o animal fica, nos entretantos, a correr feliz numa quinta e a comer ração. É que aquilo, mesmo concluindo se o cão é portador ou não do virús, não é analisar meia dúzias de cocós, ver se aquele animal específico expele ou não o virús e anunciar ao Mundo em cinco dias: "Pronto malta, concluímos que não é transmissível. Podeis estar à vontade. Obrigada cãozinho pela tua participação e agora vai lá à tua vida." Mesmo pondo o cão de quarentena, se ele não exibir sintomas não significa que não seja portador (porque naquela espécie não se manifesta ou porque aquele cão em particular foi resistente) e que não possa infectar humanos. As coisas não são assim. Usar o cão para investigação científica é o pior que pode acontecer ao animal, àquele animal em particular. Têm-no isolado um determinado período de tempo, medem-lhe parâmetros biológicos, recolhem-lhe amostras biológicas (sangue, sémen, saliva, urina, fezes, tecido,...) preservam-nas de alguma forma e esperam até ter mais casos, e interesse, e dinheiro, para averiguar a situação de forma séria e responsável, para terem resultados robustos e estatisticamente suportados. Quando esta recolha de dados termina e se procede (ou não) à sua análise (que poderá não estar automotizada e aí terão de se criar metodologias específicas - se a comunidade científica vir interesse nisso claro, poderá haver estudos mais prementes) está bom de ver o que acontece ao animal não está?
Mas bom... Tenho de trabalhar. Um aborrecimento, portanto.
É que estou aqui que nem me aguento.
Queria muito escrever sobre aquilo do "mantêm-se" e do "manter-se-ão" do Crato e de como acho que mais baixo não se pode descer. De como alguém com responsabilidades e coluna vertebral não pode - não PODE - refugiar-se em e/ou justificar-se com questiúnculas de semântica. De como eu não percebo como é que as pessoas mal entram no sistema apodrecem e mingam e mesquinham (?). De como parece que naquela Assembleia anda tudo a brincar ou o caralho, que até me fazem falar mal.... Também gostava de escrever que, apesar de tudo, não acho que o ministério deva cair. Não acho. Deve assumir as suas responsabilidades e corrigir tanto quanto possível e o mais rápido que for possível o que falhou, mas acho que não deve cair. Este executivo introduziu mudanças de fundo no sistema, nos conteúdos programáticos. Foi uma jogada arriscada (má na minha opinião, mas isso são outros cinco tostões) mas já agora deixava-se assentar a poeira, ver se alunos e professores conseguem assimilar aquilo. Ver se resulta ou não. Não podemos estar sempre a começar do zero, as escolas não podem estar em estado de motim e sobressalto permanente. Sobre isto dos concursos e dos professores também queria dizer que não vejo o motivo para o processo não ser inverso, no sentido de primeiro se conhecerem os horários disponíveis e só depois os professores se oporem ao concurso. Se calhar isto evitava que um professor de Bragança fosse colocado com 21 horas semanais em Portalegre, quando há um horário de 19 horas numa escola à porta de casa.
E depois também gostava muito de escrever sobre aquilo do cão e do ébola. Sobre como me impressiona que gente adulta ache que fazer análises a qualquer espécie relativamente a qualquer vírus é ir ali à clínica da esquina, pagar 50€, esperar três dias úteis e o resultado vir positivo/negativo, é transmissível/não é transmissível. Não. Uma coisa é fazer análises para ver se um cão tem laishmaniose, outra substancialmente diferente é fazer análises para ver se uma chinchila tem paludismo. É que aquilo de dizer que se podia usar o cão para investigação científica não significa propriamente que o animal fica, nos entretantos, a correr feliz numa quinta e a comer ração. É que aquilo, mesmo concluindo se o cão é portador ou não do virús, não é analisar meia dúzias de cocós, ver se aquele animal específico expele ou não o virús e anunciar ao Mundo em cinco dias: "Pronto malta, concluímos que não é transmissível. Podeis estar à vontade. Obrigada cãozinho pela tua participação e agora vai lá à tua vida." Mesmo pondo o cão de quarentena, se ele não exibir sintomas não significa que não seja portador (porque naquela espécie não se manifesta ou porque aquele cão em particular foi resistente) e que não possa infectar humanos. As coisas não são assim. Usar o cão para investigação científica é o pior que pode acontecer ao animal, àquele animal em particular. Têm-no isolado um determinado período de tempo, medem-lhe parâmetros biológicos, recolhem-lhe amostras biológicas (sangue, sémen, saliva, urina, fezes, tecido,...) preservam-nas de alguma forma e esperam até ter mais casos, e interesse, e dinheiro, para averiguar a situação de forma séria e responsável, para terem resultados robustos e estatisticamente suportados. Quando esta recolha de dados termina e se procede (ou não) à sua análise (que poderá não estar automotizada e aí terão de se criar metodologias específicas - se a comunidade científica vir interesse nisso claro, poderá haver estudos mais prementes) está bom de ver o que acontece ao animal não está?
Mas bom... Tenho de trabalhar. Um aborrecimento, portanto.
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Assim não há condições...
No sítio onde trabalho há uma Nádia. Hoje apareceu-nos lá uma Nídia.
Diz o meu chefe:
"Estou ansioso por conhecer a Nódoa!"
Diz o meu chefe:
"Estou ansioso por conhecer a Nódoa!"
Desejo.
Ser dondoca. Daquelas mesmo mesmo dondocas.
Não trabalhar. Ir tomar chá com as amigas. Ter empregada para tudo, claro. Ir ao cabeleireiro e fazer as mãos duas vezes por semana. Ir ao spa e ao ginásio às 10h da manhã. Ir buscar os miúdos às 5h. Poder ir a todos os concertos e filmes que me apetecesse. Esperar o marido em casa toda fresca e enxuta. De sorriso nos lábios. Massajava-lhe os pés. Todos os dias.
Um ano. Queria um ano desta vida.
Não trabalhar. Ir tomar chá com as amigas. Ter empregada para tudo, claro. Ir ao cabeleireiro e fazer as mãos duas vezes por semana. Ir ao spa e ao ginásio às 10h da manhã. Ir buscar os miúdos às 5h. Poder ir a todos os concertos e filmes que me apetecesse. Esperar o marido em casa toda fresca e enxuta. De sorriso nos lábios. Massajava-lhe os pés. Todos os dias.
Um ano. Queria um ano desta vida.
terça-feira, 7 de outubro de 2014
Só para me organizar...
1. Acertar a hora de saída para me encontrar com estimado homem à porta do colégio.
2. Ir buscar o mais novo, ouvir recados e tal, enquanto o homem vai buscar o mais velho, ouvir recados e tal.
3. Estimado homem segue com o mais velho para a pastelaria comprar a bolachinha da praxe. Fico com o mais novo.
4. Frutaria (compar fruta à vontade, mas legumes ainda há).
5. Talho (não esquecer o frango para sopa do mais novo).
6. Padaria (6 pães)
7. Multibanco (pagar as mensalidades da escola, os condomínios e ver se entrou a renda).
8. Comprar meias anti-derrapantes para o karaté do mais velho (perguntar se já chegaram os pijamas).
9. Estimado homem dá banho aos miúdos (o mais velho fica de molho enquanto se lava o mais novo).
10. Pôr a máquina da roupa a lavar.
11. Arrumar a louça da máquina.
12. Fazer sopa para o bebé.
13. Fazer sopa "normal".
14. Fazer o jantar.
15. Dar de jantar ao bebé.
16. Jantar.
17. Arrumar a cozinha.
18. Deitar os miúdos.
19. Estender a roupa.
20 Comprar as cadeirinhas para o carro.
21. Tomar banho.
22. Pintar as unhas.
3, 2, 1... Go!
2. Ir buscar o mais novo, ouvir recados e tal, enquanto o homem vai buscar o mais velho, ouvir recados e tal.
3. Estimado homem segue com o mais velho para a pastelaria comprar a bolachinha da praxe. Fico com o mais novo.
4. Frutaria (compar fruta à vontade, mas legumes ainda há).
5. Talho (não esquecer o frango para sopa do mais novo).
6. Padaria (6 pães)
7. Multibanco (pagar as mensalidades da escola, os condomínios e ver se entrou a renda).
8. Comprar meias anti-derrapantes para o karaté do mais velho (perguntar se já chegaram os pijamas).
9. Estimado homem dá banho aos miúdos (o mais velho fica de molho enquanto se lava o mais novo).
10. Pôr a máquina da roupa a lavar.
11. Arrumar a louça da máquina.
12. Fazer sopa para o bebé.
13. Fazer sopa "normal".
14. Fazer o jantar.
15. Dar de jantar ao bebé.
16. Jantar.
17. Arrumar a cozinha.
18. Deitar os miúdos.
19. Estender a roupa.
20 Comprar as cadeirinhas para o carro.
21. Tomar banho.
22. Pintar as unhas.
3, 2, 1... Go!
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Disso dos professores...
A propósito disto (que a minha blogo-amiga xaxia só tem um defeito que é escrever pouco).
Eu também já fui professora do ensino básico e secundário. Já fui colocada a 300 km com 6 horas lectivas semanais e ~300€ ao fim do mês. Já tive de pagar para trabalhar. Já tive alunos que choraram porque eu os ia deixar. Já chorei por ter que deixar alunos. Já tive de domesticar 20 quase animais para os conseguir ter fechados numa sala, durante uma hora e meia e sem que se/me matassem, enquanto lhes tentava ensinar matemática. Já disse a um director de um escola: "Se amanhã esse aluno entrar por aqueles portões, não entro eu!" e "Quem eu precisava que falasse com eles era um guarda prisional e não um psicólogo". Já encostei pelo pescoço um rapazolas à parede por ter apalpado uma aluna minha e ainda hoje estou para perceber como é que não levei no focinho. Já me apeteceu levar alunos para casa, para cuidar deles, para terem uma oportunidade de sair da miséria em que viviam. Já conheci adolescentes sem um único adulto funcional a quem pudessem pedir ajuda. Já ouvi uma mãe dizer que não fazia ideia onde é que o filho de 15 anos ia arranjar dinheiro para as sapatilhas e telemóvel, que ela já não lhe dava um tostão ia para três anos. Já vi uma rapariga chamar puta à mãe numa reunião a quatro sobre mau comportamento e esta encolher os ombros. Já consegui com que protótipos de deliquentes sentissem algum interesse pelos números e se soubessem comportar - demorei dois períodos até eles confiarem em mim, no terceiro acabou o contrato e tive de me vir embora (no ano seguinte novo professor, novo ciclo). Já dei roupa às escondidas e paguei sandes. Já vomitei pela vida que sabia que os meus alunos levavam. Já dei explicações, muitas horas. Já tive três escolas num ano. Já fui colocada a centenas de km de casa, com dois dias para iniciar funções. Já vi colegas depressivos. Muitos!
Ser-se professor contratado neste país é ser-se missionário. É não se ser reconhecido. É não estar nunca em pleno. É o saber que se trabalha para o agora, que amanhã sabe-se lá quem estará naquele lugar.
Ser-se professor contratado neste país é uma merda. Mas uma merda tão grande que eu não percebo como é que tanta gente se sujeita. Décadas... Há gente que passa décadas sem fazer a mínima ideia aonde é que vai embarrar o pote no ano seguinte. E a essas pessoas é-lhes pedido que eduquem, que formem, que dêem o exemplo, que tenham a cabeça no sítio... Como será possível??
Eu? Eu desisti! Virei as costas e fui para outro lado. Não era aquela a minha missão. Não consigo estar a metade nas coisas e não dá para estar de corpo e alma no ensino. Não dá. Não nestas condições. Muitos tentam, mas quando é a sanidade mental que está no outro prato da balança não há como não se ser um pouco autista, um deixar andar, um logo se vê, um só não quero é chatices... E isto não é laxismo... É adaptação ao meio, é luta pela sobrevivência.
Eu? Tive a certeza que passariam décadas até que me deixassem fazer a diferença na vida de alguém, na mesma medida em que tinha a certeza que aquela não-missão estava a fazer muita diferença na minha vida. Desisti. Não era para mim.
Professores sem qualquer tipo de vínculo? Respeito... Tenho-vos muito respeito!
A minha cria tem tanta graça quanto a tua... #27
No carro...
[Jr.] Pfuuui... Ca nojo... Cheira tãaao mal...
[NM] É de uma fábrica de papel que há aqui perto filho...
[Jr.] De papel higiénico, é?
(...)
A sério, ele já tem 4 anos e eu não me responsabilizo pelos raciocínios daquela cabecinha...
[Jr.] Pfuuui... Ca nojo... Cheira tãaao mal...
[NM] É de uma fábrica de papel que há aqui perto filho...
[Jr.] De papel higiénico, é?
(...)
A sério, ele já tem 4 anos e eu não me responsabilizo pelos raciocínios daquela cabecinha...
domingo, 5 de outubro de 2014
Falta-me aquilo da pertença...
Hoje fui levar o meu homem ao estádio e, como sempre, entretive-me a olhar para a fauna passante. E, como sempre, "emocionei-me" com os casais de velhotes - lá vão eles muito devagarinho de cachecóis em punho, e os pais com os miúdos a iniciar a evangelização, e os namoraditos novos, e as famílias dos 8 aos 80, e os amigos, e as amigas... Caramba, gosto tanto de ficar a vê-los passar... E quando vejo aquela multidão... Tudo a rumar no mesmo sentido, tudo com um sentimento em comum... Eu fico nostálgica, fico até com alguma pena. No fundo também eu gostava de ser do FCPorto...
É que... Bem sei que ser-se do Sporting não se escolhe, é-se escolhido (e o que eu adoro dizer isto) e não é essa paixão maior que está em causa... É que...
A ver, a ver se me consigo expressar...
Com pequenos interregnos moro no Porto há 16 anos... Dezasseis! E gosto muito. Gosto mesmo muito. Gosto das pessoas. Gosto do bairrismo. Gosto das verdades na ponta da língua. Gosto do não virar a cara. Mas sempre que passo no Dragão em altura de jogo tenho a mesma sensação que tenho no São João... Comove-me a emoção com que os portuenses vivem o São João, que é em tudo igual à forma como vivem o futebol. Com uma paixão genuína, uma paixão irracional, uma paixão que lhes está no sangue. E acho mesmo que é esta paixão orgulhosa com que os portuenses conseguem viver enquanto povo que os torna tão especiais. Em cada jogo do FCPorto e nos dias de São João respira-se Porto. Porto. Porto. Porto. Ponto. Tudo passa para segundo plano. Ponto. Os corações do Porto são um. E isto sente-se. E não se sente em qualquer sítio e com qualquer povo. E isto arrepia-me. Comove-me.
E por mais anos que passem... Eu nunca serei do FCPorto nem gostarei do São João. Por mais anos que passem serei por aqui uma desterrada, uma forasteira.
Ser-se do Porto não é morar, ainda que há muitos anos, no Porto. Ser-se do Porto não é nascer no Porto. Ser-se do Porto é outra coisa. E eu, que sempre morei no centro rodeada de portuenses - desses de gema que fazem cascatas sanjoaninas, sinto isso todos os dias. Até porque não mo deixam esquecer.
É que... Bem sei que ser-se do Sporting não se escolhe, é-se escolhido (e o que eu adoro dizer isto) e não é essa paixão maior que está em causa... É que...
A ver, a ver se me consigo expressar...
Com pequenos interregnos moro no Porto há 16 anos... Dezasseis! E gosto muito. Gosto mesmo muito. Gosto das pessoas. Gosto do bairrismo. Gosto das verdades na ponta da língua. Gosto do não virar a cara. Mas sempre que passo no Dragão em altura de jogo tenho a mesma sensação que tenho no São João... Comove-me a emoção com que os portuenses vivem o São João, que é em tudo igual à forma como vivem o futebol. Com uma paixão genuína, uma paixão irracional, uma paixão que lhes está no sangue. E acho mesmo que é esta paixão orgulhosa com que os portuenses conseguem viver enquanto povo que os torna tão especiais. Em cada jogo do FCPorto e nos dias de São João respira-se Porto. Porto. Porto. Porto. Ponto. Tudo passa para segundo plano. Ponto. Os corações do Porto são um. E isto sente-se. E não se sente em qualquer sítio e com qualquer povo. E isto arrepia-me. Comove-me.
E por mais anos que passem... Eu nunca serei do FCPorto nem gostarei do São João. Por mais anos que passem serei por aqui uma desterrada, uma forasteira.
Ser-se do Porto não é morar, ainda que há muitos anos, no Porto. Ser-se do Porto não é nascer no Porto. Ser-se do Porto é outra coisa. E eu, que sempre morei no centro rodeada de portuenses - desses de gema que fazem cascatas sanjoaninas, sinto isso todos os dias. Até porque não mo deixam esquecer.