O meu filho mais novo é um animal social. Fala com toda a gente. Diz olá, sorri, mete conversa, pergunta "como te chamas", "quanto anos tens" (e é engraçado ver o embaraço dos adultos que normalmente assobiam para o lado mesmo comigo a fazer-me de distraída como quem não está a ouvir a conversa), "o que é isso" e diz que a saia/vestido/blusa (tudo que seja espampanante e capaz de ferir a vista a qualquer um) "é muito munito"... Enfim, onde quer que vá com ele, é certo e sabido que povo que exista a menos de cinco metros de nós lhe fica a saber o nome e que trago comigo o recado de que tenho um filho muito simpático. E tenho, sim senhor.
Estávamos nós os dois numa sala de espera, com ele por ali cirandar e a lançar charme. Já toda a gente se metia com ele e ele lá andava nas suas quintas.
De repente um dos seus animais cai para debaixo de uma cadeira e ele sai-se com um assertivo e sonoro: "OH, PÔGA!"
Eu, surpreendida porque de facto nunca lhe tinha ouvido tal, digo indignada o seu nome... Acto continuo, e consciente que o tiro me podia perfeitamente sair pela culatra (porque afinal os meus móveis têm esquinas, gosto de andar descalça, tenho - tcharan!, dedos nos pés, e a conjugação destes factores resulta-me por vezes num valente "Porra!", resulta sim senhor) arrisco:
"Baby?!?!! A quem é que tu ouviste isso?".
Responde-me ele...
"Ao Godigo da escola!".
Continuo eu, sem vacilar e a pensar na sorte que tinha acabado de ter:
"Ai, ai, ai... Essas coisas não se dizem... E a professora não ralhou com o Rodrigo?".
"Galhou!", respondeu ele. "Pois ralhou, porque isso não se diz..."
(...)
Ufa... Cá beijinho, Rodrigo!
E agora, com vossa licença, vou ali jogar no Euromilhões.
O único ponto negativo nessa história é trocar os gues pelos erres.
ResponderExcluirDe resto parece normal... claro que se fosse um daqueles baby-bloggers super avançados já usaria a "f" word. Mas ainda vai a tempo, cada criança com o seu ritmo.
Ahahahahahahahahahah oh poga, PID... Que mau feitio, cagaças...
Excluirque o alívio e muita saúde, boa disposição não saiam nunca daí, para irem morar noutro lado.
ResponderExcluirbom ano, NM.
beijinho,
Mia
A boa disposição não sai que nós temo-la fechada a sete chaves... :)
ExcluirBom ano Mia. :)
Muitos beijinhos.
Eu não sou pessoa de dizer palavrões, mas demorei vários anos a perceber que "poga" era considerado como tal. Quer dizer, ainda não estou muito convencida por isso de vez em quando ainda me sai.
ResponderExcluirSofia
Ahahahahahahahahahah é agora asneira... É uma asneira fraquinha, pronto.
ExcluirAlém de que significa um cacete ou uma moca.
ExcluirAliás, porrada não é asneira...
Sim, sim... "Dar com uma porra na cabeça..." Tenho ideia de facto de porra ser uma asneira moderna.
ExcluirMegda também é aceitável! :p
ResponderExcluirAhahahahahah mas nada bate o "caraio" do Júnior (cinco minutos depois encontrei que eu bem me lembrava de ter feito um post... http://calmacomoandor.blogspot.pt/2015/01/as-companhias-as-companhias.html)
ExcluirSituações caricatas, de facto.
ResponderExcluirOlarilas. ;)
ExcluirFaz parte.
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