Eu?! Zerinho... Bo-la!

Alfredo, o omnipresente.

[NM] Jr... Sabes o Alfredo da tua equipa do futebol?

[Jr.] O que tem?

[NM] O avô dele foi meu professor e do papá na faculdade.

[Jr., a bufar, mesmo incomodado] Fogo... Tudo o Alfredo, tudo o Alfredo... Já não bastava ser primo do vizinho do meu melhor amigo e agora ainda me dizes mais isso... Está em todo o lado... Fogo... Estou farto dele!

(...)

Sim, o Jr. adora o Alfredo. A-do-ra!

Os últimos dias?! Chá, Benuron e paciência.

Sexta feira de manhã o Jr. diz-me que lhe dói a cabeça, que não sabia se não seria de ficar em casa. 

Eu, mãe cuidadosa que sou, disse-lhe, enquanto sorria e lhe segurava a mão: "Hã-hã! Andor violeta, para a escola!"

Ainda não eram as duas da tarde e liga-me a diretora da escola, para "lhe" ir buscar a criança. 

Jr. com cara de caso, mal me vê, segura-me na mão, não me sorri, e... "Eu disse, não disse?!" 

Pois disseste, meu bem.. Pois disseste...

Catorze crianças da turma dele em casa. 

Fim de semana de cama, com febre, dores musculares e de cabeça. 

Domingo peço à minha comadre se pode ficar com o Baby à tarde, para ele brincar com o meu afilhado e sair daquele ambiente doentio lá de casa. Tudo bem.

Segunda feira, consulta de oftalmologia com o Baby, depois de três dias a pôr-lhe umas gotas que o deixaram ainda mais fotossensível e a ver tudo desfocado.

Na sala de espera sinto-o a começar a fazer febre. "Ora pois... Como não?!" Fui falar com a médica, a ver se lhe podia dar prioridade. Que não, que tinha dois meninos à frente. Engoli em seco e, sim senhora, porque, depois do esforço das gotas, queria mesmo que ele fizesse a consulta. 

A verdade é que aquela meia hora de espera foi crucial e a sintomatologia galopante. Mal entra no gabinete... Vómito projetado por todo gabinete da sôtora... Pois... Acontece! Pena não lhe ter vomitado para as pernas. 

Depois do diagnóstico de astigmatismo e prescrição de óculos (pois... snif!), ainda disse à médica que o que o tinha feito tinha só configurado uma grande irresponsabilidade, que, além do Baby,  também tinha posto em risco as outras crianças que estavam na sala de espera (que não foram contaminadas porque me afastei com ele). Disse-me "Pois, tem razão!" e ligou no dia seguinte a perguntar como é que ele estava (SNS, note-se).

Chegados a casa, continuou o dia de São Gregório. Perdi a conta às vezes que vomitou. Fiquei sem roupa de cama.

Essa Segunda... Dia de magusto lá em casa - combinado há mais de um mês para conciliar as agendas de 11 almas, com os amigos todos de sobreaviso: "Estão por vossa conta e risco... Se ficarem doentes... Não pago indemnizações..."

A festa acaba e mal bato a porta... Começo com arrepios... Pois! 

Ontem não me conseguia levantar da cama e tinha duas crianças para cuidar... Entretanto o meu afilhado também fica com febre... Afilhado tem irmão bebé... 

Há momentos muito lindos na vida de uma família, é o que é...

Coisas que, talvez não tendo mal nenhum, me dão vontade de espetar uma pera bem assente ao meu interlocutor.

Liga-me a Diretora da escola do Jr., a dizer que ele está com febre. E depois diz:

- "Pronto, agradecia então que, logo que possível, Mo viesse buscar."

(...)

"... Mo viesse buscar..."

(...)

Claro. Claro que Lho fui buscar!

{inspira, expira, inspira, expira}

Marido acha que eu tenho mau feitio.
Mas é claro que não.

Hi, gorgeous!

E pronto... O coração do meu marido partiu.

Isso mesmo.
Se tivesse de escolher um objeto para simbolizar o meu marido seria um cubo de Rubik.
Mas inteiro, claro.