Fotografias que me dão vontade de rir.

Hoje a minha amiga I* mandou-me esta fotografia de outra - cof-cof - amiga nossa.

Diz que foi há vinte anos (WTF???) e já nessa altura estava bom de ver que, de jeito, pouco poderia sair dali.

Sempre que me ligam da portaria a dizer que tenho uma encomenda, não tendo eu encomendado nada, é uma excitação.

E então quando tais encomendas vêm da China em saquinhos pretos manhosos... Ui... Até me tremem as mãos.

Ora deixa cá ver... deixa cá ver com que engenhoquice decidiu o marido enriquecer o nosso património desta vez...

{rufar de tambores}

A-hã!

Uma tomada que se liga e desliga por wifi.

Es-pe-ta-cu-lar!

Só me questiono como conseguimos viver até agora sem recurso a tão importante aparelhómetro. É que nos vai dar mesmo, mesmo, jeito para... Então... Para...

(...)

E, neste momento, eu estou no sofá da sala e o meu marido está todo divertido, desde o quarto, a ligar-me e a desligar-me a luz do candeeiro da mesa de apoio...

{suspiro}

Eu.Sofro.

Se me quiseres aborrecer de verdade*

Não assumas nada, particularmente que podias ter estado melhor. Diz que não correu bem porque és mulher, porque és homem, porque és preto, porque és branco, porque tens filhos, porque não tens filhos, porque és gordo porque os teus pais não te educaram para a saúde. Nunca digas que não correu bem por tua culpa, porque foste burro, porque não te lembraste, porque não fizeste bem, porque mandriaste, porque tiveste outras prioridades. Nunca peças desculpa ou reconheças que não estiveste bem.

Diz “Só neste país…”.

Fala assertivamente do que não sabes.

Mente-me.

Procrastina.

Sê mal educado. Mas requintadamente mal educado. Não levantes a voz e usa palavras caras na tua má criadice e má formação. Repisa quem está em baixo. Seja porque motivo for. Dá-lhe para baixo, quando ainda está em baixo. Não lhe dês a mão, ou aligeires o estado em que se encontra, relembra-o antes porque está naquele estado. Por sua própria culpa evidentemente, que contigo não seria assim.

Aponta o dedo e fala do alto das tuas circunstâncias.

Sê mandrião. E reclama. Sê passivo. E egoísta.

Procrastina.

Sê egoísta e nem ao teu umbigo dês muito da tua disponibilidade.

Não dês o benefício da dúvida. Sê vês alguém a fazer/dizer algo que não entendes, assume que estão a ser estúpidos. Porque outra razão se faria/diria algo que não entendes?

Aborrece-te e aborrece os outros com merdinhas sem jeito nenhum. Coleciona gente com quem não falas por merdinhas sem jeito nenhum.

Procrastina.

Sê sovina.

Sê esbanjador.

Sê displicente.

Abusa da confiança.

Não cumpras prazos nem horários.

Guarda os teus rancores a sete chaves.

Diz que algo/alguém que experimentaste/conheces é o “melhor do Mundo” (um restaurante, um bolo, a professora do teu filho). Tenho uma novidade para ti: Não é.

Não tenhas brio naquilo que fazes.

Não releias o que escreves, afinal tens muito que fazer. Quem vai ler o que escreveste deve ter vagar para te descortinar as intenções. E se não o fizer é porque é burro. Ou mandrião. Evidentemente.

Procrastina.

Preocupa-te muito com o que os outros pensam de ti.

Sê arrogante e abusa do poder. Faz juízos de valor. E julga-te conhecedor de quem te rodeia. Das suas exatas circunstâncias. Abusa do poder.

Interrompe-me quando eu estou a falar, não para me dizeres o que quer que seja, mas para te ouvires a ti próprio. Sejas quem fores.

*Com os devidos créditos ao colega Pipoco Mais Salgado.

Enfim, é para compensar as vezes em que me parece esperto que eu sei lá...

[NM] Filho, anda ver as sapatilhas que a mamã te comprou...

[Baby] Pa mim?!

[NM] Sim filho, para ti.

[Baby] E compaste na loja? Pa mim?*

[NM] Sim, anda ver.

[Baby] Uaaaau!... E compaste duas?!

(...)

Sim, filho... Gostei tanto que trouxe duas. Iguais.

* Entusiasmo de irmão mais novo, primo mais novo e amigo mais novo, cuja roupa nova não costuma vir de lojas, mas sim de sacos gigantes que nos vão parar lá casa. O calçado não; o calçado vem-lhe das lojas.

Aquele momento em que lamentas ser tãaaaooo, ui jasus mas tão, engraçada!

Fiz umas palhaçadas e mandei umas piadas tão boas, mas tão boas. O meu filho mais velho riu-se tanto, mas tanto. Mas tanto...

Que se vomitou todo.

Ora, merda!

António, o prevaricador.

...

[Jr.] Temos de ir comprar a prenda do António.

[NM] Pois temos... E do que é que ele gosta?

[Jr.] De futebol. E de estudar.

[NM, surpresa] De estudar?!

[Jr.] A-hã! Ele próprio o admite.

E quem nunca rotou que atire a primeira pedra.

[Jr.] Ah é verdade mãe, nem te contei... Hoje a jogar futebol caí e rotei as calças.

(...)

Olarilas, sempre a aprender...

Que tenho andado arredada do(s) blog(ues)?

Pois que sim.

Mudei de casa e agora tenho outros afazeres. Eu agora é mais o Borda d'Água.

(E vós sabeis lá o matagal e depósito de entulho que isto era ainda nem há quatro meses e o bem que me faz andar por ali a cirandar de ancinho na mão...)

(Sim, é uma horta no centro da cidade.)

Domingo à noite e a saga da preparação do material escolar e desportivo para o primeiro dia de aulas do mais velho, ou de como se tivesse mais de dois filhos estaria louca.