segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Pregou-se-me aqui uma dor nas cruzes que nem vos digo nem vos conto...

O Jr. foi a uma festa de Halloween a casa de um amigo. Contava ele entusiasmadíssimo:

[Jr.] Sabes mãe, estivemos a jogar ao verdade ou consequência. Sabes? E depois saiu-me consequência, sabes? E depois estava lá uma menina de 10 anos. Dez, hã! E depois eles disseram que eu tinha de dar um beijo na boca a ela. Sabes?! Como me tinha saído consequência...

(...)

Hã?! O quê?! Quem? Onde? Como?!! O meu bebé??... "Beijos na boca"?? Mas, mas... Já chegámos à Madeira ou o caraças... Ui... Quereis lá ver...

(...)

[NM] E tu deste??!!!

[Jr.] Não.

(...)

Ufa!... Pois claro que não... O meu bebé... Quer lá o meu bebé saber dessas coisas... Meu rico menino, fofura de sua mãe!...

(...)

[NM] Pois não... E então porquê?

[Jr.] Porque ela corria mais que eu.... Tinha dez anos, tu que julgas!

(...)

Je suis très schoqué e pour maintenant estou sem palavras.

Respeitai a minha dor.


segunda-feira, 24 de outubro de 2016

NM pergunta

Não será um abuso por parte do blogger pedir aos seus estimados leitores/comentadores para seguirem um link sem dar a mínima pista do que os espera?

Olha... Palmier... Clica aqui.

domingo, 23 de outubro de 2016

A televisão estava sem som...

E num minuto lá estava aquilo que parecia uma conferência de imprensa de Nuno Espírito Santo e no minuto a seguir lá estava o homem a jogar Pictionary.



Não percebi nada...

Mas a expressão a adivinhar era: "Tudo ao molho e fé no André Silva", não era?

Ainda não foi desta que saí de dentro do bolo...*


* Parabéns, meu amor! De ano em ano... :)

sábado, 22 de outubro de 2016

No futebol, há uma coisa em que acho o meu filho melhor que os outros e há que não ter receio de o verbalizar.

- Mãe, posso fazer rasteijas nos jogos do torneio?

- Hã?

- Sim, se me deixas fazer rasteijas, hoje no futebol

- Rasteiras?!! A sério que me estás a perguntar se podes fazer rasteiras?

- É rasteiras que se diz?! Pensei que fosse rasteijas.

- É claro que não podes fazer rasteiras... Também gostas que os outros tas façam a ti?

- Gosto!

- Gostas?!

- Gosto. Claro.

- E o professor deixa que façam rasteiras uns aos outros?

- Deixa. Até se ri. E eu sou o que as faz melhor... Queres ver?

- Hã?! E vais fazer agora uma rasteira a quem?

- Sozinho. Claro.... Olha...

E nisto ganha balanço, deixa-se cair de joelhos e vai a deslizar pelo corredor fora, de punhos cerrados a gritar "Gooolo!".

Mais ou menos assim.

Resultado de imagem para commemorating goals knees soccer

E pronto. Sempre era rasteija, não rasteira! Acrescentai aí ao léxico que eu não duro sempre.

* Ninguém comemora como o Jr. Acreditai que é o melhor a fazer a festa. Comemora os golos com uma alegria imensa, com a técnica de rasteijar cada vez mais apurada. Os golos que os colegas marcam, claro e obviamente - é que isso nem se discute.

O Jr. faz letras e contas para se entreter e não é de meias tintas, não...

Lá na matemática dele, ou é tudo ou não é nada.


sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Da paciência, da condescendência e das vacas que não dão leite.*

Ele sabia que a tinha. Sabia-lhe o amor. 
Um dia decidiu que queria um tempo afastado para, enfim, "respirar e sentir-te a falta". 
O problema não era ela. 
Obviamente. 
O problema era ele. 
Claro.

Sem perceber o porquê ela assentiu. Que mais poderia fazer? 
E ele lá foi respirar, enquanto ela lá ficou a soluçar.

Passaram-se sete dias e sete noites até que ela lhe foi indagar pelo seu precioso tempo. Olhos inchados, faces pálidas e coração partido. Súplicas de amor. 

- " Já tiveste o teu tempo?"

- "Ainda não."

- "Não?! Quanto mais precisas?"

E ele, a vê-la ali assim, frágil, diminuída no discernimento e à míngua de atenção, sorriu-lhe com condescendência, passou-lhe a mão na cabeça e disse:

- "Sabes... Uma vez o meu avô disse-me uma coisa que nunca mais me esqueci... Ele disse-me: 'Toda a erva dá leite.' E é verdade... Toda a erva dá leite. É tudo uma questão de paciência."

Passaram-se mais sete dias e sete noites e ele foi procurá-la, estranhando-lhe o silêncio. Já tinha tido o seu tempo. Já a queria outra vez. Oh, com que certezas a queria. Que saudades... Que ganas lhe tinha, valesse-lhe o criador.

O recíproco é que já não era verdade. Encontrou-a novamente pálida e de olhos inchados. Inerte, encostada à ombreira da porta da entrada, ela dizia-lhe, incompreensivelmente e sem o mínimo de emoção, que não, que já não, que a ela se esgotara o tempo. 

E ele não percebia... Pois se ele tinha certeza que a teria sempre. Para sempre. 

- "Mas... E o amor que me tinhas?"

- "Não te sei explicar... Desapareceu."

- "Mas desapareceu como?"

- "Como se uma vaca o tivesse comido."

E foi rigorosamente assim. 

Aquele amor desapareceu, engolido por uma vaca que, como todas, só dá leite se a ordenharem.

* Nada de autobiográfico, ok? ;)

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Um artista de variedades distinguido com o nobel da Literatura?!*

É o fim do Mundo em cuecas.

Estão aqui estão a distinguir um biólogo com o Nobel da Medicina!

*Eu cá acho é que o bom do Robert Zimmerman havia de mandar um postalinho de agradecimento ao John N. Smith, que aquilo de pôr os alunos perdidos da Michael Pfeifer a estudar literatura através das suas letras foi muito bem pensado, foi sim senhora...

Lembrais-vos? Do  concurso Dylan-Dylan? (Bob) Dylan/Dylan (Thomas)? 

Lembrais-vos de se ter mostrado que as letras do Bob são muito mais profundas e fortes do que aparentam?

Não vos lembrais, pois não?

Assim de repente nem vos lembrais de nenhuma letra do Bob Dylan, pois não? Só do batuque do Mr. Tambourine? Não é? É pois... Sucede-me o mesmo!

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Estava aqui a ver as imagens dos taxistas...

... Ninguém se deu ao trabalho de lhes explicar que aquilo da irem "à luta" não era para ser levado à letra, ora não?

Fui a única que depois de hoje, e nunca tendo usado a Uber ou a Cabify ou lá o que é, ficou com medo de andar de táxi, não fui?

sábado, 8 de outubro de 2016

Pensando novamente no assunto... Isto é tão o meu filho mais novo que até aflige.

... E depois é aquilo de em tempos de guerra não se limparem armas.

O pai leva-o em peregrinação passeio ao Estádio do Dragão. Eu passo-lhe, por acaso evidentemente, o cartão do Sporting que trago na carteira (sim, de mil e nove e troca o passo, mas ainda assim...) para a mão.

Há conversas de pai para filho, de mãe para filho, de irmão mais velho para irmão mais novo. A mamã é do Sporting, o papá e o mano são do Porto.
Não tem nada que saber. Sporting ou Porto, não é?




Não.
"Fen-fi-ca", aquele meio kilo de gente insiste em dizer-nos que é do "Fenfica".
Ninguém merece...
Não sei de quem terá herdado este feitio.

Para agravar o infortúnio fui verificar ao cartão de cidadão e os 2 anos de garantia já lá vão.

E lá vai ele... Tão importado com o que lhe dizem, que eu sei lá...



Eu? Eu ri-me durante três quartos de hora. Ele? Ele ainda está em choque. Seis horas depois.

Depois de muito ponderar (ui, tanto...) lá se decidiu ir fazer o Jr. sócio do FCP. 

Eu sou do Sporting, mas desde cedo percebi que era um batalha inglória. Já era difícil porque a pressão social é imensa, mas a partir do momento em que começou a ir com o pai aos jogos ao Dragão... Chapéu! 

Nós quatro no carro.

[Baby] Ona bamos?

[Estimado marido] Fazer um cartão do Porto ao mano. Com a fotografia dele, igual ao do papá. Queres um também para ti?

[Baby] Não.

[Estimado marido] Não??! Então porquê?

[Baby] Puque eu xou do Fenfica.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016