quarta-feira, 25 de março de 2015

Eu, que parto sempre do princípio da razoabilidade alheia, às vezes fico muito confúcia…

Em casa de uns familiares meus ouço um latido vindo do andar de cima. Pergunto se a vizinha arranjou um cão. Dizem-me que sim, que ao filho de 9 anos foi diagnosticada hiperatividade e que o pediatra aconselhou um cãozinho para fazer companhia ao menino e o responsabilizar e tal.

À saída cruzamo-nos com a tal vizinha que saía para passear com o tal cãozinho, adquirido para fazer companhia ao tal menino hiperactivo por conselho do pediatra. Vejo um cachorrinho ainda trôpego a descer as escadas. Adivinho-lhe pouco mais de três meses. Baixo-me para o afagar.

Pergunto a medo se é um Pitbull. Respondem-me que não, que é uma American Staffordshire. 

Pergunto, consciente que a roçar a intromissão, se estão habituados com aquela raça. Dizem-me que não, que é o primeiro cão que têm.

(…)

Apartamento. Companhia. Criança hiperactiva. Raça potencialmente perigosa. Zero experiência com cães…

(…)


Pronto… Então, está bem! 

26 comentários:

  1. Ai mãe.... Eu sou toda picuinhas com animais e ando a ver se arranjo outro, visto que a minha já tem 15 anos e gostava que ainda convivessem um pouco os dois. Visto que os animais aprendem muito uns com os outros.
    E depois há historias destas..... Neura!! Só espero que os pais tenham juízo, mas não é para a criança crescer um bocado? Não deveria estar o menino também nessa cena?! Digo eu claro....

    Abreijinhos

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    1. Pois não sei... Não sei se não foi mesmo para fazer a vontade ao miúdo... Mas pah.. Fiquei mesmo incomodada com a situação. Beijinhos. :)

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    1. Espero sinceramente que não... Mas que correm o risco... (Espero que, pelo menos, peçam a ajuda de um treinador...)

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  3. Então cara NM, se é um American Staffordshire, com tal nome pomposo obviamente que não pode ser perigoso, não é essa a lógica?

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    1. Pois claro... American -> obama; obama-> nobel da paz... Obviamente que não pode ser perigoso. Clarinho como a água...

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  4. Hoje em dia diagnosticam-se muitos "problemas" psicológicos às crianças. Eles existem realmente, mas numa grande generalidade, os mais graves problemas estão mesmo na cabeça dos paizinhos. É tudo à balda. Educam as crianças literalmente com os pés.

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    1. Sei lá Nuno... Eu só sei que numa grande cidade, com trabalho exigente e sem horários como são agora quase todos, sem avós ou outros familiares que possam ajudar... Eh pah.. É muito difícil... Torna-se muito difícil. Foge-se-nos tudo muito ao controle. Eu antes era mais crítica. Agora que estou lá... Dou o meu melhor mas tenho muito medo de falhar.

      Agora... Das duas uma... Ou deram ao menino o cão que o menino quis ou usaram o menino como desculpa para ter o cão que os pais queriam... Qual das duas alternativas a melhor...

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  5. É um GRANDE risco, mas se o miúdo tiver dois dedos de testa fornecidos pelos pais, tem aí o melhor amigo para toda a adolescência e a possibilidade de se tornar um homem a sério. No vazio, é uma excelente escolha. Com a tua informação... Tem tudo para correr mal

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    1. O miúdo é um miúdo Silent. É uma criança, não pode ser responsabilizado por nada. Penso que será preciso pulso muito firme para educar um animal daqueles... Sim, tem tudo para dar merda. (Ou então não e a propensão para a violência vem só da forma como são tratados... Não, não acredito no que acabei de escrever.)

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    2. Tudo verdade. Esperemos que seja eu a ter razão...

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  6. A estupidez das pessoas ultrapassa-me! Insistirem em colocar raças potencialmente perigosas em contacto com crianças é uma atitude que nunca irei compreender. Os cães são animais irracionais e como tal reagem a estímulos e movimentos bruscos que é coisinha para ser muito fácil acontecer com crianças e depois a culpa é de quem quando acontecem as desgraças? Fazem-se petições para não abater os coitadinhos dos cães e bla bla bla

    (Um dia escrevo um texto a sério sobre isto, se calhar sou é logo excomungada da blogoesfera pelos defensorzinhos ridículos dos direitos dos animais...)

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    1. (Dá-lhe com alma Margarida... A liberdade de expressão é um direito que nos assiste há já muito tempo...)

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    2. Ai és és. Não duvides que o tema das raças perigosas e o que é afinal perigoso são os donos, já deu muita tinta.
      Controverso mas muito interessante. Eu fui mordida por uma doberman 'muito meiguinha e que nunca mordeu a ninguém', mas que, olha, naquele dia estava para ali virada. E nem faz parte da lista.
      Deumalibre ter um bicho desses no prédio. Então eu!

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    3. Isso é outro problema Uva...a lista de raças perigosas em Portugal é extremamente reduzida.
      (O que eu gosto mais dessa discussão sobre os cães serem todos iguais é que as pessoas estão basicamente a contrariar a Genética, uma ciência exacta, que prova que existem determinado conjunto de genes que estão presente nas raças perigosas que não estão nas outras)

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  7. Pipocante Irrelevante Delirante25 de março de 2015 às 12:50

    Depois quando o canito der uma dentada no petiz, e o quiserem mandar desta para melhor, ai ai ai ai...

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  8. Entao faz algum sentido. Se é necessário meter ordem no puto, arranjam um cão perigoso (potencialmente). Querias o q? Que arranjassem um caniche p o puto? e depois, num acesso de hiper actividade, andava o puto a dar chutos no bicho? Olha q tu tb :) hehe

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    1. Ahahahahahahahah às tantas é para o puto não sair do quarto... Deusmalivre...

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  9. Daqui a nada o cão está maior que o puto! :o

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    1. Nem é que sejam muito altos. Têm é muita força...

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  10. Depois é o "ai meu Deus" ou "ah e tal a criança berrou/chorou/gritou e o cão, olhe, passou-se" (como aconteceu à não muito tempo na tv e lá vêm os defensores dos animais "não abatam o cão", "coitadinho" e blablabla mas acho piada que nessas situações todos sabem o nome do cão mas a criança passa a ser um bem qualquer dispensável, uma coisa, da qual ninguém sabe ou quer saber como fica).

    A mim não me mete confusão que existam defensores de animais, irrita-me sim (e isso não aceito, nem respeito) é que metam os direitos deles à frente dos de uma criança. Eu jamais faria mal propositadamente a um cão mas se esse cão estivesse a atacar uma criança na rua e eu tivesse que o matar para ajudar a criança, eu não hesitava.

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    1. Taliqual. Uma animal é um animal, uma criança é uma criança.

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  11. Vocês não entenderam a ideia: criança hiperativa, pais que dividem um neurónio, cão de raça potencialmente perigosa, apartamento na cidade. A criança tem um ataque de nervos e torce o pescoço ao cão. Oportunidade para uma mini reportagem sobre a medicação que afinal não surte efeito na criança e a falta de aviso por parte de toda a sociedade, que tal cenário poderia acontecer. Mas sempre há uma mini reportagem.
    Cenário 2: o cão tem um ataque de nervos e atira-se a um dos progenitores. Reportagem com o viúvo ou viúvo, mais a criança hiperativa e o cão que fica ao cuidado de uma associação, mais umas opiniões de umas pessoas enervadas pela morte do meio neurónio, e abaixo assinados para se abater o cão, culpar a associação que vai ficar a cuidar do cão, a criança hiperativa com ar de quem não está para se chatear com o progenitor sobrevivo e ainda uma reflexão assaz pertinente feita por um psicólogo de pacotilha. Não esquecer de perguntar a opinião a uma vizinha que também sofreu da mesma doença (era apenas para aparecer na tv).
    Cenário 3: o cão tem um ataque de nervos e mata a família toda e depois fica a ganir. Diretos do local, reportagens sobre cães, sobre crianças hiperativas, mas nunca por nunca se abordará a questão: um casal de idiotas deve ter um filho e um cão?
    Estou a tentar ser irónica, pois lido mal com tanta estupidez e ignorância.
    M.Lopes

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    1. Ahahahahahahahah que maravilha... Até parece mal fazer-me rir num post destes....(Olhe... Nem ideia de ter aprovado este comentário...)

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