terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Por acaso gostei de ver aquilo lá no espetáculo de marionetas que são os Óscares...

Num evento de um micro cosmos onde todos parecem automatas, onde todos representam, onde tudo é programado ao mais ínfimo pormenor... As piadas, os discursos, os aplausos, as poses dos bonecos enfiados nas fatiotas escolhidas por equipas de profissionais... (Giro, giro, era há uns vinte anos... Onde, enfim, era só malta com dinheirama a alindar-se para um festarola, dando largas ao seu sentido de estética...) 

Por isso, gostei. Gostei de me ter apercebido que por trás daquela fantochada toda até há, enfim, gente. E a gente engana-se, claro que se engana. As máquinas é que não.
Até se portaram todos de forma bem digna quando se aperceberam do erro. Ninguém fez birra nem ninguém gritou que quem dá e tira para o inferno gira. 
Gostei de ver, não sei se já disse. 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Já fui buscar a carta registada que veio das finanças...

E... Surpresa!... Não era para me informar que fui contemplada com a factura da sorte.

Ora, bolas!

Pronto... Descobriram-nos! Sim, caríssimos, é verdade! Nós lá em casa é assim:


#sovamostodosperdertempo
#mastudobem

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

O drama, o horror, a tragédia...

Perdeu-se um olho ao leão.

Oh valha-nos o São Padroeiro dos Desfiles de Carnaval...

E agora?!

Eu bem o tentei convencer que o fixe, fixe, era ir de leão zarolho. Que o leão perdera um olho porque era muito valente e lutara contra um dragão, não, imensos dragões, dragões enooormes e terríveeeis, e, mesmo assim, sozinho, conseguira salvar a savana inteira. Os outros leões, as girafas, as zebras, as hienas... Todos, todos, todos... Salvara todos! Era um leão muito valente aquele. Tão valente, mas tão valente, que lutou com tantos e tão ferozes dragões e só tinha ficado zarolho. 

Mas não... Diz que não. Diz que um leão pirata é que é. Uma história tão linda a do leão zarolho... Enfim...




quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Quando estás exactamente a meio da verdadeira semana de cão...

E não tens ninguém à beira que te passe a mão pela cabecinha e te diga qualquer coisinha que te aqueça o coração. 

"Pronto, pronto... Já vai passar!", digo eu de mim para mim própria.



quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Já pensei muitas vezes nisto...

Já me questionei muitas vezes sobre a forma como uma pessoa culta, um estudioso, um erudito, quiçá filósofo ou assim, insultaria.

Por exemplo, ia Immanuel Kant muito sossegadinho lá na sua vida quando passa uma carroça com muita velocidade sobre uma poça de água, molhando-o todo. Ao Immanuel sobem-se-lhe os calores, dão-se-lhe os nervos, e insulta o carroceiro como?

Eis que se não quando surge-se-me um vislumbre... Uma espreitadela por entre os buraquinhos da persiana...


"Cafre", hã! "Cafre"! 

É um insulto muito bom... Vou levar para a vida. 

É que uma pessoa insulta, desopila os fígados e o mais certo é a outra parte não perceber e assim não se corre o risco de receber um pêro na mona como troco. Gosto muito.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Feliz "Dia dos Namuíados", pessoas em geral e estimado marido em particular!! :)



Post claramente influenciado pela minha amiga Mirone, que me empurra sempre para os melhores caminhos. :)

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Mais depressa se apanha um mentiroso...

Desde Sexta, dia em que o Jr. adoeceu, e até ontem o Baby dizia que, enfim, também queria estar doente. (Se o irmão tem, o Baby quer, e é isto a minha vida.) Por acaso os desígnios divinos fizeram-lhe a vontade e agora que de facto adoeceu, claro, que já não o quer assim tanto, mas adiante...

Sábado, ainda fresco como uma alface, dizia-me o Baby a apontar enfadado para um restinho de comida no prato:

- Não quéo comé maix...

- Não queres comer mais?! Porquê?

- Puque não...

- Dói-te a barriga?

- Não... Dói a gaganta...

- Dói-te a garganta??!!... Mas dói muito ou pouco?

- Muito!

- Hum... Mas olha... Onde é que fica a garganta?

- Não xei...

(...)

Tramadas... Estas dores vindas de sítios que não se sabe onde ficam devem ser tramadas...

Trigo limpo, farinha Amparo.

Hoje o mais velho foi para a escola convalescente de uma gastroenterite.

Hoje o mais novo não foi para a escola porque apanhou uma gastroenterite.

Pão com bife.

O Jr. apanhou uma gastroenterite má. Muito má mesmo. Tão má como eu nunca tinha visto.

O Jr. que já era magrinho perdeu muito peso. Nota-se-lhe a anca. Com ele de costas. 

Esteve três dias sem comer, quatro sem segurar nada no estômago e a horas de ficar internado.

Ontem perguntei-lhe o que queria lanchar. Pediu pão. Com bife. 

A seguir jantou arroz. E bife.

Antes de se ir deitar quis comer pão. Com bife.

Hoje quis  ir à escola. 
Foi. 
Triste porque não havia pão com bife para o pequeno almoço.

Bifes. O corpo pede-lhe bifes.

O meu pede-me tempo. 

Mais fácil arranjar bifes.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

NM refere-se a si própria na terceira pessoa e pede desculpa por isso. (Deve ser dos nervos.)

NM abandona o seu posto de trabalho a meio do dia para ir buscar o seu filho mais velho à escola, em consequência de este ter vomitado.
NM, já em companhia de seu mui abatido filho, estranha a porta de seu pequeno prédio estar só no trinco, e não fechada à chave tal como combinado com os vizinhos, mas não valoriza. NM fecha a porta do prédio à chave.
NM entra em casa e cumprimenta D. Albertina, sua empregada. Filho de NM pega no seu tablet e voa para o sofá.
Em menos de cinco minutos batem à porta. NM espreita e vê um estranho que lhe explica que estava a fazer um biscate no 1º andar e que agora se queria ir embora mas que não conseguia sair porque a porta do prédio estava fechada à chave, se alguém lha podia ir abrir. D. Albertina oferece-se para tal. Dois minutos depois aparece D. Albertina esbaforida, que tinham estragado a porta de entrada, que não abria. Estranho colado a ela. NM olhou estranho nos olhos e percebeu que este estava psicotropicado, se é que a palavra existe. Irrefletidamente e para manter o estranho longe do ninho, NM sai, fecha a porta de casa, leva a mão ao bolso a confirmar que leva telemóvel e pede ao criador que seu filho esteja mesmo absorto lá no seu jogo e que se deixe ficar sossegado dentro de casa, sem se aperceber que estava sozinho.
NM junto à porta da rua, com fechadura estropiada, toma consciência que está barricada dentro de seu prédio, com estranho psicotropicado, com empregada que não parava de o confrontar com as suas incongruências e com um filho de seis anos doente quatro andares acima. NM lembra-se que não estava nenhum carro na garagem e que, provavelmente, não estaria mais ninguém no prédio. NM voa escadas acima a bater a todas as (quatro) portas e confirma que não, de facto não está mais ninguém no prédio.
NM mantem a calma. NM mantem o estranho calmo e faz sinal à D. Albertina para se manter calma, sem confrontar nem fazer perguntas. 
NM lembra-se que existe um martelo quebra vidros ao lado das caixas de correio, para ser usado em situações SOS tal como aquela estava a ser. NM tem medo de não conseguir partir o vidro, de magoar alguém ou de o estranho passar a usar o tal martelo como arma. NM pensa enquanto vai dando palpites soltos de como a D. Albertina e o estranho hão de conseguir abrir a porta. Façam força aqui, façam força ali, agora para cima... "Talvez ligar aos bombeiros... Mas se vêm os bombeiros vem polícia..." NM fala em polícia para ver a reação do estranho. Estranho não reage. Enquanto estão entretidos aos safanões à porta NM esgueira-se uns degraus e liga ao 112. NM pensa no filho e pede ao criador que ele não lhe apareça ali naquele momento.
Chega a polícia. Estranho olha esgazeado para NM e D. Albertina, mas nada diz. Continua a tentar abrir a porta. NM passa a chave a um polícia pela abertura da ventilação. Faz sinal a outro a pedir contacto por telefone. Polícia mostra número a NM. NM sobe uns degraus e explica em tom baixo a situação. O segundo polícia sempre a falar com o estranho, para puxar a porta, para empurrar, agora não, agora para cima... Suponho que, pouco mais estivesse a fazer que a mantê-lo ocupado. Polícia acalmou NM, que nada de mal aconteceria agora que eles estavam ali. NM disse que não sabia se o estranho estava armado, que não estava mais ninguém no prédio e que estava uma criança sozinha num determinado andar. O que quer que acontecesse era preciso ir saber logo da criança. NM estava aparentemente calma mas tinha a clara sensação que a situação se podia descontrolar a qualquer momento e por um qualquer clique.

Polícia não conseguiu abrir a porta. Os bombeiros sim.

NM fraquejou das pernas quando viu a porta aberta, e mal o estranho foi manietado NM voou escadas acima a saber de seu filho. Filho de NM dormia (?) profundamente no sofá. Tablet caído no meio do chão. E esta, hein? NM desceu e abraçou D. Albertina, mais conhecida por nem-nem-nem (nem ouve, nem cheira, nem limpa), e recordou porque a mantinha vai para 10 anos. D. Albertina não abandonou NM por um segundo, conseguiu controlar os nervos, conversou e distraiu o estranho enquanto me ausentei para ver se havia mais gente no prédio e para ligar à polícia. D. Albertina é uma mulher com os tomates no sítio. D. Albertina tinha sido, na verdade, mulher para arrumar o estranho com dois pares de lambadas bem assentes. Acho que aquilo das "mulheres do Norte" se deve a mulheres como ela.

O estranho não estava armado nem nenhuma casa tinha sinais de arrombamento. Mas estranho foi levado preso porque tinha um mandado de captura pendente.

Já a situação estava perfeitamente controlada e NM tremia ao falar com os bombeiros. NM tremia ao falar com a polícia.

NM ainda treme agora, passadas 24 horas, ao pensar no que podia ter corrido mal.

Sou só eu que sempre que anda de alfa...*

Tem vontade de acrescentar um ponto de exclamação à sinalética de Free Wi-Fi?


Sim...

FREE WI-FI! 

Se de facto, e tal como apregoam, têm Wi-Fi, libertem-na, caramba!

*Ou de como a Wi-Fi da CP é o novo Willy!