terça-feira, 31 de março de 2020

Brico-quarentine II - menos que uma ovação em pé é só ridículo






Nunca mais... Pelo menos enquanto me lembrar.

O plano era, a seguir, retirar o papel de parede e pintar o escritório. Ah-Ah-Ah. Não vai acontecer.

sábado, 28 de março de 2020

Brico-quarentine II - Round II

Depois de mais um dia de volta da parede...


Oh,  PQP!!!

Amanhã ou fica pronto ou fica pronto.
Mais uma semana com a sala de pantanas e corto os pulsos.

quarta-feira, 25 de março de 2020

Os donos disto tudo.

Dois gatitos, sem chip, adivinho, passeiam-se pelo nosso terraço e quintal, tal como pelos dos vizinhos, desde pequenitos. Ou seja, desde que nos mudámos para esta casa, faz dois anos em maio. Mas passeiam-se mesmo à boss, zero constrangimento pelos humanoides que eles até deixam andar por ali.  "Schhh...  Pouco barulho que isto é tudo nosso!"

Um deles preto e branco, outro siamês.

Nunca lhe demos comida. Nunca lhe tentámos fazer festas.

Mas também já houve vezes que não os ignorámos... 
Como no outro dia, em que o siamês estava todo tranquilo sentado na mesa do terraço, encostado à janela. Vê-me dentro de casa e, tudo bem, zero preocupação. Bato duas vezes no vidro para o espantar, que é lá isso, raio do bichano. Ele?! Lambe os beiços e fica a olhar para mim com um ar de.... "E então agora tu?! Fazes pouco barulho ou quê?"
O preto e branco no outro dia estava a dormir no muro do quintal, aí a uns dois metros de altura... Marido e miúdos em alta algazarra: "Acorda, gato!! Acorda!". Ele... Abre um olho e... "Se fizessem pouco barulho é que era..." Zzzzzz!  Marido toca-lhe numa pata... Ele?! Retraia-se um pouco com ar de: "E então agora tu?! Tiras a pata, ou vamos ter que nos chatear?". Continua a dormir.

Hoje apeteceu-me ir tomar café fora... Ao terraço! Vou buscar um cadeirão aos arrumos e ponho-o no spot estratégico para apanhar Sol. Há que tentar repôr níveis de vitamina D.

Estava tudo a correr muito bem até que tive de me levantar para ir fazer não sei o quê dentro de casa. Quando voltei...


"Azarito!... Quem vai ao mar, perde o lugar!"


terça-feira, 24 de março de 2020

É MENTIRA, SR. PRIMEIRO MINISTRO! É MENTIRA!


Há pessoal da linha da frente em Hospitais centrais cujo único material de proteção que tem disponível são folhas de acetato que prende à cabeça com recurso a elásticos e agrafos!!!

É isto que o nosso SNS tem, Sr. Primeiro Ministro! Folhas de acetato, presas com agrafos a elásticos!

Há serviços de saúde com 80% (oitenta por cento) de pessoal em quarentena, não porque não se saibam proteger mas porque não têm material com que se proteger!!

É isto, Sr. Primeiro Ministro! É isto que o SNS tem.


Claro que não, Sr. Presidente da República. Claro que não...

segunda-feira, 23 de março de 2020

No fundo, no fundo, eu mereço o desassossego da vida que tenho...

Ora bem...

Nós os dois em teletrabalho.
Os dois miúdos em casa, o mais velho com uma carrada de trabalhos para fazer.
Todas as refeições cozinhadas em casa; mas refeições como deve ser.
Uma hora obrigatória de passadeira, a ver se consigo sair disto sem ser a rebolar.

Posto isto, o que é que eu e marido achamos por bem iniciar? O que é? O que é?

Projetos de bricolage.

Dos que demoram. E sujam.

Palmas para nós.

Brico-quarentine II - Se me arrependi?



Nos primeiros cinco minutos.

Que tra-ba-lhei-ra!!!

A Nada explica:

Boa sorte, tentei uma vez arrancar papel de parede cheia de delicadeza e acabei com vontade de pegar fogo à sala.
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domingo, 22 de março de 2020

sábado, 21 de março de 2020

Brico-quarentine



Imagens de microscopia.

Uma delas é uma montagem.
Não é difícil adivinhar qual! :)

sexta-feira, 20 de março de 2020

Vamos ficar mais capazes.


Marie Curie (1867-1934)
Nobel Física (1903), Nobel Química (1911)

"Nothing in life is to be feared, it is only to be understood. Now is the time to understand more, so that we may fear less."


quinta-feira, 19 de março de 2020

A minha gestão de recursos emocionais anda difícil

Falo com os meus amigos médicos, e... Falta de material, falta de pessoal (equipas absurdamente desfalcadas, essencialmente, por quarentenas), falta de planeamento, de visão estratégica e de tomates por parte das chefias. O típico: "Vamos indo e vamos vendo..." Vai correr mal, não tem como ser diferente.
Em concordância recebo email institucional: recolha-se todo o material que possa haver disponível para facultar aos hospitais já em dificuldades de stock (sim, já). Falamos de que material? Coisas tão sofisticadas como luvas e máscaras.  

Falo com os meus amigos da investigação em saúde... Com esta taxa de contágio, é para esquecer... Sem vacina, nem que nos viremos do avesso. Feche-se o que der e daqui a quinze dias recomeçamos os contágios com os que, inevitavelmente, vão escapar... Pode ser que corra bem, mas sem grandes expectativas. A vacina? Normalmente nunca antes de dois anos. Neste caso, atropelando tudo e todos... Sei lá.. Um ano? 


Falo com a minha cunhada, psicóloga, (co)proprietária de uma clínica (encerrada, salários a manter)... Não sabemos no que este isolamento vai resultar. Como estará a nossa saúde mental daqui a um mês? E a das crianças? E a das crianças autistas e das suas mães que ao segundo dia já ligavam desesperadas sem saber o que fazer? Vai ser duro...


Falo com o meu irmão, finanças e optimista que eu sei lá... Não temos economia para aguentar isto... Se não morrermos do mal, morremos da cura. Simples.

Resumindo e concluindo:

Um grande bem haja aos meus amigos que me enviam memes de gatos a lamber a própria genitália, a dizer que não percebem a histeria com o papel higiénico. São eles que me têm mantido sã.

quarta-feira, 18 de março de 2020

E é isto.

Ilustração perfeita da gestão da crise. 


(Chegou-me via whatsapp, desconheço o autor da locução...)

O que a diretora da DGS e a ministra da saúde já deviam ter dito se não fossem umas patarecas completamente desinformadas e à toa.

Se não pertencer a nenhum grupo de risco: 

- idosos;
- pacientes com doenças crónicas;
- pessoas imunocomprometidas;
- grávidas;

e tiver febre e/ou tosse fique em casa a paracetamol e caldos de galinha, enquanto conseguir gerir os sintomas. Não há tratamento, é só isso que lhe conseguem fazer em ambiente hospitalar: tratar sintomas.

Por isso, não vá, por favor, a correr atulhar os hospitais e, eventualmente, ficar infetado com o Covid-19 (se não estiver já).

Ninguém precisa de saber o número de infetados (são muitos, já sabemos, vão ser mais, já sabemos, são subestimativas, já sabemos). O que precisamos agora é de "controlar" o número de mortos.

Deixemos os hospitais para quem precisa!

Que tenhamos todos juízo! Estamos por nossa conta.

Não há, não houve, o mínimo de planeamento e antecipação. 
Como nunca há.

E que tenhamos a sorte que não se modela matematicamente!


O que vale é que vamos sair disto mais espertos...

A pergunta é:

Como carai se tira o café de dentro das cápsulas? 

(À naifada não é...) 

A ideia?
Aproveitar o café para as plantas e pôr o plástico para reciclar.

segunda-feira, 16 de março de 2020

O problema de se ser matemático...

É que se passa a vida a modelar problemas, e sabemos que a "sorte" e o "milagre" nunca são parâmetros.

Vamos chegar ao fim do mês com dezenas de milhar de infetados. Matemática.

O meu colega Buescu explica aqui.

O que nos resta, a nós civis?
Respirar fundo.
Resguardarmo-nos o mais possível.
Teletrabalhar o que for possível.

Mas acima de tudo, respirar fundo e manter a serenidade possível.

Sejamos racionais e cuidemos também da nossa saúde mental.
Porque somos só humanos e um dia vamos voltar a ter de sair de casa.
E nesse dia não sabemos como vamos reencontrar o nosso País.

Por agora... Respiremos fundo e sejamos racionais. Temos de nos aguentar.

Eu?

Levantar cedo.
Trabalhar o mais possível.
Filtrar informação o mais possível.
Ensinar os meus filhos.
Cozinhar diferente.
Brincar com os meus filhos.
Trabalhar o possível.
Filtrar informação o mais possível.
Fazer exercício.
Tratar do jardim.
Arrumar gavetas.
Brincar com os meus filhos.
Trabalhar o possível.
Filtrar informação o mais possível.
Pintar o escritório.
Mudar o papel de parede da sala.
Trabalhar o possível.
Filtrar informação o mais possível.
Fazer exercício.

A minha mulher amiga é médica.
Está na linha da frente de um Hospital central.

Que tenhamos todos noção daquilo que estas pessoas, n/ pares, concidadãos, estão a passar. É muito, muito, difícil.


sexta-feira, 6 de março de 2020

Vou parar ao inferno, bem sei...

A minha senhora das limpezas mandou-me uma sms críptica... Palavras a meio e muito mal escritas...

Lá me pus a decifrar o enigma...
Tira letra dali, põe ali... Junta esta palavra, separa aquela...

Hã-hã! Percebi!

Dizia-me ela que não podia ir trabalhar porque tinha perdido os óculos.

Ri-me durante um quarto de hora. Sou má.

domingo, 1 de março de 2020

Aquela escapadinha...


Depois de uns tempos com o pai a trabalhar como um cão.

E antes de a mãe ter de começar a trabalhar como um cão.

Em abril respiramos outa vez!

Uf!