quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Daquilo das depressões e outras frescuras

É claro que esse tal ramo da Medicina designado por Psiquiatria é toda uma charlatanice pegada sem o mínimo fundamento científico.



Claro que os pedreiros, serventes e pescadores não têm tempo para essas frescuras das depressões, transtornos bipolares e assim. Aliás, basta passar um bocadinho na sala de espera das consultas do Hospital Conde Ferreira para ver que aquilo é tudo gente endinheirada, depressiva por não ter que fazer à carteira recheada. Aliás, não é só em Portugal que isso das depressões é coisa de rico: 

Depression and Socioeconomic Status

According to a 2009 Gallup survey, the rate of depression is nearly twice as high for Americans making less than $24,000 a year than it is for those with annual incomes above $60,000.

(Quem chancela isto são estes tontinhos, baseados nos estudos destes que são uns amadores na recolha de dados.)

Não, também não devemos rezar pelas almas destes, nem ser solidários com as suas famílias, porque já se sabe que o problema dos meninos foi não terem passado por dificuldades económicas.

(...)

E não, o que me põe fora de mim não é a ignorância, as pessoas falarem do que não sabem... O que me põe fora de mim é a desumanidade, é o cuspir nos mortos... Isso é que me põe fora de mim!

Mais uma vez a caixa de comentários fica aberta. Outra vez, hoje não tenho tempo para vos acompanhar.

21 comentários:

  1. Sim, tens toda a razão, são charlatões aganhar dinehiro à custa de ricaços desocupados.

    (Gosto tanto de ti)

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    1. E só não vê quem não quer.

      (Bem sabes que é recíproco.)

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  2. Vá lá que desta vez foi mais moderada e não catalogou logo de grandessíssimo filho de uma put...meretriz, merecedor de umas boas bofetadas nas fuças quem tem a desgraça de manifestar opiniões discordantes às suas, neste blog.
    O que só lhe ficou bem, diga-se de passagem.

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    1. Este comentário, que hipoteticamente poderia suscitar dúvidas destinatárias, é para a Senhora Dona deste Blog.

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    2. Caríssimo,

      A "Senhora Dona deste Blog", nem sabe o que lhe há de gabar com maior efusividade, se a capacidade de interpretação se a capacidade de argumentação (mas acho que esta última já que foi... hum... nula). Relativamente à capacidade interpretativa a "Senhora Dona deste Blog" pensa ter ficado claro pelo que escreveu, que, face a alguns desrespeitos, lhe apetece partir para o destrato simples, que lhe APETECE, repete e sublinha, mas que se controla e não parte.

      A "Senhora Dona deste Blog" desafia-o ainda a encontrar, aqui ou noutro sítio qualquer, onde tenha "desgraçado" quem se mostrou discordante com a sua pessoa.

      Mais informa a "Senhora Dona deste Blog" que se está marimbando para o que o caríssimo pensa ficar-lhe bem ou não, sendo a "Senhora Dona deste Blog" uma pessoa maior e responsável pelo que se reserva esse direito de estabelecer o que melhor lhe fica ou deixa de ficar.

      Aproveita ainda a oportunidade a "Senhora Dona deste Blog" para o informar que está a ficar farta da sua esquizofrenia blogosférica (e escusa bem da cá vir com palavras floreadas, perfumadas e pinceladas a mel informar-me do quão injusta estão a ser) e que pôr este andar o caríssimo Senhor Dono do comentário ao qual estou a dar resposta, não volta cá a pôr os cotos.
      Esta é a minha casa e por aqui andam as crianças. Há por aí muito blogue "personagem", mas este não é um deles pelo que a "Senhora Dona deste Blog" se reserva o direito de admissão e já vai longa a paciência que tem tido consigo.

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    3. HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH Grande mulher leoa e nortenha! Deve ser grande NM, deve ser grande

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    4. É o Corvo, cunhado do acutilante, pássaro viajeiro, Isolda, Isilda, ..., não é?

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    5. Mas mas, a Senhora Dona deste Blog não informou os estimados leitores comentadores que as portas da sua casa estavam escancaradas à discussão, desde que se soubessem comportar?
      Então a que propósito vem tanta indignação, sobretudo de uma pessoa tão íntegra e de carácter tão impoluto que começa a sua brilhante prelecção com um "filho de uma meretriz", para quem não conhece?
      Resto de uma muito boa tarde.

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    6. Caríssimo, bem sabe que não iniciei nada, rigorosamente nada, com um "filho de uma meretriz" e essas aspas são mentirosas. E o senhor só escreveu isso para eu reagir, não foi? (Mas vá lá, vá lá, que desta vez me poupou aos erros ortográficos.) Esta necessidade de palco é confrangedora, bem como os xico-espertismos que usa para o obter, e mais lhe digo que o vagar a mais pode ser uma chatice. Já viu o sol que faz lá fora? E se fosse dar uma voltinha para arejar as ideias? Há vida para além do blogo-bairro...

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  3. Ó NM, Eu não tenho nada com esta discussão nem me quero ver metido nela por isso tanto se me dá como se me deu quem tem ou não razão, mas há algo muito ilógicono seu post, que tenho mesmo que destacar.
    Não se deve cuspir nos mortos. Está certo que é revelador de uma muito deficiente educação, além disso a família do falecido calhando não ia achar muita piada mas...só isso!
    Não se deve é cuspir nos vivos que podem reagir mal e um gajo levar uma carga de porrada.
    E prontes, era só isto.

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  4. Hum. Algo me sussurra, qual regato calmo de águas cristalinas e transparentes, que a dissertação da Senhora Dona do Blog para o alegado Corvo viajeiro, ou Corvo pássaro, ou Isolda viajada qualquer coisa, foi estudado, projectado e escrito pela Sôdona Amiga advogada do “gosto tanto de ti”.
    Foi! A Senhora Dona do Blog é uma Matemática de Superior gabarito, mas de descritivo literário fica um pouco aquém.

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    1. Ahahahahahahahahahhahahhahahahahahahahahahahahaahahahahahahahahahahahah... Tem razão "anónimo", tem razão!

      (Nãaaaaa, que a mim sempre me disseram que aos maluquinhos é dar-lhes razão...)

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  5. Há uns anos atrás também se "curavam" doenças sangrando os doentes. A sangria dava para tudo, suponho que até para as anemias. A depressão ( saco genérico onde cabem muitas doenças) ainda são olhadas com muita desconfiança, fruto da ignorância. Ignorância sobre o facto de teremos necessidade de manter a química do cérebro ( e não só) equilibrada, desse equilíbrio depender de inúmeros factores, muitos deles, lá está... puramente químicos. enfim também já me aborrece esse discurso que menospreza as depressões ,que as qualifica de doença de rico ( mas suponho que muitos pobres nem têm hipótese de conseguir um diagnóstico).

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    1. Claro que sim. :) Por alguma coisa os neurocientistas trabalham com psiquiatras... Há toda uma química mensurável por trás das doenças psiquiátricas. (Bem vinda! :) )

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  6. Tenho de discordar consigo NM...
    Não sou rica e tenho uma vida bem preenchida. Tenho 3 filhos e um marido que amo de paixão.
    Já tive 2 ou 3 depressões, mas agora estou muito bem e não tomo medicação nenhuma desde há 2 anos.
    O porquê da doença, não saberei explicar, mas penso que já se nasce com uma certa tendência para se poder vir a ter. No meu caso, certamente terá ajudado o facto de, e sem entrar em muitos pormenores, em criança, ter tido uma vida familiar pouco normal, onde o carinho e a demonstração de afetos eram quase nulos (aliás ainda hoje assim é, por parte da minha mãe) e por motivos da vida cada membro da família nuclear a viver para seu lado. Só conheci o meu pai praticamente aos 3 anos. Aos 12 passei a viver com familiares que não os meus pais e sofri maus tratos psicológicos.
    Já fiz psicoterapia e, apesar de me considerar uma pessoa feliz, não consigo esquecer parte do que vivi, principalmente na adolescência. O buraco enorme que trago no peito há de ir comigo para a cova.
    Quanto a pedreiros e outros, não é verdade que assim seja, pois apesar de ser uma doença que afeta mais as mulheres, os homens têm mais dificuldade em assumir esse tipo de doença.

    Apesar de discordar consigo hoje, gosto muito de seguir o seu blog.

    Beijinhos.

    Maria

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    1. Maria, não percebi em que parte acha que discordamos (percebeu que o post é sarcástico do princípio ao fim, não percebeu?). De resto lamento imenso as provações por que passou, mas o importante é que consiga dar a volta por cima. (Sei disso da propensão genética e da influência do ambiente em que as pessoas estão inseridas.) Muita sorte.

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  7. O caso do RW foi o mesmo problema que a Zeta Jones, ambos bipolares dados à bebida. A segunda ainda foi a tempo de recuperar a vida, o segundo desistiu, cansou-se. Mas, se a mulher dele não "estava nem aí" (saiu de casa sem ir ver se ele estava bem ou simplesmente se despedir), não percebo porque raio havemos nós, que não o conhecemos de lado nenhum, estar com sentimentalóides desnecessários e descabidos. Uma coisa é certa: sendo bipolar e beber/drogar-se, não estava a tomar a medicação, logo, é previsível esta autodestruição. Quase diria que foi uma opção que ele tomou; eu apenas respeito. Só me revolta o facto de se ter suicidado pouco tempo depois do aniversário da filha.

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    1. Caramba... Não percebo. Peço desculpa mas não percebo... Em primeiro lugar não sabemos em que medida a doença dele era igual à da ZJ... Há cancros no estômago e cancros no estômago, p. ex. A uns sobrevive-se, a outros não... O que não significa que os que morrem tenham lutado menos que os que ficam... E a questão aqui tem só a ver com o facto de ter tanta pena dele por se ter suicidado por um depressão como se tivesse morrido com um cancro. Será uma questão de humanidade e solidariedade com o próximo. Não sei, digo eu.

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    2. A mulher divulgou hoje num comunicado que ele tinha sido diagnosticado com Parkinson e já sofria dos primeiros sintomas, apesar de não ter tornado pública a doença (que era recente). Pode ajudar a elucidar o anónimo - além de tudo o resto não quis enfrentar a decadência física e psicológica que resulta de uma doença como Parkinson.

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  8. Sou uma pobretanas e já tive uma depressão. Não sou trolha nem pescadora mas já pensei, numa altura em que estava mesmo no fundo do poço, em suicidar-me. Não o fiz pelo sofrimento que sei que iria causar aos meus pais e ainda bem que consegui ultrapassar essa fase.
    Para essas pessoas que dizem que os portugueses «não têm tempo nem dinheiro para depressões», claro que têm. Mas ninguém apregoa aos sete ventos que a tem porque, muitas vezes, sabe que vai ser essa a reacção das pessoas à sua volta e isso acaba por ser o que custa mais... quem sofre com depressão sente-se incompreendido.
    Em relação ao Senhor Robin Williams, para quem acha que ele tinha dinheiro e não tinha motivos para estar deprimido... meus amigos o dinheiro não compra tudo, muito menos a felicidade e o amor. E ao fim do dia o amor, o carinho e a felicidade não se encontra em notas de euros. Esse é o pensamento de quem tem pouco mas quer fingir ter muito... E no fim do dia ninguém sabe o que vai dentro da cabeça do vizinho do lado, do colega de trabalho, etc.

    -Liliana

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    1. Liliana... Muita sorte... Não esquecer o que passou mas seguir de costas direitas que só se vive uma vez (ou pelo menos esta é a única que temos como certa...)

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