terça-feira, 5 de setembro de 2017

Eu não queria meter mais lenha na fogueira mas a gravidade da situação assim o exige.

As lojas online de roupa para criança têm secção de menino e de menina.

Até aos 8 ou 9 anos nada no corpo das crianças justifica essa distinção.
Tirando eventualmente nas cuecas, vá.

E agora?! O que é que fazemos para consertar esta situação, hum?! Invadimos as lojas físicas e revolvemos aquilo tudo, ou fazemos o quê?

Para agravar a situação algumas descrevem os tamanhos por idades. O que é discriminatório para as crianças altas, baixas, gordas e magras. Já para não falar nos anões.

141 comentários:

  1. Pipocante Irrelevante Delirante5 de setembro de 2017 às 22:27

    Tinha uma colega na universidade que tinha essas manias, que todos os homens deviam passar a ferro, blá blá, todos iguais.
    Ate o dia em que apareceu à procura de quem lhe mudasse um pneu furado. À pergunta "pq nunca aprendeste?", respondeu que era tarefa de homem.
    O diálogo seguinte levou a que não me falasse durante uns bons meses.

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    1. Por acaso, ensinei o meu marido a passar a ferro aí três meses depois de começarmos a namorar. Nunca tinha pegado num.

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    2. Pipocante Irrelevante Delirante5 de setembro de 2017 às 23:10

      Não tenho habilidade. E é tarefa que não aprecio.
      Isso fará de mim um misógino segundo alguns parâmetros.

      Tb conheço muita mulher que nunca se dedicou a aperfeiçoar a técnica com berbequins, chaves inglesas e aparafusadoras. Double standard?

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    3. Eu por acaso de todas as vezes que é preciso fazer um furo pego no berbequim.
      Para o chegar ao meu marido. :DD

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    4. Já mudei pneus várias vezes, odeio passar a ferro e muitas vezes é o meu companheiro que me passa as camisas, enquanto eu faço outra coisa que ele odeie fazer, como limpar as casas de banho, mas não considero que é sua obrigação, e muito menos acho legítimo esperar que alguém faça esse trabalho por mim por ser esse o seu papel. Não há tarefas de homem/mulher, há tarefas que alguns têm mais aptidão a fazer porque quiseram aprender, e por vezes têm maior força física para as executar. Ninguém nasce programado e ensinado a lavar, passar, esfregar e cozinhar nem a mudar pneus e a trabalhar com berbequins, são tudo coisas que se aprendem e aperfeiçoam com a prática.
      Se ambos vivemos numa casa, se ambos usamos roupa, se ambos comemos, se ambos sujamos loiça, ambos temos de fazer o trabalho que é necessário para manter uma casa, e não cabe apenas a um.

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    5. Obviamente e ninguém disse o contrário.

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    6. Eu sou apologista que as tarefas são de todos. Quantos homens não contratam pessoas para fazer tudo?
      O meu marido partilha as tarefas e eu também faço as típicas de 'homens'. Uma dessas é trocar um pneu e foi o meu marido que me ensinou. Também já pintei um apartamento sozinha porque ele não gosta de mexer com tintas.
      Há coisas que não consigo fazer por limitação física (aka falta de força) mas um homem franzino deve ter a mesma força que eu.

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  2. Algumas lojas eliminaram a distinção. Está lá a roupa, mas sem rótulos "menina"/"menino". Razoável.

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    1. Online? Quais? (Que é para eu passar a comprar só lá.)

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    2. Online não sei. Não tinha reparado que era a essas que se referia. Mas será com certeza o próximo passo.

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    3. É que numa loja física é muito fácil. É só olhar e seguir (ou não) o cor de rosa. Gostava de ver como se desenrascam num site...

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    4. A ver se não demora que é para depois ver se dá para se falar no que interessa.

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    5. Tudo interessa, em menor ou menor grau. Não é incompatível falarmos de roupa de criança e de desigualdades salariais.

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    6. Já falamos sobre isso. Não me vou repetir. Acho tudo isto uma histeria contraproducente.

      (Espero que tenha reconhecido o meu sarcasmo no post e nos comentários 22:35 e 22:42 que eu não gosto de levar ninguém ao engano.)

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    7. Santa paciencia para isto, as lojas on-line tem menino e menina e homem e mulher, etc. e nas lojas fisicas as roupas estão separadas pelo espaço fisico, além de que em muitas marcas como a Zara e a Zippy por exemplo na etiqueta da peça onde consta o tamanho e centimetros também diz poe exemplo zara boys e zara girls ou zy boys e zy girls. As roupas são diferentes porque os corpos são diferentes e os gostos são diferentes por exemplo as simples t-shirts dos rapazes tem corte direito e a das raparigas tem corte cintado e outos acabamentos, agora cada um compra o que quer e veste o que lhe apetece, se querem vestir os vosso filhos rapazes com as leggins da zara ou as vossa filhas raparigas com as calças de rapaz força não existe nenhuma lei que vos impeça.

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    8. Filipe, razoável onde? Eu quando vou comprar roupa para o meu filho não quero andar à procura na loja toda quais são as calças que ficam bem no corpo masculino que é bem diferente do feminino ou onde existem as t-shirts sem folhos nem rendas que ele não veste, etc.

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    9. http://www.independent.co.uk/life-style/john-lewis-boys-girls-clothing-labels-gender-neutral-unisex-children-a7925336.html

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    10. Se tiverem interesse:

      https://www.parent.co/5-unexpected-gender-differences-in-childrens-clothing/

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    11. Filipe, para cumprir esta obsessão com a igualdade daquilo que é diferente por natureza, vamos assexuar as crianças, é isso?

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    12. Ninguém fala em uniformizar os sexos, fala-se em não constranger nem obrigar crianças a escolher o que vestir/brincar/aprender em função de serem rapaz ou rapariga, e principalmente não os fazer sentirem-se desaquados nas suas escolhas.

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    13. Já agora, não sei se é tão grave assexuar crianças pequenas como hipersexualizá-las, que é o que neste momento se vê em roupas "sexy" para rapariguinhas que ainda nem chegaram à puberdade.

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  3. Por causa das tosses, A john lewis, uma cadeia inglesa, aboliu as secções de menino e menina nas lojas. Antes tinha a secção boys e a secção girls. Agora tem a secção boys and girls e a secção girls and boys, consoante seja mais para um género ou para outro. Na pratica continua a ter uma zona com roupa de meninas e outra com roupa de rapazes. Muda-se o rótulo e mantém-se o conteúdo. Mas se isso cala os pica-miolos do costume, que seja.

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    1. Ah, olha que ideia tão esperta (mas nada hipócrita, na-da)... Assim dá para manter no site.

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    2. Penso que esta redenominação se aplica às lojas físicas e online. Vou ver e já te digo.

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    3. Tem de ser... Imaginas tudo ao molhe num site? Ninguém se entendia.
      E algum dia eles iam prejudicar as vendas? Têm de inventar uma separação qualquer.

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    4. Fui ao site e tem a separação :)

      A notícia aqui.
      https://www.google.pt/amp/www.independent.co.uk/life-style/john-lewis-boys-girls-clothing-labels-gender-neutral-unisex-children-a7925336.html%3famp

      Quinta-feira já te digo como está a loja física.

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    5. Manda foto e respiraremos todos de alívio. :D

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    6. É verdade, a Jonh Lewis fez isso e agora está a ver-se a braços com centenas de reclamações de gente que acha aquilo exactamente o que é, uma perfeita de uma cretinize.
      Agradeço muito à Mirone que acabou de me estragar um post muito lindo.

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    7. Ahahahahahahahahahah sabes que a Mi é aquela máquina. Sempre em cima do acontecimento. :DD

      (É a ditadura do politicamente correcto.)

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    8. Como assim estragar-te o post, Pic? Logo eu que tenho andado tão caladura...
      (Este é peditório para o qual não dou. Não nos moldes em que o querem fazer)

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    9. Picante, às tantas o BE tem mão nisso. Capazes como são (sem trocadilho) de meter gente a fabricar estudos nas ciências sociais, uma infiltração na John Lewis seria coisa pouca.

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    10. Ai Filipe, Filipe, a Mirone já explicou: "Muda-se o rótulo e mantém-se o conteúdo. Mas se isso cala os pica-miolos do costume, que seja."
      Ou acha que é uma posição ideológica da marca?
      Tanto não é que no site continua "boys" de "girls"...

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    11. Tem razão, o BE não teria feito o trabalhinho pela metade. ;)

      (Já agora, espero que tenha reconhecido o meu sarcasmo no comentário anterior. Teorias da conspiração não é bem comigo.)

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    12. (Não, Filipe. Achei que estava a falar a sério.)

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    13. Ora, Filipe... em Inglaterra há uma espécie de galinhas que fazem um trabalho exactamente igual ao que o BE faz por terras Lusas, os resultados são muito semelhantes. Tenho a certeza de que o Filipe quando tiver filhos também se manterá coerente, tanto vestirá o seu rapaz com jeans e polos como com saias de folhos e laços rosa no cabelo. Aconselho também a secção de bikinis para rapaz, é muito linda. Somos todos iguais é isso é que importa.

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    14. A Picante, como quase toda a gente, continua a fingir que não percebe o que está em causa. Para esse peditório não dou.

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    15. O mais certo, Filipe, é as pessoas terem só opinião diferente. Apenas isso.

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    16. Não, NM, não é uma questão de diferença de opinião. É uma questão de distorção da opinião com a qual não se concorda para que esta seja mais fácil de ridicularizar. Gostando-se ou não da expressão "desonestidade intelectual", isso encaixa na definição.

      Ninguém quer que os meninos vistam folhos à força. Isso é absurdo. É a tal diferença entre igualdade e uniformização de que falava um anónimo no outro post. O que se pretende é que uma criança que queira vestir uma peça de roupa associada ao género oposto o possa fazer sem constrangimentos ou julgamentos. Isto é uma cretinice? Para mim não é. É-o para a Picante porquê?

      A NM tem filhos. A Picante também. Se um vossos filhos quisesse vestir roupa associada ao género oposto, impedi-lo-iam?

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    17. Picante, pior que uma esquerdalha perigosa só mesmo uma direita ignorante. É inteligente (pelo menos em determinados assuntos) utilize os seus neurónios e deixe de ser criança.

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    18. Olhe Filipe, rapazes e raparigas têm corpos diferentes e, espero bem, até sempre terão ao seu dispôr roupas diferentes. A juntar a essas roupas diferentes também há as roupas unissexo e continua tudo muito bem.
      Posto isto, se o meu filho quiser usar bikini na praia ou ir para a escola de saia rosa, obviamente que eu não deixaria. Do mesmo modo que não o deixo fazer uma série de coisas que considero (bem ou mal) desadequadas.
      O poder de escolha das minhas crianças é limitado à minha vontade, vai aumentando à medida que eu acho que pode ser aumentado e de acordo com os meus critérios.
      Posto isto, ele sempre brincou com os brinquedos que quis, inclusive com as bonecas da irmã, pediu e teve os seus próprios peluches e por exemplo faria ballet se para aí lhe desse a arte e engenho embora eu prefira o rugby ou o hipismo.
      A sociedade obviamente que condiciona as pessoas, não é só a biologia e o ADN. As crianças são e devem ser condicionadas pelos pais já que não têm discernimento para saber o que é melhor para elas.
      Eu não acho que pôr as meninas a ajudar a mãe nos livros contribua para fazer delas futuras mulheres a dias, assim como não acho que livros que mostrem os rapazes em actividades ao ar livre contribuam para os arredar da cozinha se um dia for preciso que cozinhem.
      Tenho direito a achar que parte da sociedade quer forçar a outra parte a ter a sua opinião. E ainda por cima fá-lo de uma maneira que me irrita muitíssimo, dizendo com arrogância que quem não partilha dessa opinião é porque ainda não está iluminado o suficiente. E ainda por cima atiram-nós para cima uma série de estudos que, desculpe, mas são uma valente merda e não têm qualquer tipo de valor: são enviesados e dizem exactamente o que as pessoas que os encomendam querem que digam.
      Gosto pouco de me sentir forçada a ter a opinião que agora se acha correcta, uma opinião que parte maioritariamente da esquerda por mera questão populista e que ainda por cima tem incoerências que bradam aos céus. Sobre estas incoerências falarei em post próprio.

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    19. Portanto, se o seu filho quisesse usar saia ou um vestido, não deixaria? Ainda que isso fosse uma manifestação da identidade de género do seu filho, o facto de achar desadequado falaria mais alto?

      Eu não quero que tenha a minha opinião, gostaria apenas que tentasse ver esta questão sem os óculos da teoria da conspiração da "perigosa esquerdalha". Há pessoas no mundo que, apesar de terem nascido com um pénis (por exemplo), se sentem bem exprimindo-se, através da roupa (por exemplo), como se exprime o género oposto. Acha que vem mal ao mundo por causa disso? Se é como se sentem bem, acha que temos, como sociedade, o direito de lhes dizer que a sua expressão, parte da sua identidade, é desadequada?

      Não acha, no mínimo, absurdo que se associe uma peça de roupa com um determinado corte às mulheres e outras, com outro corte, aos homens? Não se trata aqui de influência biológica, isso posso afirmar categoricamente.

      Explique-me, porque também quero entender a sua posição (repare que não lhe fiz aqui senão perguntas), o que há de prejudicial, inadequado, inaceitável, num homem de saias?

      Uma vez mais, repito, para não correr o risco de ver distorcidas as minhas palavras: não quero que os homens usem todos saias ou vestidos; não quero que as mulheres usem todas calças, exclusivamente. Quero um mundo no qual qualquer pessoa, independentemente do género, possa vestir o que entende ser mais apropriado à sua identidade, dentro dos parâmetros relevantes. Porque é que isto é inadequado, na sua opinião?

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    20. O Filipe não tem filhos. Um dia pode vir a tê-los. Se o seu filho rapaz de 5 anos quiser vestir uma saínha de folhos, pôr um laço cor de cor de rosa nos cabelos que ele usa até meio das costas (porque quer e o Filipe não vê porque impedi-lo) e pintar as unhas de cor de rosa, tudo no mesmo dia (sim, porque há crianças assim pirosas, acredite, normalmente são as meninas, mas...), o Filipe impedi-lo-ia?

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    21. Não impediria o meu filho ou filha de se exprimir da forma como este entende que é natural para si, desde que tal expressão não seja pouco ética (por exemplo, não o deixaria sair nu à rua). No exemplo concreto que me pôs, a minha resposta é, sem qualquer dúvida: não, não o impediria.

      Do mesmo modo que não impediria a minha filha de sair à rua vestida com roupas de rapaz, com o cabelo curto e unhas não pintadas. Ah... mas espere: isso já é socialmente adequado, não é? Aposto que isto não tem nada a ver com igualdade de género...

      (Deixe-me só que lhe diga que, em relação ao cabelo, é mais fácil de cuidar se estiver curto. Desse modo, enquanto a responsabilidade de cuidar do seu cabelo não for completamente do meu filho, eu terei uma palavra a dizer em como ele o usa. A questão da roupa é diferente. Em princípio serei eu e a mãe a comprar e cuidar da roupa, pelo que temos uma palavra a dizer. Mas não o impediríamos de usar roupa "de menina". E sim, eu e a minha companheira concordamos em absoluto nisto.)

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    22. Queria apenas dizer que acho o argumento "não ter filhos" completamente irrelevante quando se trata de discutir formas de estar e posicionamentos ideológicos quanto à liberdade de expressão de identidade de género e os condicionamentos que estereotipos de género acarretam na limitação dessa liberdade. O que é que ter ou não filhos têm a ver com respeitar-se a individualidade de crianças e pessoas que não se enquadram no binário cisgénero homem/mulher?

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    23. E já agora queria acrescentar que neste aspecto, a discriminação condiciona muitíssimo mais os rapazes que as raparigas, que sofrem muito maior pressão social e escárnio se gostarem de coisas ditas de meninas. Há um estigma muito maior num rapaz que queira ter cabelo comprido, unhas pintadas e vestir uma saia cor de rosa ou mascarar-se de princesa, do que numa rapariga querer vestir calças e t-shirts de dinossauros e mascarar-se de pirata.

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    24. Filipe, achava que já lhe tinha respondido. Se o meu filho de 13 anos quisesse usar saias, a menos que vivêssemos na Escócia ou fosse carnaval provavelmente teria uma longa conversa com ele. Se a coisa não se resolvesse iria com ele ao psicólogo. Caso mais tarde, depois de muita conversa se chegasse à conclusão que ele tinha um problema e tinha chegado à conclusão de que tinha o corpo errado, então sim, ajudaria como pudesse e soubesse.
      Mas não fique tristinho por eu não o deixar usar saias, também não o deixaria fazer uma tatuagem ou ir de encarnado a um funeral, estou-me borrifando para esse tipo de expressões de identidade. Isto enquanto for eu a pagar tecto, comida e roupa, claro está.
      Lembro-me de a minha filha ter querido usar sandálias com meias no inverno e eu não ter deixado, provavelmente também lhe cortei a sua expressão de identidade ou lá o que é mas lá em casa não são as crianças que mandam. Mesmo que isso signifique que não se expressam tal e qual como querem.

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    25. Reparei agora que esqueci uma das suas perguntas. Não acho nada absurdo haver roupa para homem é para mulher, têm corpos diferentes, o que valoriza determinados atributos num, fica horrível noutro. Também acho feio uma mulher gorda usar tudo aquilo que uma mulher alta e magra aguenta, por exemplo. Eu valorizo a estética, as pessoas são diferentes e não há mal nenhum nisso.

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    26. Entendido, Picante. Apenas um reparo: "expressão de género" e "identidade de género" são conceitos diferentes. Eu posso querer vestir-me e apresentar-me de modo feminino, sendo biologicamente um homem, e não querer ter genitais femininos.

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    27. Ah! E a roupa que os meus filhos não usam por eu não deixar não ia irá limitar em nada, futuramente. Eu cá me encarrego de lhes fazer ver que uma família a sério se entreajuda, que não há tarefas menos capazes, que podem ser quase tudo aquilo que quiserem desde que trabalhem para isso. E olhe que, modéstia à parte tenho feito um bom trabalho, são ambos bons alunos, seguros, usam o que gostam sem medo do que os amigos ditam ou pensam, fazem competição, um deles até já se sagrou campeão nacional lá no desporto que gosta e escolheu.

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    28. O Filipe está a dize-me que pode querer ser um travesti. Pois... o meu filho também. No dia em que tiver autonomia financeira e capacidade intelectual para mandar na sua própria vida. Não há cá travestis aos dez anos, temos pena.

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    29. Anónimo das 16.29, sou inteligente em determinados assuntos, nos outros, aqueles eu que tenho uma opinião diferente da sua sou uma direita ignorante. É isso, não é? Olhe... é a andar e rápido que me falta a pachorra para desconversas de gente que tem a mania que domina a verdade. O direito à opinião por enquanto ainda me assiste, a geringonça ainda não o vedou. Mas aguente que está quase, estamos alegremente a caminhar para o fascismo, basta ver a censura dos tais livros que afinal eram tão difíceis para meninos como para meninas. Proposta, ainda por cima, por um sexista ordinário que é o Eduardo Cabrita, há dois anos não hesitou em chamar frígida à Maria Luís Albuquerque.

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    30. Não, Picante, não é isso que estou a dizer. Um "travesti" é uma coisa um pouco diferente, pelo menos na acepção mais "teatral" em que usamos habitualmente a palavra.

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    31. Filipe (às 15:32)
      Os meus filhos vestem cor de rosa. E gostam.
      Mas não, se o meu filho de sete anos um dia acordasse e se lembrasse que queria ir para a escola com um vestido, não não deixava. Evidentemente que não.

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    32. Anónimo (16:29), eis o paradigma de argumentação daquilo a que eu chamo, chamo sim senhor, "esquerdalha" (que não é toda a esquerda, atenção, é um seu subtipo).
      O anónimo reconhece alguma inteligência à pessoa A (mas só nalguns assuntos... é a vulgarmente conhecida como inteligência selectiva).
      mas neste caso concreto, A discorda do anónimo, pelo que A é, neste assunto, ignorante.
      mas sendo inteligente A até é capaz de chegar lá e perceber o cerne da questão se quiser e se se esforçar para tal.

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    33. NM, e não acha que, em alguns casos, essa linha de argumentação é justificada?

      Exemplificando: a pessoa A diz "agora devem querer que as crianças não tenham género, que sejam todos assexuados". Neste assunto, a pessoa A é ignorante. Uma pessoa que defenda a igualdade de género pode, com razão, dizer à pessoa A: "Isso é uma posição ignorante (ou seja, que não é informada); é possível que, informando-se, chegue a compreender realmente a minha posição".

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    34. Filipe (às 15:32)
      E é uma cretinice Filipe, uma grandessíssima cretinice. Retirar a designação rapaz e rapariga, mantendo tudo o resto (inclusivamente os sites porque a solução é difícil) e esperar que isso faça alguma coisa pela igualdade de género é só cretino. E hipócrita.

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    35. Filipe (17:30)
      Certo, tudo muito certo. não fora o caso de estarmos a falar de crianças...

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    36. Filipe (17:41)
      Impediria Filipe... olhe que impediria... Nunca diga "Eu nunca". Olhe o que eu lhe digo... Olhe que a vontade que vai ter de impedir que o seu filho seja o bombo da festa na escola vai ser superior à vontade de defender o seu ideal... Olhe o que eu lhe digo, que eu também já tive muitas certezas na vida.

      (Mas veja lá enquanto escolhe a roupa para o seu filho se escolhe dois dos géneros... Não se esqueça que ao escolher só de um género (que é como quem diz do mesmo lado da loja) lhe vai estar a indicar o que é normal e esperado e a condicionar-lhe as escolhas do futuro...)

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    37. Nê, o meu filho tem uns polos rosa e azuis que eu adoro e ele não usa, diz que não gosta de rosa. Só contrariedades, a minha vida é isto.

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    38. Anónimo (17:55),
      Não é não. A parentalidade traz responsabilidades acrescidas nisso da perpetuação (ou não) de estereótipos. A questão é que quem tem filhos tem perfeita noção de que, enfim, falar é fácil, usarmos os nossos filhos como teste aos nossos pontos de vista é todo um outro filme.

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    39. Anónimo (18:12)
      Obviamente que sim.

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    40. Pic (19:49)
      Qual é o problema de usar sandálias com meias, carai? Os cientistas usam...

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    41. Mas é que ela é rapariga. Será educadora de infância, com toda a certeza. Ou professora, claro, eventualmente médica (pediatra ou dermatologista).

      (Poderia molhar as meias e apanhar uma constipação, claro. Mesmo lerda, caramba)

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    42. NM:

      (23:00) O que eu disse que não era uma cretinice foi: "uma criança que queira vestir uma peça de roupa associada ao género oposto o possa fazer sem constrangimentos ou julgamentos. " Acha que é?

      (23:03) Não sei o que isso tem. Existem crianças transgénero. Existem crianças cuja expressão de género natural não coincide com a do seu sexo biológico.

      (23:11) Aqui tenho de ser mais rígido. A NM não me conhece de lado nenhum. Não pode dizer o que eu faria com os meus filhos, se os tivesse.

      Sei que é mais fácil falar de fora, mas a alternativa a deixá-lo vestir vestidos é dizer-lhe que ele não pode ser quem quer ser para não cair em ridículo. E essa é uma lição que eu não lhe vou dar. Não se trata de testar a minha ideologia nos meus filhos. Trata-se de coerência. Do mesmo modo que a NM é coerente e não deixaria o seu filho vestir um vestido em público.

      Já passei por situações em que tive de escolher entre afirmar e reprimir quem sou. Posso assegurar-lhe que nunca me arrependi de ter afirmado a minha identidade, ainda que isso me tenha trazido dissabores. Se o meu filho quiser ir a uma festa de vestido, garanto-lhe que eu próprio visto também um vestido e vou com ele assim, se necessário for.

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    43. Filipe, o quê é que chama a um homem que se vista de rapariga? Travesti, não é?
      Por muito que queiram agora dizer que não há cá coisas de rapaz e de rapariga isso não é verdade, rapazes e raparigas têm gostos completamente diferentes, têm feitios diferentes e claro, vivendo em sociedade também são condicionados por ela. Não querer condicionar pessoas que vivem em sociedade não é só utópico, chega a ser ingenuamente tolo.

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    44. Filipe (22:56)
      É uma linha de argumentação injustificada para a situação em causa.
      (Resquícios de outros carnavais...)

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    45. Pic, repito: os cientistas usam! Estás a privar a tua filha de uma coisa que os cientistas fazem. Agora pensa.

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    46. Mas... mas... os cientistas não são todos homens e isso? Por causa dos livros de actividades com foguetões e labirintos dificílimos que fizeram aos 4 anos?...
      (é piroso, pah! Não usa e pronto. A minha menina é uma princesa de jeans e t-shirt, usa ténis e já goza...)

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    47. Filipe,

      (1) Acho que é uma cretinice pensar-se que é por tirar dois placards de uma loja (um a dizer meninos e outro a dizer meninas) que uma criança que queira "vestir uma peça de roupa associada ao género oposto o possa fazer sem constrangimentos ou julgamentos".
      (2) Ai existem? Muito me conta...
      (3) Pois... Como lhe disse, também já fui cheia de certezas sobre a parentalidade. Mas depois fui mãe.

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    48. Filipe, não leve a mal a pergunta, mas não resisto. E antes de usar o vestido também iria à depilação? Combinaria a coisa com um stiletto de 7cm?...

      (Brincadeirinha...)

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    49. Depois queixa-te, Pic...

      (Pode ser que case rica, vá...)

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    50. Pode ser Joao, Pedro, Vicente ou Salvador. Não deixa é de ser um travesti. E não deixará também de destoar do normal (leia-se maioria) da sociedade onde se insere.

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    51. Um pequeno à parte, eu sou responsável pelo que digo, não pelo que entendem ou querem entender. Essa ladainha "se pensar no assunto até chega ao cerne da questão" já se está tornar aborrecida e repetitiva ( e isto dá para os dois lados), não me interessa absolutamente nada pois não ando nem tento evangelizar ninguém, é legítimo que as pessoas tenham opiniões diferentes, não me incomoda nem acho que "ainda não viram a luz". Agora mera questão, NM és inteligente e entendida em relação a todos os assuntos? É que até hoje não conheci ninguém assim. revejo inteligência na Picante em alguns assuntos, outras está só a ser tontinha, como por exemplo dizer que determinados estudos são enviesados (é possível) e depois coloca links do Observador, esse belíssimo jornal que é totalmente isento, ou quando deu aquela bela resposta das galinhas.
      Há assuntos em que brilhamos, outros que devemos estar calados (e isto não se aplica a esta conversa de géneros). Não chamei ignorante à Picante por discordar, foi uma resposta à expressão que ela gosta "esquerdalha perigosa". É que existe uma esquerdalha perigosa e uma direita ignorante, e aqui é que não convém mesmo enviesar as vistas e ver o mal só de um dos lados.

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    52. NM:

      (1) Não foi isso que perguntei.

      (2) Sim, existem. Existe disforia de género em crianças e em adolescentes. Muitas das pessoas transgénero começam a experienciar disforia de género antes da puberdade. Não são estudos sociológicos do Correio da Manhã, são questões bem estudadas de Psiquiatria. Quer referências?

      (3) Podemos adiar este assunto para quando eu tiver filhos. Juntá-lo-ei à lista. Mas o que lhe digo não é uma questão de ser ou não pai, é uma questão de coerência com o que acho correcto. Repito: não vou incutir no meu filho ou filha a ideia de que a sua identidade é inadequada ou errada, ou a ideia de que tem de disfarçar quem é para escapar a julgamentos. A NM não tem qualquer fundamento para me questionar neste ponto ou dizer-me condescendentemente que não vou fazer o que penso ser correcto.

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    53. (tenho essa esperança, já a pus a fazer hipismo, ténis, golfe e isso. Para o ano filio-a no CDS, fará o IB em Londres ou NY, tudo pelos connects, estás a ver? Às tantas nem precisa de trabalhar, fica a tomar conta dos filhos e pronto...)

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    54. Oh Filipe... Por favor... Acha que não sei que há crianças transgénero?? Estava a gozar, homem!!

      Quanto ao resto... Faça o que entender. Quero lá eu saber... Já estou é cansada de falar consigo. Com toda a honestidade. Cansei-me de si!

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    55. Está no seu direito, naturalmente. Quando quiser responder-me ou sustentar as suas posições, estarei disponível.

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    56. Anónima (o?) acho uma pena não se ter apercebido que a expressão "perigosa esquerdalha" é totalmente irónica.
      Eu sei do que falo quando lhe digo que mais de metade desses estudos que andam pela comunicação social dizem aquilo que quem os encomendou querem que digam, já me passaram centenas de estudos pela frente, sei reconhecer um estudo metodologicamente bem feito e uma porcaria para encher chouriços.
      Diga lá qual foi o estudo do Observador que eu linkei, agora de repente não me recordo de nenhum embora possa ter linkado artigos de opinião, parecendo que não é uma coisa totalmente diferente.
      E explique lá também como é que me toma por ignorante por eu achar uma perfeita de uma estupidez esta nova moda de não querer condicionar as crianças de forma alguma em termos de género, como se fosse possível alguém viver em sociedade e não ser condicionado. Dizer és ignorante é fácil. Quer fundamentar o seu ponto?

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    57. Filipe, diga-me lá então que posições quer que sustente. Mas perguntas curtas e objectivas sff. Preferencialmente de resposta sim ou não.

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    58. Só para acabar a conversa, quando me referi a galinhas no UK estava com o pensamento numa fulana que agora me falha o nome, de esquerda claro, que em prol da defesa da diversidade multicultural e da não xenofobia veio sugerir às vítimas de violaçao de Birmingham, raparigas brancas violadas por paquistaneses e magrebinos, que se calassem. Teve a lata de dizer isto em público! Uma fulana que supostamente também é feminista. São estas incoerências que aponto a alguma esquerda, são a estas fulanas que eu chamo galinhas que é para não lhes chamar hipocritas nojentas.

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    59. Se acha que nestas coisas as respostas de sim ou não chegam, então realmente não atingiu o cerne da questão. Mas vou tentar.

      (1) Acha ou não que é inadmissível ou inadequado um mundo no qual uma criança (ou um adulto) possa vestir a roupa que quiser, independentemente do seu género?

      (2) Acha ou não que a submissão aos padrões discriminatórios de uma sociedade contribui para que estes sejam alterados?

      (3) Considera ou não que, na maioria das discussões sobre igualdade de género, quem se insurge contra a defesa da mesma está a distorcer aquilo que a igualdade de género é e promove?

      Pode justificar as suas respostas ou ficar-se pelo sim/não.

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    60. Não percebi.
      Pode reformular as questões usando termos simples?

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    61. picante, leia novamente a minha resposta sff, está lá bem claro que N a chamei de ignorante, logo acho que não tenho de me justificar. Não falei de links de estudos, falei de links do observador, opinião ou não, estava a falar de enviesamento. E nesse ponto concordamos, estudos metodologicamente bem feitos N andam de mãos dadas com a comunicação social.

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    62. O que é que não percebeu? Que termos achou complicados?

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    63. Cara anónima, as opiniões são o que são. O Observador é tão isento como o DN ou o I quando estava a mando de Sócrates. O Observador é um jornal de direita, eu sou tendencialmente de direita, é mais que natural que me identifique com vários dia deus artigos. Isso não é ser enviesado, é ter uma opinião. E deixe que lhe diga que ter uma opinião não contradiz em nada que uma pessoa se queixe de estudos que não valem um caracol, os estudos, esses sim, têm obrigação de não ser enviesados por reflectirem uma amostra significativa de diferentes opiniões,
      Logo vi que não sustentaria a minha ignorância neste particular...

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    64. ???????????? Desisto!

      (1) Não, não acho.

      (2) Acho que a pergunta deverá ser "Acha ou não que a submissão aos padrões discriminatórios de uma sociedade contribui para que estes não sejam alterados?" Sim, acho.

      (3) Não tenho opinião.

      Pronto, esclarecido?

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    65. Esclarecidíssimo, mas isso acho que já estava.

      Eu vou ser muito sincero consigo (como, de resto, tenho feito). Respeito o seu direito a ter uma opinião diferente da minha, como é lógico. Mas não acho que todas as opiniões tenham o mesmo valor; este está dependente do grau de fundamentação racional das mesmas. Acho que eu e a NM até poderemos concordar em mais do que transparece pelas nossas trocas de comentários.

      Se quiser, deixe passar umas semanas, releia os meus comentários e verá que até é capaz de concordar comigo em muita coisa. Não vou continuar esta conversa porque não acho que ela tenha um propósito. Talvez um dia voltemos a falar do assunto.

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    66. O meu problema consigo é que acho que o Filipe (desculpe a sinceridade é só a minha opinião e o Filipe, digo-lho eu, o que deve fazer é dobrá-la muito bem dobradinha e deitá-la ao caixote do lixo mais próximo), mas dizia eu que o meu problema consigo é que o acho chato que dói. Parece que em vez de opinar, doutrina. Cala-me pelo cansaço.

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    67. Não tem de me pedir desculpa, ora essa. Tem todo o direito de a dar. Não a deitarei fora. ;)

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    68. "... mas não acho que todas as opiniões tenham o mesmo valor"

      A sua é muitíssimo mais válida e esclarecida, não é Filipe?
      #rollingmyeyesout
      #whatever




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    69. "Já estou é cansada de falar consigo. Com toda a honestidade. Cansei-me de si!"
      Não me leve a mal, NM, mas estamos finalmente de acordo em como tem por aqui uma Capaz? É que quando lá atras eu o disse, a resposta foi "deixem falar as Capazes, desde que sejam bem educadas". Afinal, eu tinha razão: sob a capa da educação e da erudição, estas Capazes não largam o osso enquanto não nos formatarem o pensamento. Só a opinião delas é válida e têm sempre, sempre a última palavra. Reconheço a sua persistência, mas reparou como o ultimo comentário foi dele? TINHA que ser dele, ou não se sentiria uma Capaz. E ele sente-se uma Capaz. Razão tem a Palmier.
      Sem querer entrar no "eu disse" mas entrando, eu não lhe disse que não valia a pena perder tempo com gente desta? Antes as anónimas más...

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    70. E por mim podem falar à vontade, anónima. O Filipe inclusivamente pode vir aqui sempre que quiser. Eu é que não interajo.

      (É muito frustrante perceber que nos deixamos calar pelo cansaço, anónima. Muito frustrante, tenho de admitir.)

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    71. À pessoa das 9:39: Havia uma segunda parte nessa minha frase. ;)

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    72. Este comentário não é para si NM. Mas sim para o anónimo das 12:33. Já reparou como é redutor, cansativo e simplesmente estúpido, quando alguém se intitula de ser feminista, ou defender valores mais inclusivos e à esquerda, ser apelidado de Capaz? Não vale a pena perder tempo com esta gente? E perder tempo com pessoas como o anónimo, vale? Pois está claro que não. A diferença entre si a NM, Picante e Filipe, bem ao mal debateram-se, inicialmente com uma certa ironia e condescendência mas souberam argumentar, já a anónima, vem para aqui dar uma de "eu é que sei, eu bem lhe disse..." Isto é muito melhor do que o que disse "só a opinião delas é que é válida" não é? Pois, só que não. Há todo um mundo para além das Capazes, vá-se lá instruir e depois volte.

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    73. Gostava de fazer uma pergunta ao Filipe. Posso?
      O Filipe usa saias na rua? Com folhos? E laço cor de rosa na cabeça? Por favor, não me responda "se gostasse usaria, porque não?". O Filipe é homem, tem a liberdade de sair à rua de saias aos folhos, ninguém o vai impedir. Sai? Ou, se preferir, alguma vez saiu à rua assim?
      Obrigada se quiser responder.

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    74. 14:09:

      Nunca usei saia na rua, ou outra peça de roupa associada ao género feminino. A minha expressão e identidade de género correspondem ao género masculino.

      Onde quer chegar?

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    75. Era o que eu supunha. Obrigada por ter esclarecido o meu ponto. É que isto de defendermos "causas" é muito bonito mas é para os outros (ou para hipotéticos filhos que ainda não se teve, precisamente por isso, porque ainda não se teve), quando é para nós... Era aí que eu queria chegar, que isto é tudo muito lindo desde que não seja para nós.

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    76. 14:31:

      Mas a questão não é essa. Defendo o direito de qualquer pessoa a vestir o que entender, independentemente do seu género. Eu visto-me de modo masculino porque é essa a forma de vestir que se enquadra na minha identidade.

      Fazendo uma analogia, uma pessoa pode defender a não discriminação de homossexuais, por exemplo, mesmo sendo heterossexual. Um homem não tem de ter relações com outro homem para defender o direito a outros as terem sem julgamentos ou discriminações.

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    77. Pois defende. E por isso deixava ir um filho de seis anos de vestido cor de rosa e de folhos para a escola (não para uma festa ou para um sítio onde o Filipe pudesse ir atrás a policiar, mas sim para a escola ou para um sítio qualquer onde ele tivesse de desenmerdar, perdoe-me a expressão, entre os pares). Também já sabemos...

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    78. Pensei que se tinha cansado de interagir comigo. Ou isso não cobre as habituais considerações condescendentes sobre a forma como tenciono educar os meus filhos?

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    79. Fiz uma pequena pausa no descanso porque a sua, nem sei se utopia se candura, o mereceu.

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    80. E só fiz uma afirmação. Desta vez até nem fiz considerações nenhumas nem nada... (Até porque sei que não se calava se fizesse algo mais além disso.)

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    81. A quem tanto "bate" no Filipe, que por não ter filhos logo não sabe do que fala, só espero que não tenham nenhum filho com disforia de género. Vão lá explicar a um miúdo que nasceu num corpo errado, que por sinal tem uma irmã e a irmã usa saias e até pinta as unhas, e ele simplesmente quer ser como a irmã, vão dizer-lhe que não, não pode usar saias...
      Eu não preciso ser um sem-abrigo, para defender melhores condições e apoio aos mesmos, ou preciso? Se quiser apoiar a liga contra o cancro também é requisito, ter um? Lógica da batatinha, Anónimo.

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    82. Mas repare Filipe, convém reforçar que o fez apesar do Filipe não se calar e ser chato e cansativo e vencer pelo cansaço.
      É interessante ver como se usam argumentos ad hominem para defender posições que dificilmente serão defensáveis daqui a 20 anos, e o que se faz com os prórpios filhos que, por sorte, nasceram dentro da norma e têm identidade sexual correspondente à biológica.
      (mas também não se pode esperar muito quando a discutir uma temática destas se usam termos como travesti e afins)

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    83. Ponto número 1, eu não digo que o Filipe por não ter filhos não pode opinar. Eu alerto o Filipe que é imprudente dizer "Eu nunca". Eu também já fui cheia de certezas. E com idade, olhe, em vez de as ganhar perdi-as. É só disso, obviamente, que falo, mas já sei que distorção de discurso é unidirecional e é sempre os mesmos a distorcer o que os defensores dizem.

      Ponto 2, a disforia de género é uma situação clínica pelo que não é para aqui chamada. Obviamente que se a situação fosse essa agiria em conformidade sob aconselhamento profissional.

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    84. E agora com vossa licença.... ZZZZZZZZzzzzzzzzZzzzzzzzz

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    85. Qual é o problema do termo "travesti"? É algum insulto? É que eu sempre pensei que fosse tão normal como gay ou lésbica. É alguma palavra proibida que agora não se deve dizer?
      Como é que se chama a um homem que se veste de mulher?... elucidem-ne pelo amor da Santa, está uma pessoa a usar termos desapropriados e nem sabe...

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    86. NM, desculpe, não quero ser chato. Mas a disforia de género não é para aqui chamada? Mas quem acha que é mais afectado por este assunto?

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    87. Ai este arraial todo é pela disforia de género?! Ah... Por acaso a disforia de género tem prevalência na população comparável à do nanismo e eu não vejo ninguém preocupado com os anões para os quais não se vende roupa, quer sejam eles homens ou mulheres, c disforia de género ou não.

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    88. As olhe Filipe, quem gostava de falar com alguém sobre o assunto é a Linda Blue. Conhece?
      Tem um blogue, muito, muito giro.
      Ora vá lá dar uma espreitadela e diga-lhe que vai da minha parte.

      http://lindaporcaoucheirodeestrume.blogspot.pt/2017/09/aquela-cadeirinha-rosa-e-azul.html?m=1

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    89. Só para desconversar : trabalho numa área onde impera o sexo masculino, tenho uma função de chefia, mas a chefia acima de mim são dois homens, a minha "equipa direta" é constituída por 7 homens e sempre que havia reunião, as minhas canetas acabavam por ir com os senhores e nunca mais eram devolvidas, resolução prática: consegui arranjar canetas rosa fluorescente......... nunca mais desapareceram.

      Sónia

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    90. Ahahahahahahahahahah Ahahahahahahahahahah

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    91. E acharás tu, Nê, que eu tenho tempo para ler isto tudo num só dia? Quanta roupa para lavar (um tanque cheio!), quanta panela para arear! E estou à espera do homem, para ele me mudar os quatro pneus (cinco, se contarmos com o meu) e me fazer umas bricolages cá no lar, mesmo à homem!

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    92. Eu só quis ajudar.... :DDD

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  4. Graças aos Blogo-Deuses/as que não tenho crianças pequenas... :D

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    1. Ahahahahahahahahahah estás-te para aí a rir mas olha que isto não tem piada e tem um impacto tremendo no papel da mulher na sociedade. Por exemplo, a escolha que existe de roupa para menina é mil vezes superior à que existe para menino. Basicamente, basicamente, está-se a passar aos meninos a ideia que têm escolhas muito limitadas. Por isso é que os meninos ou vão todos para engenheiros ou para cargos de direção. Acho mal.

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    2. Se calhar foi por toda a minha infância ter sido passada com roupas de menina é que nunca percebi nada de física. A culpa é da sociedade e não minha.

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    3. Exactamente NM! Também tenho dois rapazes que são discriminados na hora de comprar roupa: diria que 70% do espaço das lojas é dedicado à roupa de menina e o resto tem roupa de rapaz que não prima pela variedade. Disto ninguém fala, não é? Petição, já!

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    4. É o que eu digo, só perdem tempo com minudências. :DD

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  5. Tamanhos por idades, isso sim é um verdadeiro problema. Até pq são diferentes de loja para loja.
    Vá, no outro dia tive de pintar as unhas ao mi, pq eu e a mana estávamos a pintar as unhas.
    Balancei para saber o que fazer... Mas decidi pintar (de transparente!). No outro dia discutimos kilts....

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    1. O meu também já quis pintar as unhas, de encarnado, eu deixei, ele pintou, disse que estava horrível, que era coisa de menina e ainda por cima porosa. Assunto resolvido, nunca mais quis pintar as unhas, ou melhor, agora quer pintar as minhas e eu não deixo, aquilo não fica nada de jeito, suponho que o estou a traumatizar.
      (mas acredito que com muita psicologia ele há-de ultrapassar o perigoso trauma...)

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    2. Ahahahahahahah!
      Nós estávamos a pintar de azul-universo. Ele tb queria, claro está!

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    3. Também já pintei as unhas ao Baby! Estava a pintar, ele pediu-me e eu pintei-lhas. Não ligou nenhuma! :D

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    4. Eeeerrr... Até voltei atrás... Rebobina... Estava a pintar as unhas de quê???

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    5. Azul universo... Lindas, lindas. Combinavam com a piscina, o mar é o céu! ;)

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    6. Ahahahahahahahahahah Ahahahahahahahahahah oh pá, eu nas férias também fico com o juízo um bocado toldado, mas para tanto nunca me deu, carai...

      Quer dizer... Agora que penso... :DD

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    7. Eu estas férias pintei as unhas de azul escuro. Suponho que seja coisa de férias, já estão encarnadas outra vez.

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  6. Sugiro que façam como acabei de ver hoje numa revista: os príncipes do Mónaco vestidos de igual (calças e polo) vermelho e branco, e ambos de trança no cabelo.
    Se os príncipes podem porque é que a ralé não pode? xD
    Maria

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  7. E a vacina do HPV, porque é que só é oferecida às raparigas? Os rapazes também podem ser infectados com o dito.

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    1. Tem sido discutido o alargamento da vacina aos rapazes também, não só porque podem ser infectados como são transmissores. A prioridade dada às raparigas prende-se com a gravidade da infecção por HPV, que pode levar ao cancro do colo do útero, sendo o quarto tipo de cancro mais comum, e o segundo afectando especificamente mulheres, a seguir ao da mama, causando cerca de 270 000 mortes em 2015, sendo que também é causador de cancro da vagina e vulva, anal, peniano e por vezes orofaríngicos. A percentagem de homens afectados por cancro derivado de infecção por HPV é substancialmente menor, daí ter-se dado inicialmente prioridade à vacinação de raparigas de uma certa faixa etária.
      Querendo tomar a vacina fora dessa faixa etária, ou não sendo do sexo feminino, pode-se sempre pagar para tomar a vacina. Foi o que eu fiz.

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    2. Mas é uma descriminação tendo por base o sexo, certo?
      Havendo possibilidade de prevenção no meu entender devia ser uma prioridade para todos. Independentemente do sexo. Neste momento comparticipam a mulheres adultas até aos 25 anos deixando de parte os adolescentes masculinos. Para mim não faz sentido. Provavelmente vão alargar primeiro os anos administrados às raparigas antes de inserirem os rapazes.

      A vacina que abrange as 4 estirpes (a oferecida às raparigas) custa mais de 300€,acha que é suportável para uma grande parte da população?
      Porque não colocarem a comparticipação baseada nos rendimentos? Tal como disse, os rapazes até são os responsáveis pela maioria das transmissões portanto seria muito bom que estivessem também protegidos.

      Sendo os adolescentes muito mais propensos para comportamentos sexuais de risco não faz mais sentido vacinar os adolescentes menores todos antes de extender a vacinação gratuita para mulheres até aos 25 anos?

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    3. Calma com o andor! (desculpem, não resisti)
      Primeiro temos de distinguir o que é discriminação, e políticas de saúde pública.
      Por exemplo, a vacina da gripe é recomendada e gratuita a certas faixas etárias e grupos de risco, por serem os grupos em maior risco de consequências fatais se infectados.
      Posto isto, em termos de risco de desenvolvimento de doença fatal é incomparavelmente superior em mulheres do que em homens. E exactamente por isso decidiu-se cobrir a população em maior risco: as mulheres. E repare-se, não são todas as mulheres, mas aquelas que em termos de probabilidade ainda não foram infectadas (sendo que já se provou que a vacina é também eficaz em mulheres mais velhas). E não, 300€ não estão ao alcance de toda a população, mas a vacina é gratuita para a faixa da população em que estatisticamente terá maior impacto (e eu sei que a NM aqui pode vir fazer um brilharete se quiser).
      Pessoalmente, gostaria de ver alargada a vacina a todos os jovens (e menos jovens), mas em termos de saúde pública, que funciona muito em termos avaliação de custo/benefício, possivelmente chegou-se a um compromisso em termos epidemiológicos.
      Mal acomparado, sabia que também há cancro da mama em homens? Mas é insignificante comparativamente à incidência em mulheres. Deveria o estado promover e estender rastreios com mamografias e eco-mamárias a toda a população masculina? Quais os custos associados para o nosso sistema nacional de saúde?

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    4. Mas e já agora, que se pega em discriminação, e que tal pensar em coisas tão básicas como o seguinte: sabe quanto custa um pacote de pensos ou tampões? Sabe qual o IVA sobre esses produtos (de luxo)? É uma despesa que homens não têm. Será discriminatório pagar IVA de 23% por um artigo que podemos pensar ser inserido nos bens essenciais de higiene e saúde reprodutiva?

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    5. Passo só para dizer que concordo completamente com o anónimo da 01:33 e, já agora, para deixar o testemunho que o pai de uma grande amiga minha faleceu, precisamente, de cancro da mama.

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    6. E isso do IVA havia de ser repensado, havia sim senhora...

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