domingo, 29 de novembro de 2015

É possível, é possível...

It's one of life's more depressing ironies, that the men who crave power are best fitted to acquire it and least fitted to exercise it - Seti I - Exodus: Gods & Kings

terça-feira, 24 de novembro de 2015

"Tou?! Tou sim??!"

"É o senhor governador do Banco de Portugal?! (...) Ora viva, muito boa tarde caríssimo. Daqui fala o Costa o novo primeiro, como está? (...) Ah, óptimo, óptimo... Olhe, oh senhor governador eu estou a ligar-lhe porque tenho aqui uma situação e era para ver se entre os dois conseguíamos desbloquear a coisa. (...) Ora então é o seguinte. Eu precisava que vocês aí imprimissem mais notas e cunhassem mais moedas para nós distribuirmos pelo povo. Precisamos de dinheiro, e eu estou a ligar para, pronto, fazerem mais, não é? Pois se precisamos... (...) Hã?! Como assim não podem?! (...) Hã?! O quê do Banco Central Europeu?! Não... Não está a perceber... O dinheiro não é para a Europa... É para Portugal mesmo.... (...) Como assim não pode?! Mas, mas... Sabe que agora sou eu que mando nisto tudo não sabe??!!! E eu não estou a pedir, estou a mandar que faça mais dinheiro... (...) Tou?! Tou?!... Olha... Desligou!! E agora?!... Vou substituí-lo... É que nem é tarde nem é cedo... Já fosteS... Pena o João Soares já estar na Cultura, senão era já no Banco de Portugal que o punha... Oh Centeno, diz aí um nome para pormos um gajo a mandar no Banco de Portugal. Precisamos de alguém que nos faça dinheiro o mais depressa possível... É que nem brinques pá... Se não for isto não estou mesmo a ver como é que nos vamos desenrascar..."

domingo, 22 de novembro de 2015

Como é que se consegue proteger uma população...

De um louco intoxicado com cocaína, que munido de uma kalashnikov desata aos tiros?

Pois... Não se consegue! É esperar que não aconteça.

Da Maria de Belém e da Marisa Matias.

Têm má voz.

O que é uma enorme desvantagem, particularmente, para a campanha.

Se pudesse guardava estas pérolas todas, ali bem escondidinhas no fundo do açucareiro...

Hoje vieram cá a casa uns amigos do Jr. e dei com ele a contar-lhes que quando vai ao café com os pais toma um "careca" de limão. 

"PIPITXÚ!... QUÉ PIPIIIIITXÚUU!!!!", gritava ele a apontar para o livro.


Tiro o livro da prateleira... Começo a folhear. Ele continua angustiado, ansioso, desesperadamente empenhado na busca... "Pipitxú!!! Pipitxúu!", num lamento de lágrimas nos olhos como quem precisa de pão para a boca...
Vou passando páginas e páginas... "Pipitxú! Pipitxúuuu!" A tensão a aumentar... A esperança a fugir por cada folha que passava... Todas as formas de vida e mais algumas e nada de "pipitxú!". Eu a pensar: "O que raio será um pipitxu, hosana nas alturas como é que vou acabar com isto a bem?", ele num lamento infindável... "Pipitxúuuu!!" 

Até que... Oh glória...


"Pipitxú"??! Periquito, claro.

Incrível como não percebi logo, não foi?

Da lógica. Da batata.

Ainda de dia, a meio da tarde.

[Jr.] Olha mãe a Lua...

[NM] É.

[Jr.] Mas está vazia...

[NM] Hã?!

[Jr.] Sim... Se não está cheia, é porque está vazia, não é?

(...)

Não!


sábado, 21 de novembro de 2015

Não me basto. Não me chego. Não me satisfaço.

Eu gosto muito do que faço. Gosto de ajudar. Muito. Gosto de trabalhar. Gosto de gostar do que fiz. Gosto de fazer bem. Gosto de organizar. De falar. De ensinar. De ouvir. De trocar ideias. De discutir. De colaborar. De fazer. Gosto muito de aprender. De saber. Sempre. Mais. Tudo. Gosto de lutar por que as coisas corram melhor. Para todos. Gosto que me dêem luta. Gosto das minhas coisas e das minhas causas. Gosto das minhas pessoas. Eu sou das minhas pessoas. Eu sou as minhas pessoas. E tenho cada vez mais. Cabem-se-me todas.
Gosto muito de muito mundo. Gosto de fazer muito. Por todos. Porque sim. 
E faço e gosto e corro. Mas não me basto. Porquê? Porque bem sei que ainda podia ser mais. Mais mãe. Mais mulher. Mais amiga. Mais filha. Mais colega. Mais pessoa. Mais inteira. Mais. Mais. Mais. Eu sei que podia ser Mais. E Maior. E Melhor. E logo que eu me disponha eu sou mais. Faço melhor. Sou melhor.  E se consigo eu exijo mais e mais e mais e melhor. Porque eu consigo.

Como é que isto vai acabar?! Comigo realizada e feliz por me ter superado, porque "Yes, I can!"? Não. Porque ponho sempre a fasquia mais além. Quando lhe estou quase a tocar dou-lhe conscientemente um pontapé e ela vai parar mais longe. Lá está, nunca me basto.

Então? Quando entro neste rodopio louco de querer meter o mundo num bolso dou-me invariavelmente como frustrada. E stressada. E cansada. Numa noite de insónia a mentalizar-me de que não. De que não consigo ser aquela que eu acho que me bastaria. Porque não se me estica o tempo. Nem se me multiplicam os braços. Porque a partir daquele marco que eu já reconheço, eu sei que o que faço a mais começa-se-me a subtrair ao que sou.

E se eu sei o que sei do que vou saber e ser e viver porque não arrepio já caminho? Porque não. Porque agora vou a meio. Porque agora vou a descer e não consigo travar. Se não vejo o precipício lá ao fundo? Vejo. Depois levanto-me.

Há quem se foque no que é e no que sabe. Eu foco-me no que me falta ser e saber. É muito cansativo. E imaturo.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Paris.

Sem liberdade. Sem igualdade. Sem fraternidade. Outra vez.

Sabes que algo vai mal no Mundo (e na tua capacidade de gestão)...

Quando abres o site de um jornal, lês as gordas de uma mulher que foi traficada e violada milhares de vezes, do Costa a dizer que o Passos anda a "assustar" os portugueses (Oh Costa, a malta agradece a preocupação mas manda dizer que já não se assusta assim por dá cá aquela palha...), que foram encontrados corpos de bebés numa quinta na Alemanha, que os americanos mataram um degolador do Estado Islâmico... 

Mas dizia eu que sabes que algo vai mal em ti e/ou nos outros quando lês a capa de um jornal de relance e as publicações que, efectivamente, abres são estas:

As fotos de animais mais cómicas do ano


Consegue ver a mulher na imagem?


É triste mas (hoje, espero) não tenho capacidade para mais.

Adpatação ao meio, diria Darwin. Enterrar a cabeça na areia, digo-vos eu.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Teste de maternidade? Não é preciso, obrigada!

[Jr.] E então qual foi o saco cama que escolheste para o Baby? O azul ou o laranja?

[NM] O laranja. O azul tinha umas letras cor de rosa, era um bocado de menina.

[Jr.] Sabes que eu até gosto do cor de rosa.

[NM] Ai é?

[Jr.] É. E quanto mais me dizem que não posso porque é cor de menina mas eu gosto. Às vezes até digo que é a minha cor preferida.

[NM] E quem é que te diz que não podes gostar do cor de rosa?

[Jr.] Os meninos da escola.

[NM] Mas tu continuas a dizer que gostas, é?

[Jr.] É. Quanto mais eles falam, mais eu digo.

(...)

Estou tão tramada...


Da previsibilidade.

Se o seis fosse o nove, o oito manter-se-ia igual.

Coisas que se me ocorrem enquanto ouço rádio. 

Eu sou tão crente, tão crente, tão crente...

Acreditais que me passou pela cabeça que não ia haver imagens dos refugiados a chegar ao aeroporto? Juro-vos que acreditei que ia haver um esforço para respeitar a privacidade daquelas famílias. Mas não. Como seria de esperar, de resto.

sábado, 7 de novembro de 2015

Coisas (nada) estranhas. (E daí...)

Os adeptos do Chelsea continuam a aplaudir o Mourinho. 

Conheço as orelhas do meu marido como a palma das minhas mãos mas desconheço, praticamente, o aspecto das minhas.

Pronto, de momento é só.


Estes sim são bons dias de praia...







quinta-feira, 5 de novembro de 2015

A ignorância por si só não me incomoda.

Nada. Nadinha. Todos somos ignorantes. Ninguém sabe tudo, ou melhor, comparado com o que podia saber, ninguém sabe nada. Nada de nada. Se uns percebem de uma coisa, outros percebem de outra. E o que percebe da poda não é mais nem menos ignorante que o que percebe de lagares de azeite. Têm conhecimentos (e, por outro lado, ignorâncias) diferentes. Só isso.

Agora... Aquilo que me causa muita urticária, mas mesmo muita, é aquilo a que eu chamo de ignorância ruidosa. A ignorância ruidosa é aquela que pertence a um orgulhoso ignorante que não pensa dois segundos em alardear a ignorância alheia. Um ignorante ruidoso é o homem que ri muito alto no café, chama por todos, e conta enquanto se ri muito alto, não sei se já disse, que o tipo da frente lhe estava a dizer que um pequeno pássaro pode causar um acidente gravíssimo numa colisão com um avião. 

- "Ah! Ah! Ah! Oh pá... Mas tu já viste o tamanho de um avião??!! Olha-me este... Oh, oh... Está calado e cala-te mazé... Não digas asneiras. Ah! Ah! Oh Zé? Ouviste esta?",

- "Mas, mas... Um pássaro de 1 kg pode causar um impacto de toneladas e se for contra o vidro do cockpit ou se entrar no motor ou se..."

- "Ah! Ah! Ah! Oh pá, mas tu sabes quanto pesa uma tonelada? Oh, oh... Cala-te! És mesmo burro."

Outro exemplo?

Uma pessoa apanhar a notícia deste estudo num jornal e gozar com os maluquinhos que andam a estudar moscas, que já não há paciência para estudos da treta nem para a futilidade da vida moderna em que as pessoas são obcecadas com a imagem e em não querer envelhecer e se botoxam todas e mais não sei quê. As tristes. Sim, porque o objetivo deste estudo só pode ser esse... Arranjar uma maneira de manter as pessoas jovens e belas e enxutas e isso.

O que a mim me incomoda é que antes de achincalhar o trabalho de um grupo de pessoas (cientistas, esses estúpidos) não se faça o mínimo esforço para perceber que o que se investe para aumentar o tempo de vida de uma mosca e o que se poderá investir para replicar a metodologia em material humano, poderá terá em vista algo tão fútil como criar condições para aumentar o tempo durante o qual um coração se mantém apto para transplantação. Por exemplo. É pouco provável, muito pouco provável, que a preocupação dos maluquinhos das moscas sejam as rugas das senhoras. Digo eu.


quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Não posso estar bem...

Não consigo parar de rir... É que é tal e qual... Mesmo, mesmo tal e qual!


Alguma boa alma faça o favor de lhe dar um estaladão para a tirar daquele estado de nervos que aquilo não pode fazer bem à saúde.

Para o meu rico marido, Quarta feira é dia de...


Mazelas, pois claro.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Ah... Agora sim!...


Aqui e aqui.

Mas como é que ninguém se lembrou antes que isto era capaz de melhorar a vida dos portugueses, hum?!