sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Decididamente eu sou dos que recomeçam em Setembro.

Não me sinto a acabar nada e, por conseguinte, este não se me afigura como um recomeço. Não tenho resoluções, nem vontade/capacidade para balanços. O meu ano ainda só leva 4 meses. Não estou cansada e tenho sob controlo o que resolvi em Setembro passado.

O meu ano acabou na primeira semana de Agosto. Depois fui de férias e recomecei um ano novo em Setembro.
E esse meu final de ano foi particularmente duro; provavelmente o mais penoso. Nunca me senti tão perto da exaustão como então e foi praticamente de maca que entrei de férias. E se só fraquejei, em vez de me estalar no meio do chão, foi porque tenho uma casa de tijolo, não de palha ou de madeira, que não vai abaixo com qualquer ventania.

Profissionalmente sou-me dura, ambiciosa e tremendamente organizada e disciplinada. Faço um plano em Setembro, com ajustes em Março. E a finais de Julho, a menos da perturbação causada pela queda de algum meteorito ou assim, tudo o que estava planeado tem que estar feito. E bem feito.

Mas nem sempre me é fácil. Neste Julho/Agosto tive insónias sucessivas, enxaquecas, dor muscular generalizada, quebras de tensão e uma dor no braço esquerdo que me fez ir às lágrimas. Foi difícil. Tive medo que me desse uma sulipampa qualquer que me mandasse desta para melhor.

A minha resolução de Setembro foi ser-me mais branda. Pela minha saúde. E, por osmose, pela dos meus. Por mim e pelos meus estou cada vez mais capaz na arte de priorizar, de relativizar. Separo o trigo do joio sem pensar no assunto. Um dia de cada vez e a aproveitar ao máximo os meus e os bons momentos, sem o peso do Mundo nos ombros.

Estou mais feliz, mais leve e em paz, porque assim resolvi que ia ser. Tão simples quanto isto. Eu não sou o que fui naquele meu final de ano.

Mas porque muda o calendário, e porque para muitos este é que é o momento de balanços e recomeços, desejo a todos um excelente 2017, com boas saídas, óptimas entradas e melhor permanência.

Não vos aborreçais muito. A sério que não carece. Ide por mim.











Uma parceria com a Schleich é que calhava que nem ginjas.


Sempre com animais atrás. Sempre. Mas quando digo sempre é mesmo sempre. Não sai de casa sem dois. (Aqui está com três, porque o tigre fora oferta do dia.) Quer vá ao parque, à escola ou ao supermercado. Escolhe dois antes de sair de casa e leva-os com ele. Sempre. Na escola leva para o recreio. Se for caso disso, esconde-os num cantinho e antes de voltar para a sala vai buscá-los. Quando sai comigo e precisa das mãos (no parque p.e.) pede-me que lhos guarde na carteira. Só sai de casa com os maiores (diz que os pequeninos se podem perder) e sempre com os mesmos pares. O elefante com o rinoceronte, o cavalo com a vaca, o urso polar com o urso pardo, a chita com a girafa... Impensável trazer o rinoceronte e o cavalo, ou o leão com a ovelha... Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Tem um tubarão grande que nunca sai de casa porque ainda não lhe arranjou um par à altura. Tal como ao lobo ou ao hipopótamo.
Em casa, tirando a plasticina e a bola (quando o irmão está para aí virado) não brinca, basicamente, com mais nada.


Eu?! Eu acho piada a esta curiosidade toda pelo Mundo Animal, até porque quer saber sempre mais e mais: onde vivem, o que comem, como nascem, e de arrasto aprende muita coisa. Adora ver documentários, livros (e isto já vem há mais de um ano) e continua a aumentar a sua coleção de nomes em inglês (já lhe perdi a conta há muito, mas não deve andar muito longe de saber uns 60 ou 70).

Mas sim, é verdade que seria salutar ter outros interesses...

Ou então não e assim está bom. Nem três anos conta, há de ter mais que tempo para alargar horizontes.


Entretanto, à entrada do Hospital da Cruz Vermelha...


segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

"Presidente da República lamenta morte de George Michael."

Aqui.

O que o cidadão Marcelo precisava era de um blogue, para desopilar fígados e expressar o muito que aparentemente lhe vai na alma. 

E de caminho reservava o sítio da Presidência para os comunicados de Presidente. De uma República. Que, por acaso, em nada se relaciona com o artista em questão.

Fui investigar... O Leonard Cohen mereceu honras do Presidente. O Prince não. (O Bowie faleceu antes da sua eleição.) Muhammad Ali, um dos maiores desportistas de sempre, também foi votado ao desprezo... Vou continuar a investigar a ver se descortino um critério e se chegar a alguma conclusão logo vos porei a par. 

Modéstia à parte...



[NM] Ui... Mas vós hoje estais cá uns giraços...

[Jr, a falar para o Baby] Pois está... Hoje o Baby está todo bonito...

[NM] Só o Baby?! Tu não?!

[Jr.] Oh sim, mas eu já é costume.

(...)

Presunção e água benta...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Manias.

Enquanto trabalho só me consigo concentrar a ler se tiver uma lapiseira (pesada, de metal e diâmetro generoso) na mão. 
Não, não pode ser uma caneta. Nem um lápis. Nem tampouco uma lapiseira pequena ou de plástico.

Enfim, podia ser pior.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Escavar ou não escavar, eis a questão.

Hoje a educadora do Baby pediu para falar comigo. Estava preocupada porque diz que ele fica com os lábios roxos cada vez que come um iogurte. "É do frio..." Mas diz que tiram os iogurtes do frigorífico 10 a 15 minutos antes de os darem às crianças, precisamente para não estarem tão frios.

"Pois, mas pode não ser assim tão simples..."

Hoje pus a educadora do meu filho mais novo a par disto.

Hoje voltei a abrir esta página. E esta.

Hoje voltei a pôr em cima da mesa a hipótese de fazer o teste. Tirava as dúvidas de uma vez por todas e podia proteger com mais propriedade os meus filhos, em caso de.

Mas hoje voltei a fechar a página sem nada decidir. Por medo.

Saber que se tem uma mutação num gene é saber que se tem um parafuso solto no motor. É saber-se que, sim senhor, pode andar ali solto a chatear e a fazer barulho mas sem danos de maior, mas que também pode ser o parafuso que liga duas peças de monta que mais cedo ou mais tarde vão ceder. Ninguém sabe. 

O meu objetivo mor é ser feliz. E a ignorância é meio caminho andado para, não tenho dúvidas sobre isso. 

Não sei... 

Tenho medo. 

Por desconhecimento?! Não, pelo contrário.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

I beg your pardon?

[NM] Jr., vou tomar um duche. Tomas conta do mano?

[Jr.] Tomo, mas ele já não é nenhum bebé.

[NM] Pois não, mas ainda é pequenino.

Deixo-os na sala. Do quarto vejo o Baby ao saltos no sofá e aproximo-me, às escondidas, para os ouvir.

[Jr.] Senta-te! Já sabes que não podes saltar no sofá.

[Baby] Nãaaaoo!

Para que se sentasse o Jr. puxa-lhe pela camisola para baixo:

[Baby] Deeeixa!!

[Jr.] Senta-te!

[Baby] Óia que eu chóio!... E depois a mamã ráia.

[Jr.] Ah pois ralha, ralha.

[Baby] Ráia contigo...

[Jr.] Comigo?!!

[Baby] Xim. Puque eu xou pucanino.

(...)

Os segundos filhos... Ai os segundos....

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Primeiro estranha-se, depois... É em loop.


Só para perceber a minha posição relativa no que concerne a acidentes de trânsito.

Ultimamente, e sempre que a conversa é, ainda que tangencialmente, sobre perícia na condução, o meu marido lembra-me que parti o espelho de um carro que estava estacionado. Numa rua larga. Comigo a conduzir o carro dele.

Ontem, tal craque da condução, amolgou o meu carro contra um pilarete de um passeio. 

A minha questão é: 

O que é que está mais parado? Um carro estacionado ou um pilarete?

Só pode ser bom sinal.

Depois de sete dias em casa doente, ontem à noite o meu filho mais novo já me implorava para hoje o deixar ir à escola.

E lá foi ele.

Mundo... Este meu filho precisa de Mundo!

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Como dois mais dois serem quatro.

De toda a santa vez que me vai pedir um favor, a minha "assistente de roupa e lar", lá diria Palmier, diz-me que estou mais magra 53 segundos depois de me cumprimentar.

Antes de sair diz-me que precisa de falar comigo.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Agridoce.

Um filho febril a dormitar-me no colo e um dos livros mais absorventes que já me passou pelas mãos.

domingo, 11 de dezembro de 2016

O sarcasmo, ai o sarcasmo...

Estimado marido foi com o Jr., sobrinho e um amigo destes ao circo (calma, o meu irmão também estava... Algum dia uma homem se aventurava sozinho com três crianças?). Parece que estiveram uma hora à espera de entrar. (E aguentar crianças desta idade paradas à espera do que quer que seja, é o que se sabe.)

Ao chegarem a casa...

[NM] E então?! Portaram-se bem?

[Estimado marido] Portaram... Mas ainda tive de ralhar com o Jr. e o amigo que começaram a brincar às lutas enquanto estávamos à espera para entrar

[NM] O quê??!!! Às lutas???? Jr.??!!... Às lutas?!! Já te disse um milhão de vezes que não quero que brinques às lutas.

[Jr.] Mas parámos logo...

[NM] E depois brincastes ao quê?

[Jr.] Jogámos futebol...

[NM] E onde tinhas a bola?

[Jr.] Não tinha. Jogámos com pedras.

[NM] Com pedras?! A sério?!!! E tu deixaste?

[Estimado Marido] Deixei... O que eles queriam mesmo era sentarem-se a jogar xadrez com umas pedrinhas que encontraram...Umas brancas, outras pretas, o cavalinho, a torre... Mas depois o chão estava sujo, iam dar cabo das calças e eu lá os convenci a entreterem-se a dar chutos em pedras...

(...)

Não percebo.

Podiam ter jogado à sardinha, por exemplo. 


sábado, 10 de dezembro de 2016

Esta noite foi assim que aconteceu.

O Obama, o Papa e o Ministro da Educação vieram jantar cá a casa. Quem fez questão de nos vir visitar foi o Obama porque o meu marido lhe tinha dado umas dicas muito boas lá num fórum de automobilismo. Logo nessa altura o Obama disse que quando viesse a Portugal nos queria conhecer e agradecer pessoalmente as tais dicas. Coincidiu que o Papa também cá estava e o Ministro da Educação ligou a perguntar se também o podia trazer, que até era um favor que lhe fazíamos, que  assim matava dois coelhos com uma cajadada só, que lhe custava não jantar com qualquer um dos dois. "Ora essa, que venha também o Papa. Temos muito gosto em recebê-lo."
O jantar foi muito divertido. Mesmo muito. O Obama é um prato e o Papa revelou-se melhor que a encomenda, sempre com umas saídas bem sarcásticas e gargalhada pronta. O Ministro falou pouco mas riu-se muito do que nós dizíamos. O jantar terminou já a noite ia alta e só depois quando estava a tentar adormecer me lembrei que nem uma fotografia tinha tirado para ficar como recordação.

De manhã escrevi aqui um post a contar como tinha sido. E vós não acreditastes.

Não me mereceis é o que é.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Mas não seremos competentes em nada?


E o prémio do brinde de Natal mais parvo vai paraaaaa...

A Rituals e a sua luzinha de presença.


"É uma luzinha de presença que se liga com a lanterna do seu smartphone."

Perante a minha cara de "Hum..." a explicação continua.

"É para incentivar as pessoas a conviver mais e a passar menos tempo com o telemóvel, percebe?"

Não.
E continuo sem perceber.

E quando estamos quase quase em paz com aquilo que achamos serem alucinações...

Sempre que chego cedo ao trabalho, mal fecho a porta do gabinete começo a ouvir música. Clássica.

Abro a porta e deixo de ouvir. (Apenas o silêncio do espaço comum.) Vou fechando a porta e vou começando a ouvir. (Mas só se for de manhã cedo.)

Do gabinete contíguo ao meu não é. Certifico-me disso praticamente de todas as vezes. Por vários motivos custa-me muito, mesmo muito, a acreditar que venha do piso inferior, mas como estou no últmo piso...

Hoje tive uma reunião muito cedo e a verdade é que fiquei aliviada quando ouvi: "Oh... Está a ouvir?! De onde virá?" Estive para responder que achava que vinha do Céu. Mas, a bom tempo, calei-me.

Sim. De baixo. Só pode vir de baixo.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Enfim... Paciência.

Sem paciência para gente estúpida. E de horizontes tolhidos. Sem paciência para gente coitadinha e incompetente. Para gente mal formada. E mal educada. Pré-histórica. Por opção. Sem paciência para gente preguiçosa, ociosa e cheia de azares. Sem paciência para merdas e merdinhas. Sem paciência para caganças. Sem paciência para egos inflados. Sem paciência para falsos sabedores. E falsos rebeldes. Sem paciência para poucochinhos. Sem paciência para arrogâncias. E ignorâncias. Sem paciência para malandrices e chico-espertices. Sem paciência para meias verdades. Sem paciência para aparências. Sem paciência para castelos de areia. Sem paciência para pequenas ditaduras. Sem paciência para importâncias ou umbiguismos. Sem paciência. Ando sem paciência. 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

PAULO...

... para toda a OBRA.

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Pronto, era só mesmo isto.
Que tenhais uma noite descansada e um bom fim de semana. E depois uma boa semana. E depois um bom feriado. E um bom Natal. E assim sucessivamente. Se não nos virmos antes, claro.