terça-feira, 30 de maio de 2017

Ai isto dos blogs anda uma seca?! Como assim? Ora vinde cá, vinde cá que vos vou ensinar algo que vos extasiará de tão desconcertante que é.

Não, não é o cheiro da maresia, da terra molhada, da relva recém cortada ou do café acabado de fazer ou moer. Também não é o cheiro dos livros. Nem o do pão a sair do forno.
E não, também não é o cheiro da gasolina, da cola ou da tinta. Nem o do fumeiro de Trás os Montes, vede lá.
De todos os cheiros, o que mais me emociona é, de longe, o do leite hidratante Mustela. Emociona-me. Emociona-me verdadeiramente. Cá por coisas, em casa dos meus pais sempre houve creme Mustela a rodos, pelo que até aos 18 anos a minha vida cheirou a Mustela. E é a Mustela que cheiram as minhas recordações de infância e adolescência. Uso Mustela para as mãos só para sentir o cheiro (em abono da verdade o creme não é lá grande coisa). É algo que me faz sentir que tenho a minha vida nas mãos. E tenho. Literalmente.
Sei que é um cheiro que muita gente gosta.
O que muita gente não sabe é que "Mustela", o cheiro da minha vida, é...
{rufar de tambores}
O nome científico das...
{rufar de tambores}
Do-ni-nhas!
Badum-Tsssss....
(...)
Pois é. É a vida.
Não sabieis, ora não? Pois claro que não...

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Já cheira mal...

Cheira, cheira. Cheira que eu bem o sinto na pele. Do nariz.
É que eu cheiro tudo. Tudo, muito e sempre. Há dias em que me é díficil lidar com o cheiro das pessoas, dos sítios, das coisas, do Mundo em geral. Qualquer dia deixo-me de pruridos e começo a andar de mola no nariz. Já faltou mais. É que se houve coisa que as minhas duas gravidezes me trouxeram, além de dois filhos... lindos de morrer (pronto vá, ponhamos as coisas assim) e estrias, foi um olfacto apuradíssimo. Que foi ficando e ficando, que ao início tinha a sua graça, mas que agora pagava bom dinheiro para me ver livre dele.

Às vezes ponho-me a pensar que de todos os sentidos que se me podiam ter aprimorado, o olfacto teria sido a minha última opção. Quer dizer... O olfacto ou o paladar, tenho dúvidas... Ter hiper-paladar também não deve ser nada fixe.

Se na primeira gravidez fiquei com um olfacto que, sim senhora, me deixava perceber se um café tinha ou não açúcar ou se o bacalhau com natas tinha ou não pimenta; na segunda a coisa aprimorou de tal maneira que agora cheiro tudo a quilómetros e passados anos. Bom, se calhar estou a exagerar um bocadinho, mas tenho de facto um olfacto (que giro!) que me permite, por exemplo, saber quem foi o último vizinho a andar no elevador, se a fruta está madura ou se as pessoas estão a reutilizar roupa.
Por falar nisso... Pessoas, lavai a roupa. A sério. O cheiro a Dove do vosso duche matinal misturado com o cheiro a transpiração da camisa do dia anterior põe-me com náuseas logo de manhã. Neste particular, e já que falo nisto, tenho a tese que as mulheres reutilizam mais vezes a roupa (pelos menos as partes de cima) que os homens.
Já há muito que deixei de equipar o meu filho no balneário porque ao fim da tarde os putos cheiram particularmente mal. Além disso, as pequenas criaturas nunca devem tirar as sapatilhas de dentro da mochila, que lá ficam a fermentar a semana toda... E eu cheiro aquilo com as mochilas fechadas... Então quando se calçam mesmo ali ao pé de mim... Jasus! Até me dão tonturas.
Não. Não dá.



E pessoas... Não deis puns ao pé de terceiros. De mim, em particular. É chato. Põe-me muito mal disposta.
Por favor.
Obrigada.

Por-favor!


Unrequited Love.


sexta-feira, 26 de maio de 2017

Hoje foi o dia..

Em que me esqueci do pin do meu cartão multibanco. 

Esqueci-me, pronto! Kaputt! Foi-se! Desapareceu-me do cérebro! Vazio total. Folha em branco e bola de palha no faroeste. 

E eu ali feita parva... A tentar pagar o ATL do miúdo. Três tentativas, um cartão bloqueado e uma cabeça cheia de vento.

Agora já me lembrei (acho, pelos menos, que não consigo verificar), mas fiquei assutada e a cismar no assunto...

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Contra factos...

Estimado marido é motoclista.
 
Diz que hoje foi por um triz que não foi abalroado por uma condutora que após três pontapés e um rotativo no código ainda lhe gritou um "ENTÃO?!" assertivo e carregadinho de não-razão.
Encontraram-se no semáforo em frente, marido parou ao lado e ainda lhe disse que ela poderia muito bem ter ficado sem carta graças à habilidade que tinha acabado de fazer.
Outra vez assertiva, mas desta vez carregadinha de razão, ela respondeu: "Pois podia, mas quem ia parar ao hospital eras tu."
 
E é isto.
 
Marido diz que não lhe espetou um banano porque era mulher. Ora, nem mais... Deito-me com um sexista e não sabia.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Deve ser para garantir o bom hálito...

- Oh mãe, hoje a professora disse que têm de se lavar os dentes com pasta de flor.




E foram precisos quase nove anos, para num domingo, tarde e a más horas...

Me ter apercebido que existe sinalética de saída de emergência, bem por cima da porta do meu gabinete.



E as vezes que eu já saí pela janela em momentos de aflição, senhores?!

sexta-feira, 19 de maio de 2017

A Língua Portuguesa e a lógica da batata*.

Ora então:

Mictar: 

1. Expelir urina. = URINAR


Micterismo:

1. Semblante severo ou carregado; má catadura. = CARRANCA, SOBRECENHO
2. Dito desdenhoso ou escarnecedor. = CHACOTA, TROÇA, ZOMBARIA


Que língua mais simples e clara, esta nossa...


*E pode ser mesmo a lógica da batata do post de baixo, que tanto parece um coração como os tintins de um velhote.

"mictar", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/mictar [consultado em 19-05-2017].

"micterismo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/micterismo [consultado em 19-05-2017].

Adenda: O dicionário Priberam é cocó, o da Porto Editora é que é. Se fui ao Priberam é porque sou amiúde acometida de paragens cerebrais. Toda a gente sabe.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

domingo, 14 de maio de 2017

E depois acontece.

Olhas para baixo e tens uma fratura tectónica entre os pés. E sabes que tens uma e uma só opção a tomar. Mas esperas. Não decides por impulso. Já pouco fazes por impulso. A vida tem-te mostrado que o impulso pouco tem de franqueza. Acreditas até que nada mais é que fraqueza. A fraqueza da irracionalidade. Esperas. Pensas. Racionalizas. Decides. Tu. E vais, direita, para uma das placas. Pelo teu pé. Com a certeza que nada te amolecerá a verticalidade. És o que és. Aqui e ali. Em todo o lado. Para o bem e para o mal. És honesta. E vertical. E só a tua almofada sabe o quão tranquila se deita a tua consciência. Todas as noites. É tão mais simples a vida assim. Sem truques na manga. És o que és. Fazes o melhor que consegues. Às vezes consegues mais, às vezes consegues menos. Ouves os teus filhos rir com as macacadas do pai e sabes que tudo se resolverá. Porque sim. Porque a vida, às vezes, treme. Mas enquanto ouvires as teus filhos rir, o mundo tremer-te-á suavemente sob os pés. Até sorris. Com cócegas. 
Vamos lá.
Dar o salto.
Crescer.
Viver.
Tudo está bem.
É o que é.
A vida, às vezes, treme.
O mundo treme.
Tu tremes.
Mas não te vergas.
Por nada.
Antes tombar, que logo te levantas.
Viver vergada nunca.
Faz mal às costas.

sábado, 13 de maio de 2017

Tuga private.

E agora o nosso rapaz, futuro comendador - adivinho, pisava o palco, agarrava-se aos safanões aos apresentadores e gritava:

Amanhã é feriado, c@ralho!!!!

(E depois a mana Luísa e a restante comitiva começava lá trás aos pinchos... E esta merda é toda nossa, olé!, olé!... Era lindo ou não, carai?)

O problema do 13 de maio de Marcelo.

Marcelo saiu de Fátima em direção ao Marquês em marcha de emergência.
 
E eu que estou a ver o Festival da Eurovisão adivinho o F16 já de motor ligado para seguir em direção a Kiev.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Imagino a educadora a instruí-los afincadamente o dia todo para guardarem segredo e não consigo parar de rir.

[NM] E então, filho?! Foi bom o teu dia?

[Baby] Xim...

[NM] O que fizeste?!

[Baby] Não fiz um coá [colar] pa ti. Não. Não fiz!

(...)

O Dia da Mãe está aí a chegar, né?