É inevitável, devo desperdiçar, em média, 1/4 de cada um dos meus vernizes.
Aquele fundinho... Oh cristo, aquele fundinho... Pronto, não dá. Ter de rodar o frasquinho para pintar cada unha; a inclinação milimétrica para que o verniz chegue ao pincel mas não se arrame... Não. Que se lixe. Aquele bocado ridículo de tinta não pode valer o camadão de nervos que se me acomete e, zau, lixo com o animal.
(É só comigo ou estamos juntas?)
Vai daí que me pus a pensar... O que se poderia fazer?!
(Pelo criador, como é que uma pessoa pode ficar de braços cruzados face a uma problemática destas? Pois. não pode.)
Carburei as sinapses e concluí (em segundos, ui, e vós sabeis lá o fina que sou) que o ideal seria isto:
Que é mais ou menos isto:
Mas depois... Para levar o mesmo volume de verniz, o frasco teria de ter o triplo da altura.
Ora, o frasco de verniz (parte de vidro) que estou a usar agora é um cilindro com 3 cm de altura e 2 cm de diâmetro. Assumindo o receptáculo cónico e o mesmo diâmetro, estaríamos a falar de um frasco de 9 cm de altura. Pois, não dá porque não teria estabilidade. Mas para um diâmetro de 3 cm (um quase nada a mais, que é como quem diz, 1 cm a mais), uma altura de 4 cm (outro quase nada, que é com quem diz outro cm) permitiria a mesmíssima quantidade de verniz, mas num frasco amigo da malta.
Mais... Se só se mexesse ali a 1 cm do fundo do frasco (que tenho para mim que já seria suficiente)
Bastava aumentar 7 mm à altura (e manter os 2 cm de diâmetro) ou, alternativamente, aumentar 3 mm ao diâmetro (e manter os 3 cm de altura) para se ter o mesmo volume de verniz.
E pronto. É isto.
Não estou a ver onde esteja a dificuldade.
Com frascos ligeiramente maiores resolvia-se a questão e eu (nós?) aumentaria(mos?) em 25% o tempo de vida útil de um verniz. (Um problema para quem vende, bem sei.)