terça-feira, 22 de abril de 2014

Coisas dos miúdos cá de casa...

Já passaram mais de dois meses desde o nascimento do Baby e, por isso, acho que já é seguro escrever sobre a reacção do Júnior ao novo elemento da família. Acho que já não há grandes riscos de se lhe virar o capacete, pelo menos por esse motivo da "novidade"...

Ora bem, umas semanas antes de o Baby nascer a coisa aqueceu e eu temi pela minha sanidade. Pois bem, se era para aquilo que estávamos não íamos ter vida fácil não... Mas afinal, parece que a expectativa, o lidar com o que havia de vir sem saber muito bem o que era, foi mesmo o pior.

A verdade é que a coisa correu bem e assim continua. Não fizemos nada de especial. Não comprámos nenhum presente do irmão mais novo para o mais velho, ao contrário do que os psicólogos aconselham, mas envolve-mo-lo em todas as tarefas com o bebé, no tomar banho e no mudar de fralda (o Jr. depressa dispensou esta parte), e tivemos o cuidado de não estarmos os dois de volta do pequenito sempre que o Jr. estava em casa.

Claro que estando o mais velho no colégio tudo ficou mais fácil... Chega a casa às 18h e às 21h está na cama, pelo que deu para gerir o horário de maneira a fazer o bebé passar "para segundo plano" (não é bem isto que eu quero dizer mas pronto) nesse horário e manter as rotinas do mais velho. Aos fins-de-semana, quando o bebé era pequenino para sair e estava frio, o Jr. saía com o pai nem que fosse para irem às compras ou passear (!!!) e ir ver ferramentas para o Leroy Merlin (sim, é o spot preferido daqueles dois, não me perguntem que eu não tenho nada a ver com isso). Com o passar do tempo o bebé está cada vez mais presente na vida do irmão, já que agora come e está acordado durante esse intervalo de tempo, mas acho que no início foi importante o manter de rotinas.

Nunca proibi ao Jr. que tocasse no bebé (ele limita-se a dar-lhe beijinhos e a fazer-lhe festinhas) mas também nunca os deixo sozinhos. Discretamente vou andando por ali, sempre com um olho no burro e outro no cigano, não vá às vezes virar-se-lhe a macaca e fazer algum disparate.

Também tivemos o cuidado de dizer às pessoas para falarem com o Jr. sobre outros temas que não o irmão e que evitassem dar presentes só ao mais novo à sua frente (mas nisto as pessoas são sensíveis e acho que ninguém o fez).

A única coisa que tem corrido mal é que, de manhã, o Jr. diz que não quer ir para a escola. Suponho que seja por me ver ficar em casa com o bebé, mas também tem sido uma coisa que temos conseguido controlar sem grande estrilho. Saiu de casa a chorar quatro ou cinco vezes, mas à saída da garagem já ia bem disposto...

De resto, quando as pessoas fazem grande festa ao bebé ai-que-riquinho-ai-que-coisa-tão-boa-ai-que-não-sei-quê-não-sei-que-mais o Jr. recua e eu vislumbro-lhe um sorriso orgulhoso do género: "Sim, é o meu mano!". E pronto... é o que temos!

A educadora dele já me disse que, às vezes, o pior vem depois com as gracinhas do mais novo, ou quando começa a andar e a ocupar mais espaço... Mas isso depois logo se há de ver... A verdade é que "so far so good" e isso é que me importa!

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