sexta-feira, 30 de junho de 2017

Em terra de cegos...

E depois o Pedro, no seu sotaque mais queque, de beto mais queque da Foz mais queque, acenava freneticamente com os trejeitos mais queques, sob o pólo mais queque, um papelote que dizia ser o parecer de um perito que, ui sabeis lá, o perito dos peritos, o melhor do burgo.

Porque ele tinha razão e se dúvidas disso houvesse estava ali o parecer do tal perito. Um perito que... oh... de trás da orelha. 
Diz que. 
Só que não.

Ela?! Ela entrou em modo tenemos muitos nabos a cozer nua panela...



E o Pedro lá continuava, dando lustro aos créditos do tal perito, que ui e vós sabeis lá...

E em modo tenemos muitos nabos a cozer nua panela... Ela batia imaginariamente o pé ao som de:

Bai Pedro bai, al lhugar de la justicia
Di-le a tou amo cumo you te digo a ti

La-la-la...

Pedro, que te falta? Repica la tu gaita
Tenes l pan na tulha l bino na bodega
Tenes la melhor moça que habie nesta tierra
Ciega dun uolho i manca dua perna

Outra vez.

Tenes la melhor moça que habie nesta tierra
Ciega dun uolho i manca dua perna

Depois ela sempre lhe disse, recorrendo às suas melhores competências diplomáticas, que era melhor o Pedro refrear os ânimos. Que às vezes... Enfim... Ainda que seja o melhor perito do burgo, não deixa de ser Ciego dun uolho i manco dua perna...


O Pedro não gostou. Oh!

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