terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Dares um erro ortográfico numa discussão nas internetes...

É o mesmo que estares a discursar presencialmente sem te teres apercebido que tens um pedaço de couve preso nos dentes. 

Tanto podes estar a falar da quadratura do círculo como do aquecimento global ou da escassez de água potável em África... A sério, tanto faz...

Afinal tens um pedaço de couve preso nos dentes. Quão ridículo podes ser, hein?

The staring goat.

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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

NM demonstra ao seu vasto auditório que não se trata de se ser de esquerda ou de direita, mas antes de se ser dotada de uma notável clarividência. E modéstia.


Não, caro Quintela, o que o seu sócio disse foi sério e assustador. Factualmente sério e assustador. Não há chalaça que o aligeire. É assustador ouvir um patrão, sócio gerente de mais de 40 lojas, responsável por mais de 800 “colaboradores” (o que quer que isso seja) - isto em apenas 6 anos de actividade (ganância alert!), falar assim.

Despojando a crónica do folclore, Quintela limita-se a dizer que a Padaria Portuguesa cumpre a lei e os seus deveres (legais). É o único que se lhe percebe por entre os mortais encarpados, que a sua empresa cumpre a lei.

Ai a PP cumpre a lei? Pronto. E então? Era suposto a malta levantar-se numa salva de palmas nacional? Não. Se a PP cumpre a lei, mais não faz que a sua obrigação. Se há quem não o faça, os outros é que estão em falha, não é a PP que merece um prémio por serviços prestados à nação.

Que a contratação em Protugal é muito pesada para as empresas? Pois é. E agora? Até se arranjar solução, tudo vai de ir vender bolos para o Bangladesh. Às tantas a malta lá também gosta e os custos com o pessoal iriam ser menores. Não sei, tenho cá esse feeling.

Ou se tem capacidade para pagar condigna e atempadamente a funcionários e fornecedores, ou mete-se a viola ao saco e reequaciona-se a expansão descrontolada (umas lojas darão lucro, outras nem tanto, começam a fazer-se concorrência umas as outras, as pessoas começam a enjoar, estão aqui estão a fechar lojas e, ides ver, que a culpa ainda há de ser da não flexibilização do horário de trabalho).

Neste particular (acho que nunca tinha escrito isto), gosto muito do argumento de quem bate palmas à PP e a outras cadeias maiores porque “criam emprego”. Sim, porque antes de haver PP, as pessoas não comiam bolos. Eu não sei se é muito mal pensado da minha parte, mas partindo do princípio que a população cliente é finita e que o número de vezes que se vai a uma pastelaria não é diretamente proporcional ao número de pastelarias existentes, para se criarem empregos ali, matam-se empregos noutro lado. As pessoas da Grande Lisboa  já comiam bolos antes de aparecerem as PP, não já? Pelo menos aqui no Porto as pessoas lancham e não temos nada disso de Padarias Portuguesas... Se eu passar a ir lanchar à pastelaria B, quando antes ia à A, se calhar a A ressente-se, não?! Eventualmente terá de despedir pessoal...


Não sei, digo eu. 
(Mas eu dei três erros numa só palavra no post anterior. Não sei se os meus bitaites serão lá grandes merecedores da vossa consideração.)

sábado, 28 de janeiro de 2017

Um exemplo paradigmático de como nunca em minha vida conseguirei ter uma discussão normal, em moldes normais, com a esquerdalha bloquista caviar, prIvilEgIada, superiormente letrada, pespineta e insolente.



Agora, dizei-me em que parte o JMT, ainda que ao de leve, de raspão ou tangencialmente, insinua que:


Onde?! A sério, onde?

O que chocou o JS, PhD? O facto de o JMT ter dito que as empresas têm de arranjar estratégias para colmatar a ausência de um empregado quando este está de férias, porque estando de férias não está, enfim, a trabalhar? Sabe, José Soeiro, PhD, que isto não é uma opinião mas sim um facto, verdade?
Em nenhum lado vi mencionado, insinuado sequer, que os trabalhadores não deveriam ter férias pagas. Também não vi referência aos pagamentos à SS como "extravagância dispensável" (?). Mas claro que a falha de interpretação pode ser minha, pois claro que pode...

...

É possível discutir seriamente com esta gente e com os seus motejos populistas e mancos de honestidade? Não é, pois claro que não é.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

"Pois filho, é a vida..." - lesson 0.1

[NM,, num arrebate de paixão maternal] Sabes Jr. és mesmo o filho que eu queria ter... Se eu pudesse ter escolhido entre todos os meninos do Mundo, tinha-te escolhido a ti na mesma...

[Jr.] A sério?!

[NM] A sério.

[Jr.] Hum...

(...)

... 5 minutos depois...

(...)

[Jr.] Olha mãe estive a pensar naquilo que disseste de me escolheres a mim...

[NM] E então?

[Jr.] Estive a pensar e se eu pudesse ter escolhido uns pais tinha escolhido uns America Ninja Uórióres.

(...)

Ok!












Há muito tempo que não tinha de fazer um esforço tão grande para não desatar às gargalhadas...


Descobri-o por aqui.

sábado, 7 de janeiro de 2017

Mas a todos direi que desapareceu porque explodiu. Talvez até me convença disso.

Sendo-me os outros o reflexo daquilo que eu me sou, triste será o dia em que perder a capacidade de me desiludir. Terá sido esse o dia em que deixei o meu ego finar-se à míngua.

Da possessividade.

[NM] Deixa... Deixa-me limpar-te o nariz...

[Baby, a querer fugir-me] Nãaaaooo!

[NM] Mas não, porquê? Explica-me lá.

[Baby] Puque os macacos xão meus...

(...)

E agora que penso já o Jr. não me queria deixar lavar o pote onde fez o seu primeiro cocó porque, lá está, o cocó era seu e eu não tinha nada que o deitar fora.

Hum... 
Estarei a fazer alguma coisa de errado? 
Vou ali debruçar-me sobre o assunto e já volto.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

De se poder sempre piorar.

[NM] Qual é o teu melhor amigo da escola? Dos meninos novos....

[Jr.] Hum... Acho que o Frango.

[NM] Frango?! Tens um menino na escola que se chama Frango?!!! É apelido?

[Jr.] Não. Ele chama-se Francisco. Nós é que lhe chamamos Frango. 

[NM] Hã?!?

[Jr.] Sim, não vês? Fraaan-cisco. Fraaan-go. Começam igual. E agora ficou conhecido assim. Toda a gente lhe chama Frango.

(...)

Estou capaz de apostar que a mãe do Francisco chegou a ponderar o nome da criança com medo que o tratassem por Xico.


Dão-se alvíssaras...

A quem me encontrar a inspiração.
É pequenina e discreta.
Na verdade mal se dá por ela, mas é a que tenho e parecendo que não faz-me falta.

Pode estar enfiada em qualquer buraquinho.  Olho aberto, portanto.


quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

O futebol, ai o futebol...

Ainda a propósito das palavras feias.
O Jr. e o Baby na sala e eu logo ali na cozinha. Sem ter percebido o que aconteceu só ouço:

[Jr.] OH POÇA!!!

[Baby] Isso não se diz...

[Jr.] Diz, diz! A mãe deixa quando estou zangado.

[Baby] Mas pôga não... Pôga não se diz...

[Jr.] Não, porra não... Porra só se pode dizer no futebol.

(...)

Eu?! Eu quedei-me a pensar que outras regras por mim desconhecidas existirão em minha própria casa.

Às Quartas, mas só às Quartas, o cansaço do meu marido tem tipologia.

Ontem chegou a casa um caco, tarde e a más horas, a queixar-se que estava exausto, que tinha trabalhado como um cão. Tremor nas pálpebras e olheiras quase até à boca. Estava tão mas tão cansado que só se queria deitar cinco minutos antes de... sair para o futebol!

"Mas vais jogar futebol assim tão cansado?"

"Oh sim... Este meu cansaço não é desse tipo..."

(...)

Estaria capaz de apostar que este mesmo cansaço o incapacitaria de ir às compras ou até de ir pôr o lixo à rua, mas pronto...


segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Um grande bem haja para ti, "Godigo"!

O meu filho mais novo é um animal social. Fala com toda a gente. Diz olá, sorri, mete conversa, pergunta "como te chamas", "quanto anos tens" (e é engraçado ver o embaraço dos adultos que normalmente assobiam para o lado mesmo comigo a fazer-me de distraída como quem não está a ouvir a conversa), "o que é isso" e diz que a saia/vestido/blusa (tudo que seja espampanante e capaz de ferir a vista a qualquer um) "é muito munito"... Enfim, onde quer que vá com ele, é certo e sabido que povo que exista a menos de cinco metros de nós lhe fica a saber o nome e que trago comigo o recado de que tenho um filho muito simpático. E tenho, sim senhor.

Estávamos nós os dois numa sala de espera, com ele por ali cirandar e a lançar charme. Já toda a gente se metia com ele e ele lá andava nas suas quintas.

De repente um dos seus animais cai para debaixo de uma cadeira e ele sai-se com um assertivo e sonoro: "OH, PÔGA!"

Eu, surpreendida porque de facto nunca lhe tinha ouvido tal, digo indignada o seu nome... Acto continuo, e consciente que o tiro me podia perfeitamente sair pela culatra (porque afinal os meus móveis têm esquinas, gosto de andar descalça, tenho - tcharan!, dedos nos pés, e a conjugação destes factores resulta-me por vezes num valente "Porra!", resulta sim senhor) arrisco: 

"Baby?!?!! A quem é que tu ouviste isso?". 

Responde-me ele... 

"Ao Godigo da escola!". 

Continuo eu, sem vacilar e a pensar na sorte que tinha acabado de ter: 

"Ai, ai, ai... Essas coisas não se dizem... E a professora não ralhou com o Rodrigo?". 

"Galhou!", respondeu ele. "Pois ralhou, porque isso não se diz..."

(...)

Ufa... Cá beijinho, Rodrigo!

E agora, com vossa licença, vou ali jogar no Euromilhões.