Não me sinto a acabar nada e, por conseguinte, este não se me afigura como um recomeço. Não tenho resoluções, nem vontade/capacidade para balanços. O meu ano ainda só leva 4 meses. Não estou cansada e tenho sob controlo o que resolvi em Setembro passado.
O meu ano acabou na primeira semana de Agosto. Depois fui de férias e recomecei um ano novo em Setembro.
E esse meu final de ano foi particularmente duro; provavelmente o mais penoso. Nunca me senti tão perto da exaustão como então e foi praticamente de maca que entrei de férias. E se só fraquejei, em vez de me estalar no meio do chão, foi porque tenho uma casa de tijolo, não de palha ou de madeira, que não vai abaixo com qualquer ventania.
Profissionalmente sou-me dura, ambiciosa e tremendamente organizada e disciplinada. Faço um plano em Setembro, com ajustes em Março. E a finais de Julho, a menos da perturbação causada pela queda de algum meteorito ou assim, tudo o que estava planeado tem que estar feito. E bem feito.
Mas nem sempre me é fácil. Neste Julho/Agosto tive insónias sucessivas, enxaquecas, dor muscular generalizada, quebras de tensão e uma dor no braço esquerdo que me fez ir às lágrimas. Foi difícil. Tive medo que me desse uma sulipampa qualquer que me mandasse desta para melhor.
A minha resolução de Setembro foi ser-me mais branda. Pela minha saúde. E, por osmose, pela dos meus. Por mim e pelos meus estou cada vez mais capaz na arte de priorizar, de relativizar. Separo o trigo do joio sem pensar no assunto. Um dia de cada vez e a aproveitar ao máximo os meus e os bons momentos, sem o peso do Mundo nos ombros.
Estou mais feliz, mais leve e em paz, porque assim resolvi que ia ser. Tão simples quanto isto. Eu não sou o que fui naquele meu final de ano.
Mas porque muda o calendário, e porque para muitos este é que é o momento de balanços e recomeços, desejo a todos um excelente 2017, com boas saídas, óptimas entradas e melhor permanência.
Não vos aborreçais muito. A sério que não carece. Ide por mim.