quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Aos 60 (se mos permitirem) ninguém me atura, olhai o que eu vos digo...

Tenho cada vez menos paciência para coisas poucochinhas... Problemazinhos, birrinhas, orgulhosinhos, egozinhos, queixinhas, raivinhas, pessoínhas... Tenho o " Como queira..." cada vez mais na ponta da língua, o virar de costas cada vez mais rápido e assertivo.
Tenho cada vez mais presente que o tempo é o meu bem mais precioso... E este é o meu tempo. Pouco posso deixar para depois.
Não tenho vagar para merdinhas, nem tralhas, nem não-assuntos como agora se diz aqui pelos blogues. Se for preciso carrego às costas quem comigo arregaça as mangas... Os que só veem problemas em tudo, os que se limitam a apontar o dedo e a dizer "isso vai correr mal" sem no entanto apresentarem alternativas... Os que não mexem uma palha para sair da mediocridade que lhes assiste... Lamento, mas para esses não tenho vagar. Já tempos houve em que me dava ao trabalho, que explicava e ouvia pacientemente. Talvez um dia essa disposição volte, mas por agora é o que há... Só faz falta quem está, mais valem poucos mas bons e isso.
Profissionalmente este é o meu tempo. Familiarmente também. Não me posso permitir carregar tralha, que afinal preciso das costas para os essenciais que não são assim tão poucos.
Corro à biqueirada o bota-abaixismo... Ou é para levarmos isto em frente e em condições ou façam favor de se desviar que, lá está, falta-me o vagar para cousinhas...

13 comentários:

  1. Ora bem, eu também já estou assim há algum tempo. É "como queira" e "por quem sois".
    E cada vez tenho menos paciência com gente com a síndrome de Centro de Saúde.

    Dulce/Porto

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    1. "Síndrome centro de saúde"???? :DDDD (Mas olha que meu funciona mesmo, mas mesmo, bem... A sério, fico fascinada... Tenho zero queixas, zero.)

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    1. Falta-se-me a paciência para tanta coisa minha Mirone, para tanta...

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  3. O que eu quero dizer com síndrome centro de saúde (pronto, é uma expressão que eu inventei e uso muito) é aquela "doença" que as pessoas têm de se queixar de tudo, de contar a vida toda, as desgraças, as doenças, e mais, culpando o universo (ou "eles", que nunca sabemos quem são) por tudo o que acontece de mal nas suas vidas, sem sequer assumirem a responsabilidade que têm quando tomam decisões que poderão resultar em problemas. Parece que nunca têm culpa de nada, que foi o universo que se alinhou e klhes cuspiu lá de cima uma desgraça.
    E normalmente uma sala de espera de um centro de saúde é o maior viveiro desse espécime. Só que aí, ainda há uma razão, as pessoas vão porque estão doentes (em princípio). Mas depois a síndrome espalha-se por todo o terrítório e instala-se com força. Muito difícil de combater.

    Ah, já agora, o meu centro de saúde também funciona mesmo muito bem.

    Dulce/Porto

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    1. :)))) é mesmo mesmo isso Dulce... Há gente muito desgraçadinha coitadinha... Tudo lhes corre mal, ainda se tivessem a sorte dos outros, o trabalho dos outros, a vida dos outros, no fundo... Se assim fosse é que era... Agora os problemas deles... UI... Aquilo é fardo insuportável...

      (De repente os centros de saúde passaram a funcionar muito bem, não foi? Disseram-me que lhes deram autonomia, que a gestão corrente passou a estar a cargo do próprio pessoal... Uau... Que suspresa... Pois, se calhar se confiarem nas pessoas para uma gestão mais localizada e orientada algumas coisas até se resolvem e surpreendentemente passam a funcionar.)

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    2. Ou seriam só as USF não os Centros de saúde... Olha, agora já não sei....

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    3. Chama-se a isso autocomiseração, sentimento de quem vive só, na solidão.

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    4. Oh uva, há p aí tantos a padecer desse mal...

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    5. Pois Uva... Há tanta gente nova, com famílias, com gente à volta a desresponsabiliza constantemente... É o que mais se vê, de resto... Nunca têm culpa de nada as amilhas, nunca...

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  4. É por estas e por outras que eu cá venho amiúde. É que é TAL-E-QUAL.

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