quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Como?! Como é possível?...

“O SNS falhou neste caso, os cortes não permitiram ter recursos”


Pronto. Já morreu um sem margem para "não foi bem assim, a condição clínica do paciente blá-blá-blá". 

Já dá para fazer alguma coisa e, loucura, contratar mais pessoal, ou como já houve lugares de relevo "à disposição" já está o assunto resolvido?

8 comentários:

  1. Isto agora sou eu, que não percebo nada de SNS, a perguntar: e não dava para transferir o doente para outro hospital que tivesse?

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    1. Pois Mi. Não querendo acreditar que não havia especialistas de serviço no país inteiro (e assim sendo isso já teria vindo a lume), a única hipótese que se me ocorre é ninguém ter querido assumir a responsabilidade de ter essa atitude sem o devido parecer de um especialista sob tutela da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo que tivesse visto doente.

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  2. Um, NM? Quantos? Quantos? Quantos que não se souberam? Cuja família ou não chegou a saber as causas reais da morte ou não veio divulgar para a comunicação social?
    A minha maior revolta é precisamente esta: quantos, para além deste, e não se soube?
    Este fica para a história como o primeiro. Terá sido?

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    1. Muitos. Não tenho a mínima dúvida. Este fica para a história em que houve reconhecimento da falha. Nos outros ficará sempre a dúvida se foi, por exemplo, por alteração súbita da situação clínica do doente. Não sabemos. Neste não houve nem tentativa de encobrimento ou justificação. E por isso imagino a gravidade e o flagrante desta situação em particular.

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  3. Respostas
    1. É. Sexta é mau dia para adoecer. A época das festividades de Natal também. QUando se juntam as duas dá nisto.

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    2. NM,certa vez engoli uma espinha de bacalhau, ao jantar, numa sexta feira. Fui ao hospital da minha área de residência. A médica que me atendeu perguntou-me porque não fui de manhã, porque aquela hora e durante o fds não havia otorrino.

      Nessa noite fiquei igualmente a saber em que dias de semana, ou manhãs/tardes poderia sofrer de certas maleitas sem precisar de ser transferida, quais me levariam para o hospital do meu distito e me obrigariam a uma viagem forçada ao Porto.

      Então ao fds é mesmo uma lástima, não admira o estado do São João nessas alturas. E eu pergunto: está cientificamente provado que as pessoas adoecem mais de segunda a sexta feira?! E das 9h as 19h? Então porque raio não temos todas as especialidades asseguradas?

      Felizmente eu tive um pequeno a idente com uma espinha. Se tivesse coisa mais grave e urgente estava lixada.

      Quanto à situação em causa, aparentemente, existe neurocirurgia, 7 dias por semana, 24h/dia, no Porto, em Braga, em Coimbra. Infelizmente, o rapaz teve o azar de estar numa terrinha pequena e muito isolada... Oh wait... Agora demitiram-se todos, emitiram mil comunicados e parece que agora já está tudo bem e não se repetirá. Que bom! Digam isso à mãe do rapaz, deve ficar felicíssima, tipo uma prenda de natal.

      E não paguem aos médicos, que não é preciso.

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    3. É como parir. Na maior parte das zonas do país (não em termos populacionas mas de área), parindo ao fim de semana ou depois das 17h, epidural de grilo.
      Nas outras situacoes, e em teoria, se for realmente grave as pessoas são transferidas (mas os gastos têm de ser justificados e a "urgência" é escrutinada). No caso em questão não percebo o porquê de não o transferirem, ele estava no São José Sexta à noite.

      E não contratem mais médicos que não é preciso. A minha melhor amiga é médica num hospital central, num dos hospitais maiores do país. Faz urgências de 24 horas (vinte e quatro!), sai da urgência às 8 da manhã de um dia e dá consultas nesse mesmo hospital às 9h.

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