A propaganda que fazem as empresas que criopreservam as células estaminais do cordão umbilical.
Aquilo que se propagandeia é, a grosso modo, crença no que se poderá vir a desenvolver (ficção, portanto!), pouco ou nada tem de ciência. Fazer um banco público decente para se avançar no estado da arte da investigação é que era de valor. Isso e informar as pessoas sobre a importância de serem dadores de medula óssea (de onde se retiram células estaminais adultas com capacidade real e comprovada de curar terceiros). Isso sim.
Só para corroborar: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/conselho-nacional-de-etica-arrasa-bancos-privados-do-cordao-umbilical-1578203
ResponderExcluirTau! Na mouche.
ExcluirNos sites, na informação escrita, eles controlam-se um bocado, mas em pessoa... Bem, aquilo que eles dizem em pessoa é vergonhoso. Quando estava grávida do Jr. fui a uma feira de coisas de criança e pré-mamã... (Já não sei a que propósito...) Estava lá uma dessas empresas e o rapazinho que lá estava começou a falar comigo. Eu, como sou marca anzol, deixei-o falar, falar, falar... Tu não imaginas aonde é que a conversa já ia. Além de estar a prometer mundos e fundos, ou seja, além de estar a mentir com todos os dentes que tinha, chegou a dizer-me qualquer coisa do tipo: "Não queira viver com esse peso na consciência"... Pah... Escusado será dizer que me passei da cabeça e lhe disse poucas e boas e ainda hoje me lembro disso... Havia de ter tomado outra atitude. Fazer um queixa formal, qualquer coisa... Nunca se haveria de provar nada, mas ficaria o registo.
Gosto muito deste blog! Não é fácil encontrar "sítios" de gente esclarecida, e ainda não vendida a outros interesses....
ResponderExcluirParabéns! Este é u tema que me tira do sério... infelizmente o nosso Governo ainda não entendeu a necessidade e a mais valia de se apostar na lusocord. É uma pena...
Bjs,
Carla
A Lusocord é um exemplo paradigmático de como se dá cabo do erário público em três penadas e sem que ninguém seja responsabilizado. De 2009 a 2012 a Lusocord estourou com 6M €. Quando aquilo em 2012 passou para as mãos do instituto do sangue e transplantação deitaram milhares de amostras para o lixo por estarem, entre outras habilidades de procedimentos, contaminadas. Das ~10 000 amostras que se criopreservaram (de ~ 30 000 recolhidas) ao longo de 3 anos aproveitaram-se muito poucas. E é isto. Penso que ainda agora só se faz a recolha na maternidade do São João nos partos de 2a à 6a (eles iam alargar a outras maternidades mas não sei se já o chegaram a fazer)... E isto é mesmo à tuga... Meia bola e força. Gastam-se balúrdios sem o mínimo planeamento e quem vier a seguir que feche a porta... Enfim...
Excluir(Obrigada. :))
Eu fui uma das mães que fez doação do sangue do cordão umbilical do meu filho à Lusocord, ainda antes de estoirar a bronca. Fiquei revoltada quando soube dessa história de deitarem fora as amostras. Se calhar a do meu filho nem foi selecionada para ficar, mas deitar-se assim fora a hipótese de poder eventualmente salvar uma vida, com tanta displicência, complica-me os nervos.
ExcluirSe destruíram as amostras é porque não tinham confiança nelas nem na forma como foram processadas e há riscos que não se podem correr... O IPST não ia tomar essa decisão de ânimo leve.
Excluir(Eu também doei dos dois. Do Jr. foi em 2010, a 300km do Porto e foram lá buscar a amostra no próprio dia. Provavelmente essa foi para o galheiro. Do mais novo também recolheram em 2014 porque nasceu no São João.)
Eu fui mãe à pouco tempo, no Porto. Tentei fazer a doação do cordão para o banco público, mas que "devido à falta de meios" na altura já só faziam a recolha dos bebés que nasciam no Hospital de São João. Tal como eu, conheci mais gente a tentar fazer o mesmo e sem conseguir. Sim, é de facto lamentável.
ResponderExcluirEnquanto isso, somos inundadas de folhetos dessas empresas nas salas de espera das maternidades...
Verdade. Pelo menos até há bem pouco tempo só faziam recolha no São João. Creio que ainda assim se mantenha.
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