"Eh pá... Grande terraço!!!... Grandes futeboladas vão jogar os miúdos..."

De facto.

"PF MANDE A BOLA. OBRIGADO." 

O muro há de ter aí uns três metros e meio e não sabemos muito bem o que se passa no terreno do outro lado porque é interior ao quarteirão. 

Mas bom, um dia depois e sabendo da história, lá o vizinho do lado ligou para um certo porteiro e lá nos apareceram não uma, mas duas bolas no terraço.

Moral da história: Do outro lado do muro há um cão que não sabe ler.

Tropa-fandanga.

Agora imaginai a agulha...

Das mudanças.

Fizemos as mudanças de duas vezes, com uma semana de intervalo.

As primeiras caixas estavam lindas e maravilhosas. Tudo triado e organizado por categoria e divisão da casa. Até dava gosto de ver...

(...)

Entretanto a vida seguiu, o trabalho acumulou, o caos foi-se instalando tanto na casa nova como na velha...

(...)

As segundas caixas... Ai, as segundas caixas...

Ontem deu-lhe para isto.

A ele e a três quartos da cidade, mas pronto...

Por altura da comemoração do Dia respetivo o meu filho mais novo desenhou a sua mãe...

(...)

E aos quatro de maio de dois mil e dezoito dei-me conta que o meu filho mais novo acha que a mãe dele é a Merkel.

"Oh pá, este miúdo desenha tão bem... Tem mesmo jeito..."

- ".... Olha só que personagem tão gira fez... O nariz, o olho... A boca, carai... Diz lá se a boca não está espectacular... O cabelinho... A orelha... Oh... Está amoroso..."

- "Baby, anda cá filho... Que lindo desenho... Quem é?"

- "Quem é?!"

- "Sim, o que fizeste aqui neste desenho?"

- "Uma montanha!"

(...)

Ah bom...

Quem nunca...

... Deitou fora cangalhada diversa, secou a agenda e outra papelada e colocou dois telemóveis em caixas com arroz, por ter metido uma garrafa com água mas, ups, sem tampa - sim, mesmo sem tampa, assim à patrão, na carteira?

Hum?! Quem nunca?