Não, caro Quintela, o que o seu
sócio disse foi sério e assustador. Factualmente sério e assustador. Não há
chalaça que o aligeire. É assustador ouvir um patrão, sócio gerente de mais de 40
lojas, responsável por mais de 800 “colaboradores” (o que quer que isso seja) -
isto em apenas 6 anos de actividade (ganância alert!), falar assim.
Despojando a crónica do
folclore, Quintela limita-se a dizer que a Padaria Portuguesa cumpre a lei e os
seus deveres (legais). É o único que se lhe percebe por entre os mortais
encarpados, que a sua empresa cumpre a lei.
Ai a PP cumpre a lei? Pronto. E então?
Era suposto a malta levantar-se numa salva de palmas nacional? Não. Se a PP
cumpre a lei, mais não faz que a sua obrigação. Se há quem não o faça, os
outros é que estão em falha, não é a PP que merece um prémio por serviços
prestados à nação.
Que a contratação em Protugal é
muito pesada para as empresas? Pois é. E agora? Até se arranjar solução, tudo
vai de ir vender bolos para o Bangladesh. Às tantas a malta lá também gosta e
os custos com o pessoal iriam ser menores. Não sei, tenho cá esse feeling.
Ou se tem capacidade para pagar
condigna e atempadamente a funcionários e fornecedores, ou mete-se a viola ao
saco e reequaciona-se a expansão descrontolada (umas lojas darão lucro, outras
nem tanto, começam a fazer-se concorrência umas as outras, as pessoas começam a enjoar, estão aqui estão a fechar lojas e, ides
ver, que a culpa ainda há de ser da não flexibilização do horário de trabalho).
Neste particular (acho que nunca
tinha escrito isto), gosto muito do argumento de quem bate palmas à PP e a outras
cadeias maiores porque “criam emprego”. Sim, porque antes de haver PP, as
pessoas não comiam bolos. Eu não sei se é muito mal pensado
da minha parte, mas partindo do princípio que a população cliente é finita e que o número de vezes que se vai a uma pastelaria não é diretamente proporcional ao número de pastelarias existentes,
para se criarem empregos ali, matam-se empregos noutro lado. As pessoas da
Grande Lisboa já comiam bolos antes de
aparecerem as PP, não já? Pelo menos aqui no Porto as pessoas lancham e não
temos nada disso de Padarias Portuguesas... Se eu passar a ir lanchar à pastelaria B, quando antes ia à A, se
calhar a A ressente-se, não?! Eventualmente terá de despedir pessoal...
Não sei, digo eu.
(Mas eu dei
três erros numa só palavra no post anterior. Não sei se os meus bitaites serão lá grandes merecedores da vossa consideração.)
o rapaz nem chega a ter piada, é notório o esforço, mas é como diz, eles criam emprego, a malta tem de aguentar pois são empreendedores e se não fossem eles ui...
ResponderExcluirCriam nada emprego, que emprego hão de criar... Têm emprego para oferecer, o que é diferente. Ou há mercado ou não há mercado, havendo mercado se não fossem eles a empregar haveriam de ser outros...
ExcluirAgora sim, estamos de acordo.
ResponderExcluirPrezo saber.
Excluir(E então? Aquilo que o JS disse do JMT foi honesto ou quê?)
(Não me diga, que o enjôo que a conversa já lhe causa o impede de me dar uma respota de sim ou sopas...)
Olha... E não é que me deixaram mesmo pendurada numa pergunta tão simples de resposta de sim ou sopas?!... Não se pode contar com esta esquerdalha caviar para mesmo nada de nada, é o que é...
Excluir(E pronto. Se com isto da esquerdalha e do caviar não voltar então é que já não percebo nada de nada.)
Subscrevo!
ResponderExcluirSe distribuíssem os lucros, ou parte dos lucros, pelos "colaboradores" (???? é para enganar quem?), aí sim, era para bater palmas (duas ou três, no máximo, não exageremos). Dizem eles que não podem pagar mais. Eu pergunto, depois de todas as contas pagas, o dinheiro que resta fá-los ter uma vida tão penosa quanto os seus "colaboradores"? Duvido.
ResponderExcluirPor acaso duvido, mas duvido mesmo que aquilo dê assim tanto lucro quanto isso (as contas devem ser públicas)... São muitas lojas numa área geográfica pequena, rendas muito caras, muito pessoas... Umas lojas, sim, darão lucro, outras nem por isso, umas lá compensarão outras... É díficil acertar na mouche 50 vezes... Duvido mesmo! Duvido que aquilo seja o negócio da China tal como duvido da prosperidade do futuro... Mas pronto. Pode ser que me engane.
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