sexta-feira, 30 de setembro de 2016

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Igualzinho a seu pai. No sentido de oportunidade, inclusivamente.

Diz-me a minha cabeleireira:

- E então?! Secamos como?

- Oh... Vou já para casa. Veja lá o que lhe parece que se aguenta melhor para amanhã.

- Fazemos uns caracóis?

- Hum... Acha?!

- Para ser diferente!!

- Pode ser, então!

(...)

- Olhe NM... Vê que bem que lhe ficam?

(...)

Lá saio eu, pouco convencida, de caracoletas a dar a dar. Cada uma a saltitar para seu lado. Chego a casa e faço entrada teatral na sala onde se encontrava o Jr. Agarro-me à ombreira da porta, abano muito o corpo e o cabelo. Ponho uma voz afectada de dama antiga:

- Então? Estou com uma cabelo maravilhoso ou muito maravilhoso?

(Sim, sou uma criançola.)

Jr. olha boquiaberto para mim, sem dizer um pio.

Voz ainda mais afetada e postura ainda mais teatral:

- Entãaaaoooo? Ninguém me diz naaaaada? Ooohhh que desgoooosto!

(Levo mão à testa a fingir  um desmaio.)

Jr. muito sério:

- Mãe... Pára com isso!... Agora a sério... Por favor diz-me que isso que fizeste ao cabelo tem remédio!!!

(...)

Eu sabia, no fundo eu sabia!!!!

Makeup.




quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Pilinhas e pipis e... "Não estás a perceber nada, ora não?"

- O "Baby" tem piinha!

- Pois tem... E o David?

- O David também tem piinha!

- Muito bem! E a Inês? Tem pilinha?

- Não.

- Pois não... Tem pipi, não é?

- É.

- E a Mariana? Tem pilinha ou pipi?

- Pipi.

- Muito bem. E o Pedro, tem o quê?!

- Cuecas!

(...)

Ora, bolas!

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Finalmente as sopas de cavalo cansado e as papas de castanha a darem resultados... MuitA fortes!



Nêzinhos a danificar erário público desde... Nunca!

Claro que já estava assim. Foi para a foto.
A expressão do mais pequenino é impagável... Estava mesmo a fazer "fôoooça!".

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Aquele momento em que pões o teu casamento à prova e o teu coração se aflige com a possibilidade de não te corresponderem às expectativas.

Lá estava eu no Caribe. Um calor estupidamente húmido e abafado. Fim de tarde após uma árdua jornada fechada numa sala com a temperatura ambiente a fazer-me sentir em Oslo (Avé AC central e falta de noção!). Eu ali  à beira mar a molhar os pezinhos. Ao fundo, na água, um casalinho apaixonado muito abraçadinho. Aaaaahhhh As luas de mel nos resorts!!... Coisa mais azeitola linda.*

Impelida por forças ocultas vou e... Zau! Coração na areia com as nossas iniciais. Vou e... Zau! Fotografo! Sem demoras... Zau! Watsapp com aquilo para o meu amor do outro lado do Atlântico.



Depois?... Bom, depois foram momentos muito tensos. 
Que feedback, meu Deus?? Que feedbak teria eu? Iria sair dali enfraquecida a chama da nossa paixão?

Eis que o feedback chega e... Nãaaa... Ufa!! Sorrio embevecida! Prova superada! Nunca me falha o meu homem.

Ele?!! Ele enviou muitos smileys gargalhantes e disse que eu era "muitA kida"! Depois "riu-se" outra vez. E disse que eu era uma criatura muito parva. E "riu-se". E eu ri-me.
Tudo ok com a nossa chama, portanto!

Palavra de honra que seria como levar um valente murro na mona se ele não percebesse que eu estava a gozar e me respondesse com uma lamechice qualquer.



* Depois passa um cataramã. Música do Titanic da Celine Dion em alto volume. Carregadinho de gente muito feliz. Isso, bêbada. Lá de longe começam a gritar ao casalinho incentivos à cópula... 

Mau, não é?

Se podia ser pior? 

Podia claro. 

Não só podia como foi - o elemento masculino do casalinho não hesita e acena-lhes com os calções de banho!!! 

Eu? Eu fiquei a conjecturar se não poderia engravidar se entrasse na água naquele momento e pelo sim pelo não deixei-me estar sugadita na areia.

domingo, 18 de setembro de 2016

Do primeiro dia de Escola e porque a memória é traiçoeira.

Adormeceu e acordou tranquilamente, sem qualquer sinal de nervosismo. Mochila nova às costas e Vs de vitória para a fotografia. Saímos de casa muito cedo e fomos pôr o irmão à creche. Fizemos grande parte do caminho a pé e só aí me apercebi da possibilidade de algum nervosismo porque nos apertava a mão com muita força, com o braço contraído. (E logo ele que raramente dá a mão por livre e espontânea vontade...) De qualquer das formas sentiamo-lo seguro e confiante e por isso lá íamos nós também, seguros e confiantes.

Chegámos. Cumprimentámos caras conhecidas. Aliviados como os miúdos por, enfim, termos ali alguém que... "Olá, estamos juntos nisto! Sim, é uma parvoíce, mas ainda bem que também estão aqui."

Entrámos na sala.

- "Aonde te queres sentar, filho?"
- "Lá ao fundo!"

Pois que assim seja.

O amigo T. que veio com ele da outra escola sentou-se ao seu lado. 

Primeira tarefa: Numa cartolina partilhada com o colega de carteira fazer um desenho sobre o começo da escola. 

"Espectáculo! Começamos bem...", pensei eu. É que o Jr. detesta desenhar. Detesta. Não é uma questão de não saber, de não ter jeito. É uma questão de sofrer quando tem de o fazer. É castigo. 
O amigo T. começou logo, todo animado: Um barco enorme, uma bandeira de Portugal, nuvens, Sol, meninos, meninas, gaivotas, peixes, tudo, tudo, tudo, um espetáculo de luz, cor e muita animação. 
O Jr.? O Jr. escreve o seu nome com letra "à mão" como a avó lhe ensinara nas férias lá num cantinho, lá da metade dele da cartolina. Depois "desenha" (gatafunha?) um campo de futebol, duas balizas, dois jogadores e uma bola. Num espaço equivalente ao de um cartão MB. É nesta altura que olha em redor. É nesta altura que vem ter connosco, de olhos rasos de lágrimas. Que o desenho dele estava feio. Que era o mais feio de todos. Que queria fazer tudo de novo. Que era o pior. E nada, nada que me surpreendesse.

Lá fui com ele... Comecei por lhe dizer que não tinha motivo para se sentir assim, que o desenho dele estava muito lindo. Mas depois ele disse-me para eu parar de mentir. E eu parei.

- "Então, pronto, diz-me lá... O que queres desenhar?"
- "Uma cidade!"

Uma ci-da-de!!! Pois muito bem... Não, o meu filho, artista nato e com um desenvoltura notável no que ao desenho livre concerne, não queria desenhar um carro. Ou uma casa. Ou meninos ao lado uns dos outros. Ou um jardim com muitas árvores. Não. o meu filho, e o seu lendário jeito para o desenho, queria desenhar uma cidade:

- "Um prédio?"
- "Não. Uma cidade completa! Muitos prédios, carros, pessoas, um jardim e um aeroporto..."

Respirei fundo e sugeri-lhe que desenhasse "um arranha céus muuuuito alto"... Para ocupar grande parte da cartolina, claro. Depois o pai desenhou uma árvore e um avião. Quer dizer, esboçou, que desenhar desenhar, assim mesmo mesmo desenhar (que é como quem diz passar por cima) foi o Jr., que é só ele empenhar-se e faz desenhos mui lindos. Não. Mentira. Não faz. Não dá. Isso é o que eu lhe digo, para o estimular, para lhe alimentar a auto-estima e isso. Depois de muito esforço, jogo de cintura e "Yes you can", qual "Uma Aventura com Gustavo Santos", lá terminámos a nossa hercúlea tarefa! Agora "só" faltava pintar! E lá estava o Jr. a cumprir tal tarefa, como que a cumprir pena, com a mão esquerda a segurar a cabeça e com cara de "Porquê??!!! Mas porquêeee????"

Para o animar:

- "Estás a ver o relógio, filho? Já só faltam quinze minutos para o intervalo... Depois já podes ir brincar com os teus amigos"
- "Lá para fora?"
- "Sim, lá para fora, para o recreio. Mais um bocadinho e já podes brincar à tua vontade!"

Lá continuou, mais animadinho... Quer dizer... Tão animado quanto possível, assumindo que estava em modo desenho. 

Nisto começa a chover... Copiosamente! Prevejo o que aí vem e adianto-me:

- "Olha filho, se calhar já não vai dar para irem para o recreio..."

- "Não?! Então vamos fazer o quê?"

Nem de propósito diz a professora:

- "Bom... Está a chover... Quando chove não dá para irmos para o recreio... Ficamos por aqui pela sala... Descontraidamente.... A desenhar ou assim..."

Eu já nem ouvi mais nada... Olho para o Jr. que revira os olhos e me olha como que a pedir socorro! Olhos rasos de lágrimas. Outra vez.

E é neste estado de aflição que tenho de o deixar. 
E num cinismo digno de registo, com a maior descontração e de sorriso nos lábios: "Um beijo e um queijo, meu amor.  Vai ser muito fixe, vais ver! Até logo. Vai ser muito fixe! Que sorte... Tantos amigos novos... Tchau-Tchau! Diverte-te! Fixe, hã!... Vai ser muito fixe!!!"

Saio com o coração num punho. Conto cada minuto até o ir buscar. Antevejo mil e um cenários... Uns, a grande maioria, com olhos inchados e lágrimas, outros com sorrisos e muita alegria, mas todos com muito drama e emoção. "Bom, está quase na hora... Quer dizer, às tantas ainda é cedo." Era cedo. Ponho-me a caminho de qualquer das formas. Passo os portões. Toca. E de repente... 

Lá estava ele diante de mim. Triste? Não. Abatido? Não. Radiante? Também não. Então? Super-tranquilo! Com um ar de... Oh well, another day in the office. Eu confusa... "Mas, mas... Eu tinha-te deixado tão... coiso!", mas rapidamente... "É que não quero nem saber... Tens fome?" E fomos lanchar. Bolos! E depois fomos buscar o irmão. E depois foi o treino de futebol. E depois banho. E depois jantar. E depois vinte minutos de televisão, lavar os dentes, xixi e cama.

No dia seguinte mais do mesmo. Tudo igualmente tranquilo.

Amanhã é outro, o terceiro, dia e eu não me importava nada que isto encarreirasse assim.

*O meu filho não chora fora de casa. Fica com os olhos marejados de lágrimas, mas limpa-os com as mãos e controla-se. Levanta a cabeça, respira fundo e segue como se nada fosse. Geralmente só eu e o pai é que nos apercebemos do pânico momentâneo. Ainda hoje se esbardalhou de uma torre de escalada. Magoou-se na cara. Muito. Vinha muito aflito, que "se houvesse uma casa de banho para molhar a cara é que era mesmo fixe." Vinha todo vermelho e com as mãos a tapar a boca.  Mas não chorou. Lágrimas a escorrer pela cara e gritos? Nop! Não consta do cardápio fora de portas, não.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

E então?! Preferias que te arrancassem uma unha com um alicate ou que te esfreguassem uma cebola num olho?

E uma pessoa lá anda entretida a escolher o papel higiénico, a pasta de dentes e o iogurtes, e num repente dá por si a cogitar circunspectamente com qual dos dois a agonia seria menor...


Os treinos de futebol do Jr. já estão a surtir efeito...

E aquilo devem ser umas lições de técnico táctica de alto gabarito. A cultura futebolística flui-lhe com uma naturalidade notável. 

Hoje a ver o jogo do Benfica:

"Hey pai!!!... Tu é que não viste, mas está ali um jogador que chutou com o pé de apoio!!"

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Ai, ai, se a Pipoca fala de resorts eu também quero, era só o que mais faltava.

Isto dos resorts phynos, de cinco estrelas, all included, localizados em países phynamente classificados como “emergentes” ou “de economia em desenvolvimento” tinha mais piada se houvesse um túnel de ligação entre o aeroporto e as ditas bolhas paradisíacas. É que assim uma pessoa entrava em modo autómata no transfer no aeroporto e não via nada de menos belo até entrar nas águas quentes como o caldo da praia privada do hotel. Mas não… Até chegar ao paraíso vemos aquilo que não queremos ver. Vemos casas miseráveis. Vemos pobreza e gente suja. “Oh qui carai, e foi para ver esta miséria que eu me endividei?”, pensará o "resortiano".

Para mim, o que se passa nesses resorts, nesses tais países “emergentes”, choca-me. Choca-me a desigualdade cultural e social. Choca-me o coabitar e o interagir desconstrangido e descomprometido do turista “desenvolvido” com o local “emergente” (e a viver em condições miseráveis e sub-limiares da dignidade, já agora). Choca-me o desperdício. Desperdício esse que nem sempre parte do cliente, já que há por parte de quem presta o serviço uma certa gala nele. Não há cá toalhas penduradas para serem reutilizadas. Trocam-se as toalhas e já está, estejam estas penduradas, no chão ou pelo caminho. Água a três quartos deixada no quarto? Troca-se a dita garrafa por outra fechada e não se fala mais nisso. Deixar as luzes apagadas quando se deixa o quarto? É um conceito desconhecido para o staff. Tens um prato com bolinhos, pousa-lo e distrais-te, meio minuto, a conversar com alguém? Zau! Já foste! Bolinhos com os porcos. 

Na República Dominicana há umas autoestradas muito jeitosas. Usadas por transfers para turistas, com preços proibitivos para os locais que andam nas bermas, de mota, aos três de cada vez, a favor e contramão, mas sempre sem capacete (até perguntava a brincar se seria proibido já que das dezenas (centenas?) de motas que vi só em duas os condutores o usavam). Choca-me que a cem ou duzentos metros da bolha paradisíaca as crianças andem descalças e sujas. Crianças essas que não dispõe de um sistema de educação ou de saúde minimamente digno ou capaz. As frutas da bolha paradisíaca, tal como os legumes, não têm sabor. Nem cor. Eram claramente importadas e amadurecidas numa qualquer câmara frigorífica. Nem imagino a que preços chegarão aos locais coisas aparentemente tão vulgares como tomates ou melancias. Se chegarem, claro. A República Dominicana produz arroz e açúcar. Bananas e café. Fora isso, chapéu! E mesmo isso… Os pequenos produtores sofrem uma qualquer alteração de humores do São Pedro e… Chapéu! O quê? Seguros para proteção pelo clima? Eeeerrr… Pois… Chapéu!

Apesar de tudo, quem vive do turismo não olha a meios para disso tirar partido. Nunca em minha vida me senti tão explorada. Preços para turista, são preços para turista em todo o Mundo, mas os que ali vi foram exorbitantes. Quão exorbitantes? No aeroporto de Santo Domingo quinze dólares por uma tosta mista de exorbitância. Por momentos senti-me na Noruega ou na Dinamarca. Mesmo na rua (ali colado à bolha, que em boa verdade não conheci mais nada)… Um íman ranhoso para o frigorífico? Seis dólares e não se fala mais no assunto.

É claro que em contraposição com o Haiti, os outros condóminos da Ilha Espanhola e onde nada há além de pobreza, podemos sempre pensar que, enfim, encontraram  os dominicanos a rampa de lançamento neste tipo de turismo. Mas não… Ou, por outra, dificilmente. O fosso é enorme. E os pobres são muitos e vivem miseravelmente. Ou há SUVs e Porches ou há carros ferrugentos e a cair aos pedaços, literalmente.


Não sei qual é a solução. Nem tampouco sei se haverá solução (a curto prazo pelo menos garantidamente que não). Eu só sei que tendo eu visto e sentido e cheirado aquilo que eu vi, senti e cheirei fora da bolha, não me souberam a paz de espírito as Margaritas lá included.

Hoje, como em praticamente todos os dias...

O meu filho mais novo chega à escola e cumprimenta entusiasticamente a Mafalda:

"Mom dia, Mafoda!!"

E eu, invariavelmente, parto-me a rir.

Sou muito infantil, bem sei!

domingo, 11 de setembro de 2016

Devo ser cá um pitéu que nem vos digo.

Sempre fui muito propensa a picadas de insectos. Cem pessoas e uma melga, e é certo e sabido que vou ser eu a mártir. Sempre fiz umas reacções exuberantes, mas bom, NADA parecido com o que se passou em março último quando estive no Brasil. Numa bela tarde fui, simplesmente, atacada. Usava uma saia comprida e, à confiança, só pus repelente na parte de cima. Para agravar a situação, não sinto as picadas. Ora, naquela bela tarde matava a minha amiga dezenas de melgas, que lhe deixavam as paredes do gabinete com rastos de sangue. Dizia ela que alguém estava a ser comido forte e feio. Eu olhava para os meus braços e... Nada, nadinha, siga com o trabalho. Outro colega, norueguês, apontava para uma picadela numa das pernas, alvas como a cal, e dizia desconsolado: "I think it was me!!". Oh pobre... Só que não. Não tinha sido ele.
Eis que chego ao apartamento. Eis que vou para tomar banho e eis que, o drama, o horror, a tragédia... Só na perna esquerda contei 18 picadas. De-zoi-to! Cada uma com um inchaço de 10 cm de diâmetro. E se até ali não tinha sentido as picadas, a cada minuto que passava, as minhas pernas inchavam, ferviam, e eu sentia uma comichão que bom... Até falta de ar tinha! Cortisona e anti histamina (e um teste de gravidez negativo pelo meio que se é para alimentar o drama o meu corpo não conhece limites - lembrais-vos do zika?, pronto, era isso) e a coisa lá se vou.

Chegada a Portugal foi a meretriz da loucura. Era picada todos os dias, a toda a hora, por insectos fantasma. Além das picadas diárias na parte de cima do corpo, semana sim, semana não, ficava com as pernas todas picadas e inchadas, de tal maneira que às vezes até me custava a andar. Cheguei a pôr repelente antes de me deitar. Em três noites seguidas mudei lençóis, edredão e cobertores. Tudo para a lavandaria. Marido revirava os olhos a insistir que era impossível haver insectos na cama. Que a roupa estava limpa, que ele não estava picado, eu mostrava-lhe o meu corpo e pedia-lhe que me explicasse como é que eu estava assim. Foram momentos na vida de um casal muito lindos, e ainda estou para perceber como não lhe atirei com nada à mona. Sou de uma racionalidade e sangue frio assinaláveis, é o que é. Lembro-me de ter ido a um piquenique a Serralves ao aniversário de uma amiga. Levava um vestido comprido. Repelente nos braços, pernas e peito, claro. Esqueci-me foi que o estupor do vestido tinha um decote nas costas. Pois bem... Nem vos digo como fiquei com as costas e a barriga... Não sei que insectos me podem ter mordido. Nem por onde ou quando entraram. Não senti nada. Maridos e filhos sem uma única picada, claro.

Só largas semanas mais tarde percebi, que as piores lesões - as das pernas, eram sempre as mesmas. As que tinha feito no Brasil. Eu nem sei se era mordida de novo, se as borbulhas simplesmente reactivavam (sozinhas) semana sim, semana não. Como se tivessem memória. Fui a uma alergologista que ficou a olhar para mim como um boi para um palácio... Que não percebia, que nunca tal tinha visto! Que devia ter apanhado uma doença qualquer que, além de deixar memória, me provocara alguma alteração hormonal que me deixou particularmente apetecível a insectos.

Fiz um tratamento de choque durante um mês com anti-histamínicos e corticóides. E a coisa melhorou substancialmente. Já não sou tão picada, nem de perto nem de longe, e as lesões do Brasil desapareceram definitivamente (até ver, pelo menos - nunca fiando).

Agora aquando da minha viagem a Los Melones (true story!), fui artilhada e, claro, que tive cuidado redobrado. Repelente a torto e a direito que os mosquitos americanos são-me bravos!

Mesmo assim fui picada. Uma vez. Num braço. Exatamente! Yey! Uma única vez.

Vinte e quatro horas e três anti-histamínicos depois, era esta minha figura.




sexta-feira, 9 de setembro de 2016

El Caribe e seus humores.

Estava tudo na paz do Senhor... Gente na praia e na piscina e por ali a cirandar.

De repente... Cabruuum!


No dia anterior. Jantar numa esplanada. Em cinco minutos ou coisa que o valha:

- "Bolas... Nem sei como aguentam viver assim neste calor tão abafado. É como viver numa estufa."
...
- "Yey! Sentiram? Um arzinho?"
...
- "Ai que brisa tão agradável!"
...
- "Olha, e esta? Está-se a levantar vento."
...
Catrapum-pum-pum! [Coisas a cair.]
...
- "Porra, que ventania!"
...
Catrapum-pum-pum-pum! Crack! 
...
- "Bora, que vem furacão!!!"

Não, felizmente foi só assim tipo um simulacro. 
Em outubro... Em outubro é que diz que há animação a sério.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Back to work.



True story. 
Mas eu não tenho nada a ver com isto. Eu só vou aonde me chamam. 
E eu não tenho culpa que me chamem de sítios assim... coiso, ora não? Pois claro que não...