sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Triste é aquele momento...

Em que passeias descontraidamente com a tua família e recebendo uma mensagem de uma amiga a dizer, apenas e só, que estava nas Ramblas, mas que estava bem, fazes por saber não o que aconteceu (porque isso adivinhaste-o imediatamente), mas quantos mortos houve.

6 comentários:

  1. O triste é chegarmos a um ponto em que no dia a seguir a vida continua, como se nada tivesse acontecido. Eu sei que não é suposto deixar que o terrorismo mude a nossa vida mas chega a dar a sensação que se perde a noção do valor de 1 vida humana. Neste momento se "só" morrer 1 até consideramos que foi sorte e tal e ainda bem que "só" há feridos. Parece que estas mortes se estão a tornar banais, a vida continua, os politicos dizem meia-duzia de palavras bonitas, os imãs vão à TV dizer que aquilo não é pela religião deles e passado uma semana já "todos" se esqueceram, voltamos todos à nossa vida. E quando faz 1 ano ou 2 ou 3 somos sempre surpreendidos e pensamos "ena, já passou 1 ano..parece que foi ontem" e voltamos às nossas vidas.
    Até ao dia em que seremos nós, um amigo ou familiar nosso a morrer ali e a nossa vida seja mesmo afectada. Depois já não conseguiremos ultrapassar tão facilmente mas certamente teremos um imã a dizer que aquilo não é da "religião da paz" e um politico qualquer a fazer um minuto de silêncio. O que podemos pedir mais?

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    1. Não sei se é não querer saber se é embarcar naquilo do "não temos medo".

      Estava a ler isto:

      http://observador.pt/opiniao/do-lado-de-dentro-da-janela/


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    2. Julgo que não temos grande querer....... o terrorismo altera sempre a nossa vida.
      Viagem em família programada para o final do ano a Londres, o meu filho (que faz 14 anos entretanto) não quer ir de forma alguma, prefere adiar, deixar Londres para outra altura.
      Sinceramente, os nossos argumentos para irmos, estão cada vez mais "fracos"......
      Damos por nós a conversar e a pensar em qual seria a reação se fosse aqui, junto a nós, em qualquer parte do país. Dizer que não temos medo é muito fácil.

      Joaninha

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    3. Precisamente a Londres, conheço mais gente que adiou viagens de família.
      Claro que temos medo. Fácil é estar nas Ramblas no dia a seguir a dizer que não se tem medo. Sabemos que será dos sítios mais seguros para se estar.

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