quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Da matemática dos vernizes ou da nobre arte de perder tempo.

É inevitável, devo desperdiçar, em média, 1/4 de cada um dos meus vernizes. 
Aquele fundinho... Oh cristo, aquele fundinho... Pronto, não dá. Ter de rodar o frasquinho para pintar cada unha; a inclinação milimétrica para que o verniz chegue ao pincel mas não se arrame... Não. Que se lixe. Aquele bocado ridículo de tinta não pode valer o camadão de nervos que se me acomete e, zau, lixo com o animal.

(É só comigo ou estamos juntas?)

Vai daí que me pus a pensar... O que se poderia fazer?!

(Pelo criador, como é que uma pessoa pode ficar de braços cruzados face a uma problemática destas? Pois. não pode.)

Carburei as sinapses e concluí (em segundos, ui, e vós sabeis lá o fina que sou) que o ideal seria isto:



Que é mais ou menos isto:



Mas depois... Para levar o mesmo volume de verniz, o frasco teria de ter o triplo da altura.
Ora, o frasco de verniz (parte de vidro) que estou a usar agora é um cilindro com 3 cm de altura e 2 cm de diâmetro. Assumindo o receptáculo cónico e o mesmo diâmetro, estaríamos a falar de um frasco de 9 cm de altura. Pois, não dá porque não teria estabilidade. Mas para um diâmetro de 3 cm (um quase nada a mais, que é como quem diz, 1 cm a mais), uma altura de 4 cm (outro quase nada, que é com quem diz outro cm) permitiria a mesmíssima quantidade de verniz, mas num frasco amigo da malta.

Mais... Se só se mexesse ali a 1 cm do fundo do frasco (que tenho para mim que já seria suficiente)



Bastava aumentar 7 mm à altura (e manter os 2 cm de diâmetro) ou, alternativamente, aumentar 3 mm ao diâmetro (e manter os 3 cm de altura) para se ter o mesmo volume de verniz.

E pronto. É isto. 
Não estou a ver onde esteja a dificuldade. 
Com frascos ligeiramente maiores resolvia-se a questão e eu (nós?) aumentaria(mos?) em 25% o tempo de vida útil de um verniz. (Um problema para quem vende, bem sei.)

22 comentários:

  1. Nê, o problema é o pincel. Que é quase sempre curto...

    (Desculpa lá estragar-te as contas... :DDDDDDDDDD)

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  2. Eles para o fim começam a ficar grossos e eu acabo por deitá-los fora, independentemente de o pincel ainda chegar ao fundo ou não. O segredo está em vender frascos muito pequenos, que dêm para meia dúzia de aplicações antes de ficarem velhos e difíceis de espalhar. Assim compramos mais frequentemente e nao temos a sensação de estarmos a desperdiçar produto (ainda que, feitas as contas, estejamos a gastar mais dinheiro).

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  3. Estou contigo. E a tua ideia é de génio! Que belas sinapses essas tuas.
    O pincelinho também haveria de aumentar os mesmos 7 cm. Na verdade, ficava um frasco semelhante a um de lip gloss, ou de máscara de pestanas.
    Devias mas era registar a patente disso. A esta hora, já alguém te sacou a ideia.
    :)

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  4. Agora fiquei a pensar nisto: com um pincel tão maior, será que o verniz não escorre em excesso pelo cabo, enquanto se pintam as unhas?
    Mas essa questão também deve ter solução.
    Acho mesmo a ideia genial :)

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  5. Adoro isto!
    Eu, que nunca fui dada à matemática e muito menos à nobre arte de pintar as unhas, acho que bastava um pincel mais comprido. Tenho uma tendência inata para simplificar.

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  6. Minhas boas amigas,

    Bem sei que a tentação de culpar a curteza do pincel é grande mas a verdade nua e crua é que o cerne da questão pode muito bem residir na forma do recipiente. (Mas disto ninguém fala, não é?... Qualquer problema ou insatisfação... Tau! "Também... com um pincel tão pequenino, querias o quê? Milagres?") É verdade que um pincel grande chega onde um pincel curto não consegue alcançar, mas... mesmo assim... Por muito grande que seja o pincel, há ali locais, ali no perímetro da base, que o pincel não alcança devido à rigidez do pauzinho. Mas sim, concedo que um pincel maiorzito facilitaria.

    (Cristo... As coisas que me fazeis escrever...)

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    1. Ai, o caraças! Isto soa-me a pornografia! Pincel maior mas que pode não superar a forma do recipiente... Pincel pequeno não faz milagres... Por muito grande que seja o pincel, devido à rigidez do pauzinho não alcança alguns locais... Enfim! Pornografia! :P :P

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    2. Fogo... Haja alguém que me entende. :DDD

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  7. Há excepção de quando o verniz já engrossou e vai directamente para o lixo, verto o verniz antigo num verniz mais recente. Tb odeio esse desperdício e sim, para mim era uma questão de um pincel mais longo.

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  8. Eu tenho uma maneira menos científica de resolver esse problema: Comprar um frasco novo da mesma cor, usá-lo durante uns tempos e depois verter para o frasco novo esse restinho irritante e inacessível que sobrou do antigo. Claro que isto só funciona se o verniz antigo não estiver demasiado espesso, se gostarmos da cor o suficiente para comprar um segundo frasco, ou se a mesma cor ainda estiver no mercado, o que nem sempre acontece. ;)

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  9. O pincel mais comprido não resolve (pode facilitar um pouco mas não resolve). Além de não chegar ao perímetro da base, não pode ser tão comprido que toque no fundo senão deforma os pelos e depois não pinta em condições...

    E outra coisa, o verniz tem de se agitar cada vez que se usa. (Olha eu a dar conselhos de estética.. :DDDD) A questão é que se o que está no fundo está grosso é porque que o que se usou estava mais diluído do que era suposto.

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    1. Não é bem assi, Nê. O verniz fica mais espesso porque começa a secar. Imagina que de cada vez que pintas as unhas o frasco está aberto durante 5 minutos, que à medida que vais gastando verniz é cada vez maior o contacto com o ar... Na verdade não tens de imaginar, só tens de observar, pois é isso que acontece. Com o sem agitação o verniz tende a ficar mais seco, espesso e difícil de espalhar.

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    2. Claro que o verniz seca ao ar... Pois se seca nas unhas também há de secar ao ar dentro do frasco. De qualquer das formas as partículas com cor tendem a assentar no fundo, por isso ajuda agitar o verniz para não ficar tão espesso.
      Se deixares um verniz não muito escuro nem muito claro "deitado" durante uns dias vez claramente as partículas de cor depositadas no lateral do frasco. (Se o frasco estiver de pé não consegues ver essa concentração porque o vidro é muito grosso e numas cores não é tão fácil de ver como noutras.)

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    3. Também há quem diga que se deve guardar os vernizes no frigorífico, exactamente para que durem mais.
      (Eu não faço isso, por preguiça e por pôr a possibilidade de, qualquer dia, ainda pincelar alguma carne com um deles.)

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    4. Pois diz que sim. Eu não faço porque, Deus ma livre, ainda se me constipam as unhas. :D

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  10. Se a L'oreál, Essie, Chanel, Dior e todas as outras veêm isto estás tramada. Tu não achas que já há soluções para isto dos frascos? Eles não querem é usá-las! É perder dinheiro pá!!
    (E os tubos de pasta de dentes? E de cremes?)

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    1. E o que é que tu achas que eu quis dizer com aquela última frase entre parêntesis, hum?!

      (Nenhum caso é tão flagrante como o do verniz. Eu no post disse que desperdiço 1/4 do verniz, mas não é verdade. Desperdiço muito mais. O verniz de ontem está a pouco menos de metade, 1/3 na loucura, e já não o consigo voltar a usar naquele frasco. Nas pastas de dentes, cremes, etc, não se desperdiça tanto. Nem de perto nem de longe. Se deixares 1/10 no tubo é muito. Não conheces o truque da porta? Aprendi com a educadora do Baby que faz assim com os cremes para a fralda dos miúdos. Não fica nada lá dentro. :))

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    2. Truque da porta?! Agora fiquei curiosa...

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    3. Basicamente é empurrar o tubo contra a "vinca" (esquina?) do caixilho de uma porta com uma mão e puxar com a outra. Os tubos de Halibute lá na escola ficam espremidinhos, espremidinhos... :)

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    4. Epa é preciso ter um filho para aprender estas coisas! Impressionante!

      (Não li o parêntesis. Uma pessoa anda cansada....metem as coisas em tamanho minúsculo pá!!)

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    5. Nem imaginas o que uma pessoa aprende com a garotada... Fica-se a saber, por exemplo, que no Sponge Bob há uma deixa do chefe dele (que agora não se me recorda o nome) que é "Malditas letras pequenas!". Taliqual tu. :D

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