quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

O bom senso e a razoabilidade?! Então... Foram com o Palhaço e o Pai Natal de comboio ao circo.

Por um lado, temos os pretos, bits 1, a bradar que a CPJC só tinha era mais que tirar aquelas crianças àqueles pais, que quem expõe os filhos daquela forma não tem claramente capacidades para a parentalidade. Diz que é o fim do mundo em cuecas, nunca mais aquelas crianças hão de endireitar a coluna vertebral e mais vale, enfim, esconderem-se num buraco escuro o resto das suas infelizes vidas. Tudo derivado da exposição a que foram sujeitas lá no tal infâme programa de televisão.

Por outro, temos os brancos, bits 0, que, oh-por-favor-deixai-de-ser-histéricos, que a exposição é exatamente a mesma da das crianças que fazem publicidade, que, afinal, toda a gente expõe os filhos (nem que seja aos vizinhos (?)), ou que a birras todos assistimos que as criancinhas bem esperneiam aos coices, enquanto berram cheios de ranho, nos centros comerciais ao fim de semana, tudo ali para quem quiser ver. Mas desta exposição ninguém fala, não é?


E é isto.

Tudo malta razoável, portanto.

31 comentários:

  1. histeria:1
    razoabilidade:0

    (de acordo?)

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  2. Sinto que as posições conciliadoras, os compromissos e os meios-termos deixaram de existir. Qualquer pessoa que queira ter uma opinião sobre qualquer coisa tem de optar por um dos extremos.

    Não consigo deixar de sentir que talvez seja porque as opiniões de hoje são cada vez menos pensadas e racionais. Estala uma nova polémica, alinham-se os exércitos com base na primeira reacção visceral a ela, digladiam-se nas redes sociais, nos blogues, nas caixas de comentários de jornais, etc. e ninguém realmente escuta, pensa e corrige a rota em conformidade. É claro que quando finalmente houve tempo para reflectir um pouco já a polémica passou e surgiu outra.

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    1. "Reflectir", Filipe?! Isso é tão old school... Agora tudo vai de ser rápido no gatilho. Tal e qual o Lucky Luke.

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    2. Temos de encontrar uma temática que nos permita ir mais devagar. Com mais tino. Há temas que são sempre atuais e podem ser bem esmiuçados e darem até bastante prazer, mas depois é tudo tão aborrecido que ninguém se interessa, and we are only humans after all...

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    3. Eu acho que é a parentalidade, Uva. Quando o tema é a parentalidade o pessoal destrambelha à velocidade da luz.

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    4. A parentalidade, a educação, a alimentação, a saúde (em certos aspectos), etc... Aqueles temas em que somos todos especialistas porque todos fomos (ou tivemos) pais, todos fomos à escola e praticamente todos vamos ao médico.

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    5. Eu sei que o blog é teu mas apetece-me dizer uma asneira "F@©£-€$" não me falem de parentalidade, especialmente hoje,anda tudo doido é o que te digo!

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    6. O pessoal destrambelha, seja qual for o tema! A verdade é que parece que anda tudo desejoso por destrambelhar e cada vez que há uma ameaça de um motivo para tal tudo vai descarregar as suas frustrações em posts e caixas de comentários...
      ...libertam o fel das viceras e sempre passam o dia mais satisfeitos consigo próprios, convencidos de que é a sua opinião infundada, da treta e sem bases nenhumas de conhecimento que vai dar luz ao mundo!
      E não falo especificamente desta polémica (nem sequer tenho bases para falar dela) mas de todas em conjunto umas com as outras!

      "Vives convencido
      Que o mundo está perdido
      E nem vês que és tu que o faz perder
      Vives alheado
      Do que se passa ao teu lado
      Não sabes nem queres saber...

      Perdido na realidade~
      Ausente pelas ruas desta cidade!" - XXL Blues

      :)

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    7. Cheguei atrasada. Também me dirigi aqui à caixa de comentários para, tal como o Filipe, enaltecer o caminho do meio, a reflexão, a busca pelo equilíbrio, o afastamento das histerias e dos radicalismos.
      Quanto ao programa em si, acho que se por um lado é de valor um canal generalista dirigir ao grande público um programa dedicado à pedagogia, por outro não vejo qualquer necessidade em aparecer neste a família real, a que sofreu a intervenção.
      Dou o exemplo do "E se fosse consigo?": todas as situações são encenadas por actores, e acho que esse método deveria ser copiado.
      A família receberia o apoio de técnicos competentes e bem formados em privado, e uma equipa de actores encenaria depois o contexto com que estes se depararam para melhor ilustração da situação, e os técnicos, esses sim apareceriam no pequeno ecrã a explicar a sua análise e metodologias.
      A exposição da família real não contribui em nada para a intenção pedagógica, somente para o voyeurismo.

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    8. Filipe Gomes e Filhos do Desespero, anda tudo fora da mãe anda. Mas... Isto é grande mas, e como diz a minha amiga Mirone lá embaixo, quando se trata de fazer alguma coisa que implique algum trabalho e dispêndio de tempo, tá quieto... Ninguém mexe uma palha.

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    9. * Mas... E isto é um grande mas...

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    10. O problema Ana é que aquilo é um produto comercial. E com atores não tinha um sexto da audiência. E a SIC está-se bem maribando para a parte pedagógica da questão. Não tivesse o programa audiência a ver se não ia logo com os porcos. Ia pois...

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    11. Be, mi casa es tu casa. Quando quiseres desopilar fígados é só aparecer. Chegas aqui, mandas umas valentes c@r@lh℅das e vais à tua vida. Nem precisas de dizer mais nada, que eu tb não pergunto. Estás mesmo à vontade. Vale?! :D

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    12. Entretanto:

      http://observador.pt/2018/01/26/sic-vai-suspender-terceiro-programa-de-supernanny/

      Agora, após toda a indignação com a imoralidade do programa, virá a indignação com a imoralidade de o "censurar". Desde que as pessoas tenham com que berrar acefalamente nas redes sociais, tudo está bem.

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    13. Ahahahahahahahahahah é bem provável, Filipe. É bem provável...

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  3. Olha, faz um Post sobre assédio, estou convencida que aí toda a gente concorda....
    (Super não sei o quê é igual a aparecer num cartaz publicitário? Sério? As pessoas são tão burras, caramba...)

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    1. (Atao... É a fação do "a exposição é exposição, não importa o formato ou contexto...")

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  4. Chego à conclusão de que os portugueses frequentadores ativos de redes sociais e plataformas online, ao contrário do adágio, não são um povo de brandos costumes, antes pelo contrário, gostam de viver irritados, no limite, de extremar posições.
    Ou então não, porque quando são chamados a agir, a brandura é tal que se confunde com inação, um assobio para o lado e "eish, era mesmo isso, mas agora não me dá jeito nenhum que tenho ali uma nova celeuma a rebentar no FB".

    Estranha forma de vida, já dizia a Amália.

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    1. https://youtu.be/us9dIcLjfKM

      (Somos uma comédia, Mi...)

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  5. Pipocante Irrelevante Delirante25 de janeiro de 2018 às 11:40

    Prós e Contras.
    Ponto.

    Qualquer que seja o assunto, mesmo a plantação do pinheiro no pinhal de Leiria.

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    1. Esse programa é que precisava lá de uma "super nanny".

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    2. Ahahahahahahahahahah por acaso...

      (Pid, no pinhal de Leiria ficavam bem tulipas! Um enorme tulipal... Assim em degradé...)

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    3. Pipocante Irrelevante Delirante27 de janeiro de 2018 às 11:16

      Desde que tenha pinheiros é pinhal mesmo que não tenha só pinheiros. Tulipas num pinhal não faria dele um tulipal, bem como pinheiros não faria de um tulipal um pinhal

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    4. (Foi um bitaite PID, ouvi qualquer coisa ao de leve mas nem me dei ao trabalho de perceber a polémica que isto uma pessoa não tem tempo para todas...)

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  6. E é mesmo. Então vamos retirar as criancinhas de todo o lado.

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    1. Estava a ser irónica Anita. Não percebo tamanha exposição.

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  7. Também não gosto daquela exposição, mas a CPCJ muito ofendidinha também não....afinal há muita coisa que, palavras deles, não "podem fazer nada". Mas irem para a TV defender aquelas crianças já podem?! Não têm também casos bem reais e muito graves para tratar?!

    Menos. Muito menos.

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    1. A cpcj, como agora parece que tudo neste país, anda ao sabor das redes sociais, com decisões imediatistas e populistas... Uma pouca vergonha.

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  8. Pipocante Irrelevante Delirante26 de janeiro de 2018 às 00:09

    A privacidade é tao demodé.
    Desde quando manter a vida privada como privada é uma aberração?

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    1. Pois não sei...
      A mim (que nem facebook tenho) isto mete-me tudo muita confusão...

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