quarta-feira, 22 de abril de 2015

Até me sinto defraudada ou "Pronto eu resolvo, deslargai-me caraças!"*

 
 
Já deve haver por aí milhentas resoluções, não é? Garanto-vos que não vi nenhuma. Só confirmei o resultado final para me assegurar que não vinha aqui fazer (muita) figura de ursa. E também vos digo que não percebo o sururu. O problema é fácil carai, muito mais que o das bolas vermelhas e pretas.  
Pois para começar vou designar o Albert por M (já que é o que sabe o mês) e o Bernard por D (sabe o dia). Assim fica logo mais claro quem sabe o quê.
Ora, o M diz que não sabe quando ela faz anos mas que sabe que o D também não.
Isto significa então que ela de certeza não faz nem em Maio nem em Junho, porque caso contrário M nunca poderia ter a certeza absoluta que D não sabia (se a Cheryl tivesse dito a D “19” ou “18”, este ficava a saber a sua data de aniversário).

Restam então 5 datas: Julho 14, 16 e Agosto 14, 15 e 17.
Depois o D diz: “Eu primeiro não sabia, mas agora já sei.”
Ora, como o “primeiro não sabia”, ele está a confirmar que a Cheryl não lhe disse nem 19 nem 18. Mas para D ter a certeza do dia de anos a Cheryl só lhe pode ter dito 16, 15 ou 17, porque se lhe tivesse dito 14, ainda restavam duas hipóteses e ele não poderia ter a certeza.
Restam então agora 3 datas: Julho 16 e Agosto 15 e 17.
Depois o M diz que agora também já sabe.
Ora para M saber ela tem que ter dito “Julho”, porque, caso contrário, ele teria duas possibilidades de resposta e não podia ter a certeza.
Oh! Pfffff… É só ir por exclusão de partes. Até fiquei desiludida, caraças! Tenho para mim que foi a interpretação do enunciado que dificultou um bocado a coisa.

* Estais nem aí para as minhas nerdices, não é? Tuuuudo bem!

24 comentários:

  1. Eu estou, Nê, sabes que eu estou sempre pronta para nerdices.

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    1. Pois estás! :D O das bolas só largaste quando percebeste meeeesmo. :DDD
      (Oh... Estive eu a adiar a leitura de tão afamado problema, a afinar os neurónios durante dias para ter tempo para me dedicar a isto conveniente e sai-me esta traquitana. Está mal.)

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    2. Por acaso, vi tanto sururu à volta do exercício, e depois, pfff... a montanha pariu um rato.

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  2. Só acho que o único problema destes raciocínios é que a resolução assenta num princípio de partilha de resultados, em que cada um sabe o que o outro sabe. E isso é parvo.
    (mas sim, este é muito mais simples que o das bolas)

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    1. É nada parvo. É uma premissa como outra qualquer. No das bolas era "vê duas bolas pretas se e só se responde imediatamente que a sua é vermelha" aqui assume-se coisa parecida. Até é bem razoável, não tenhas mau feitio.

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    2. Mas então o enunciado haveria de acrescentar isso mesmo. "Assuma as premissas que entender".
      Porque na realidade tu não partilhas resultados. E para se resolver isto nós temos de pensar o que o outro pensa. É parvo, é, não me contraries.
      (ainda assim este é menos parvo que o outro)

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    3. Olha... Ainda bem que te encontro. Esclarece ali em baixo a Uva se fizeres o favor.

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    4. E eu sei? A senhora gaja que gosta de pensar o que os outros pensam não sou eu, caramba.

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    5. Mas és a bruxa.

      Ahahahahahahahah como é que é possível???

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    6. Nada temeis, só assombro ursos. Como gasto os meus poderes todos a assombrar ursos, ficam a faltar-me para os dotes de adivinhação.

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  3. Eu sabia que tinha que ser fácil, pra eu o teu resolvido tão depressa... Obrigadinha por confirmares que as minhas capacidades são, digamos, limitadas. ;)

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    1. Oooh. Não digas isso. Tu és muito esperta. E magra. (E só por causa das coisas estou aqui estou a deixar de ser tua amiga.... Bem sabes que odeio magras. Magras espertas então dão-me cá uns nervos .. :D)

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    2. Eh pa, isso é que não! Se eu amanhã comer uma francesinha, reconsideras?

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    3. Tá bem, mas tem de ser com batatas. (Mas não à minha frente senão ataco-te o prato. :DD)

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  4. Respostas
    1. Ahahahahahahahah (Explico muitA bem, ora explico? Eu fui prof, eu fui prof... :D)

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  5. Preciso de saber quando é que a minha sogra faz anos, sendo que não é virgem e nem capricórnio, porque se fosse virgem ou capricórnio eu dava-me bem com ela e não dou.
    Com estes dados é canja.

    (Não posso perguntar ao meu marido porque se ele sonha que eu não sei a data dos anos da mãe, desmaia, e eu agora não tenho tempo para xeliques).

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    1. Oh... Achas? Não sou bruxa carai... Experimenta na Picante. Diz que vais da minha parte. :DDDDDDDDDDDD

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    2. Uva, sei um truque. Pergunta-lhe o que é que ele acha que deviam oferecer à mãe no aniversário todos os meses. Se ele disser "Oh, ainda falta tanto tempo", é porque não é nesse mês. E assim vais excluindo meses. se ele disser, "eish, é já para a semana e não me lembrava", ficas a saber em que semana é. Depois pergunta se ele está a fazer conta de ir jantar com ela. Se ele disser que não dá jeito porque no outro dia tem de trabalhar, reduzes mais um pouco.
      É só uma questão de lhe ires fazendo as perguntas certas, sendo que "em que dia é que a tua mãe faz anos" não é uma delas.

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    3. Convence a filha que tem que se comprar um presente espectacular à avó, e de modo a que a filha não perceba faz com que esta pergunte a data ao pai ou à avó.

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    4. Ahahahahahahahah sois pouco manhosos sois...

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    5. Eu quero saber a data para ir fazer trabalho de campo aos himalaias nesse dia. A ver se ela entende que eu farto-me de trabalhar e por isso é o filho dela tem de fazer as camas, e o jantar, e dar banho à miúda, e limpar os novos residentes da casa. Os cocos da mequinhas.

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  6. Ora, soltem os fogos.... Consegui perceber a explicação sem ficar com um nó no cérebro :))))
    (Mas tenho a certeza que sozinha jamais conseguiria. Estava a custar-me um bocadinho perceber a primeira exclusão de meses. Eheheh)

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